Navegando por Assunto "Salinidade"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos parâmetros físicos e identificação de massas d'água na plataforma continental Pará,Maranhão,durante o período chuvoso de 1999(2011-01-24) BEZERRA, Cristiane Santos; EL-ROBRINI, Maamar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429Este estudo foi baseado na análise de dados de temperatura e salinidade da coluna d´água, utilizados para analisar a identificação de massas d´água na plataforma continental Pará-Maranhão. O desenvolvimento deste trabalho constou de quatro etapas: levantamento bibliográfico; análise de dados adquiridos através de CTD durante a Operação Norte III (1999) do Programa REVIZEE a partir de pesquisadores que participaram da Operação; geração de mapa horizontal, perfis verticais e mapa de distribuição das massas d‟água a partir do Software Surfer 8.0 e gráfico de dispersão a partir do Microsoft Office Excel; e apresentação de resultados. Foi encontrado um padrão de distribuição costa-offshore, com a temperatura diminuindo neste sentido e a salinidade aumentando; a temperatura foi maior (29ºC) próximo à costa, região onde a salinidade teve seu mínimo (4,0); a coluna d‟água é bem misturada, com exceção do perfil 1, onde se teve alta estratificação vertical quanto a temperatura e a salinidade; foram identificadas três massas d‟água na plataforma continental Pará-Maranhão: Água Costeira (AC), Água de Mistura (AM) e Água Tropical (AT), as quais apresentaram distribuição heterogênea. Os resultados estão diretamente relacionados com a dinâmica local, visto que se trata de uma região fortemente influenciada pela descarga continental e pela Corrente Norte Brasil, além de outras forçantes meteorológicas e oceanográficas.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Determinação hidrodinâmica e hidrológica em Canais de maré da Ilha do Marajó-PA(2013) MOTA, Fabíola Cardoso da; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471A Zona Costeira (ZC) é um ambiente de transição entre continente, mar e atmosfera; sendo bastante diversificado e altamente produtivo. Os estuários da costa norte do Brasil estão entre os mais preservados da costa brasileira, são ecossistemas muito complexos e dinâmicos, altamente influenciados pelas variações sazonais, descarga hídrica e solida das drenagens regionais, marés, ventos e correntes. A Ilha de Marajó, maior ilha fluvio-estuarina do mundo, apresenta clima tropical úmido, e influencia de um forte regime de mesomaré (amplitude de 2 a 4m),sua margem leste é cercada por canais de maré que são importantes para trocas sedimentares e de nutrientes, estes são influenciados pela hidrodinâmica e hidrologia da região, objetivo desse trabalho. A área de estudo compreende três canais de maré pertencentes aos municípios de Soure (canal do Pesqueiro) e Salvaterra (canais do Jubim e do Limão). Este trabalho, como um todo, foi realizado através de três campanhas (duas para analisar o período seco e uma para o chuvoso), durante as marés de sizígia nas desembocaduras e nos interiores dos canais, aproximadamente por 13 horas (um ciclo de maré). Os aparelhos utilizados em campo foram: CTD, OBS e Correntômetro, estes fixados próximo ao fundo dos canais, a fim de se estimar dados de salinidade, temperatura, oscilação de superfície, turbidez, intensidade da corrente e suas componentes. Durante o período seco os valores máximos de salinidade foram obtidos no canal do Pesqueiro, seguido do Jubim e do Limão; já no chuvoso essa ordem foi invertida, demonstrando uma possível concentração de sal nos canais menos espessos. Os valores mais intensos de temperatura, nos períodos de amostragem, foram registrados nas desembocaduras dos canais, devido à menor cobertura vegetal em relação ao interior, nos momentos de maior intensidade solar. Também nas desembocaduras é que os maiores valores de turbidez foram encontrados, nos instantes em que os momentos de maré eram mais intensos (maré de enchente e de vazante), ou seja, a intensidade da corrente era mais elevada. A intensidade da componente longitudinal da velocidade obteve dados superiores ao da componente transversal, devido sua orientação ser a do fluxo preferencial do canal; as duas componentes, predominantemente, foram mais intensas durante os instantes de maré vazante. Em relação ao atraso que a maré possuiu entre as estações de coleta em cada canal, dependendo da distância entre elas, foi possível afirmar que a maré no interior dos canais leva menos tempo, durante o período chuvoso, para apresentar as mesmas condições que a da sua desembocadura; e com esse pro - diagnóstico é possível interferir criando medidas de contenção, caso haja, algum tipo de contaminação na região.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Efeitos da salinidade nos investimentos em carbono e assimetria flutuante em duas espécies de plantas de manguezal(2022-06-24) JESUS, Eryklys Vidal Meireles de; RODRIGUES, Vanessa Negrão; http://lattes.cnpq.br/9981801412404184; https://orcid.org/0000-0003-0400-9152; TEODORO, Grazielle Sales; http://lattes.cnpq.br/3084958403475877; https://orcid.org/0000-0002-5528-8828O aquecimento global tem afetado os manguezais, no qual é predito um aumento da salinidade nesses ambientes costeiros, podendo afetar a sobrevivência e estratégias ecológicas das espécies de plantas. Tendo essas premissas, nosso trabalho teve como objetivo saber quais efeitos a salinidade tem sobre os investimentos de biomassa, atributos foliares e assimetria flutuante em duas espécies ocorrentes de manguezal. Para isso, utilizamos mudas de Avicennia germinans (L.) Stearn (Avicenniaceae) e Rhizophora racemosa G. Mey. (Rhizophoraceae) sob a influência de um gradiente de salinidade, correspondendo a 5 tratamentos (0, 10, 20, 40 e 55 g de sal) por 3 meses. Ao final do experimento foram medidas a biomassa radicular, caulinar, foliar, atributos morfológicos foliares (área foliar específica - SLA e conteúdo de matéria seca foliar - LDMC) e assimetria flutuante (AF). Observamos que R. racemosa apresentou maiores médias de biomassa, enquanto A. germinans teve menores médias. R. racemosa no tratamento com maior salinidade alocou mais carbono para a biomassa caulinar, diminuindo a biomassa foliar. Nos atributos foliares A. germinans teve maior SLA e R. racemosa maior LDMC. Esperávamos que R. racemosa apresentasse sempre alto LDMC, todavia observou-se que nos tratamentos mais salinos ocorreu uma diminuição nesse atributo e na biomassa foliar como um todo. Quanto a assimetria flutuante (AF), esperávamos que ocorresse maiores índices de AF nos tratamentos mais salinos, mas nossos resultados não mostraram essa resposta, mostrando que essa métrica talvez não seja a melhor ferramenta para auxiliar no entendimento do comportamento de A. germinans e R. racemosa frente à salinidade. As espécies apresentaram diferentes respostas à salinidade. Sob a influência do gradiente de salinidade R. racemosa apresentou mais variações em relação aos atributos analisados em nosso trabalho nos tratamentos de alta salinidade, enquanto A. germinans não variou efetivamente nos atributos analisados, o que pode estar relacionado a uma maior tolerância ao sal nessa espécie.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Extensão da intrusão no estuário Mocajuba e sua influência dos parâmetros físico químicos e qualidade de água(2018-12-20) GOMES, Jacqueline Ellen Pinheiro; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; SILVA, Iranilson Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3468415524958439O estuário Mocajuba localiza-se ao norte do Brasil, na região do salgado paraense e desagua diretamente no oceano atlântico sendo influenciado pelas águas fluviais e marinhas. O objetivo deste estudo é analisar a extensão da intrusão salina no estuário Mocajuba e sua influência nos parâmetros físico quimicos e qualidade da água. Para isso foram feitas duas campanhas, uma no período seco e outra no período chuvoso da região, em condições de maré de sizígia. As propriedades físico-químicas foram medidas in situ nas estações ao longo de um perfil longitudinal a cada 1 km, totalizando 35 quilômetros amostrados, para isto, foram utilizados um medidor multiparâmetro e um mini CTD ao longo da coluna d’água. Na seção transversal as medições dos parâmetros físico químicos foram realizadas simultaneamente com o registro das direções e velocidades das correntes com o auxílio de um ADCP, durante um ciclo de maré (13 horas). Observou-se a presença de um gradiente longitudinal de salinidade resultante da mistura entre água do mar e águas continentais. Durante o período seco a extensão da intrusão salina é observada em todo o trecho analisado, e durante o período chuvoso a salinidade é diluida pela ação das chuvas e vazão fluvial, observam-se concentrações de salinidade nulas próximas ao trecho 35 do estuário. Verticalmente não foram observadas grandes variações de salinidade permitindo classificar o estuário como verticalmente homogênio. Em ambos os períodos sazonais foi observado um gradiente longitudinal decrescente, da foz à montante, das concentrações de condutividade, potencial hidrogênionico, oxigênio dissolvido e sólidos totais dissolvidos no estuário Mocajuba. As médias de condutividade, salinidade, sólidos totais dissolvidos e temperaturas foram mais elevadas no período seco, e no período chuvoso foram observadas maiores médias de turbidez, pH e oxigênio dissolvido. Os parâmetros físico químicos variaram em função da sazonalidade e ciclo de maré e observou-se o domínio da vazante perante a enchente. Durante o período de enchente a direção das correntes é da foz à montante e a direção é invertida durante a vazante. A análise dos parâmetros físico químicos permitiu concluir que as águas do estuário não são adequadas para o consumo humano devido as concentrações de salinidade apresentar-se elevadas mesmo no período chuvoso, porém, estão adequadas para atividades recreativas, pesca e outros usos. Os limites de concentração de cada parâmetro com exceção do oxigênio dissolvido, estão dentro dos limites estabelecidos pela resolução, sendo assim, o estuário apresenta-se livre de fontes contaminantes.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Influência da sazonalidade e variação da salinidade sobre biomarcadores bioquímicos em Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) de um manguezal do Nordeste Paraense(2016-01-08) SILVA, Thaianne Santos da; PETRACCO, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6834814201680920; AMADO, Lílian Lund; http://lattes.cnpq.br/3382900147208081Em estuários, a salinidade é considerada um parâmetro ambiental chave por apresentar altas e constantes variações, que afetam a fisiologia e a ecologia dos organismos. Além disso, organismos estuarinos estão sujeitos a uma série de diferentes tipos de atividades antrópicas que geram contaminantes descartados em regiões costeiras. A biodisponibilidade e toxicidade de contaminantes no ambiente aquático são influenciadas pela variação de salinidade. Na Baía de Japerica (nordeste paraense), atividades mineradoras trazem danos tanto ao meio ambiente quanto à população residente nas proximidades. Este estudo é uma avaliação das respostas de biomarcadores bioquímicos de exposição e efeito analisados no caranguejo residente Ucides cordatus frente às flutuações sazonais da salinidade local. Os caranguejos foram coletados manualmente em dois locais da baía: Japerica, local com maior influência de água salina, estuário inferior e Tapuã, estuário superior, localizado próximo à região de implantação de uma fábrica de cimento com possível potencial poluidor. As coletas foram realizadas durante 4 períodos: Jun/2013 (transição 1), Setembro (estiagem), Novembro (transição 2) e Fev/2014 (chuvoso). Temperatura, pH, oxigênio dissolvido (OD) e salinidade foram medidos durante a coleta. Os animais foram biometrados para peso total e largura da carapaça, brânquias e músculos foram os tecidos selecionados. Nestes tecidos foram dosados biomarcadores bioquímicos de exposição: capacidade antioxidante total (ACAP) e atividade da enzima de detoxificação glutationa s-transferase (GST); e de efeito: determinação do conteúdo de danos oxidativos em lipídeos (LPO). Os dados abióticos obtidos demonstram que a temperatura e pH não apresentaram uma variação significativa entre locais de coleta. A salinidade apresentou variação, tanto entre os locais como entre os períodos de coleta. Tapuã mostrou valores menores de salinidade, porém maior variação sazonal. Os níveis de OD foram em Tapuã foram maiores em relação a Japerica. A ACAP tanto em brânquias quanto em músculo se manteve estável ao longo dos períodos de coleta. A atividade da GST e do conteúdo de lipídios nos dois tecidos foram altos em Tapuã no período de transição 2 e no período chuvoso, sendo este o local onde há maior variação do gradiente salino ao longo do ano. Os resultados indicam variações sazonais de salinidade, aliada a maior disponibilidade de contaminantes e a diminuição da atividade dos biomarcadores expõem os animais ao efeito desses xenobióticos e consequentes de danos ecológicos.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Relação da salinidade e turbidez nos limites de um estuário amazônico(2017-04-05) VALENTIM, Micaela Machado; MONTEIRO, Sury de Moura; http://lattes.cnpq.br/4309806566068586Este estudo relaciona as flutuações de salinidade e turbidez ao longo do estuário Mojuim, dominado por macromaré e situado na região de clima tropical úmido entre a foz do rio Pará e o Oceano Atlântico, (0°39'43.53"S e 48° 0'4.86"O), Nordeste do Pará, Brasil. Os dados de salinidade e turbidez foram medidos na coluna d’água in situ, em superfície e fundo, com uma sonda multiparâmetros (Horiba U-50), em seis meses, correspondentes ao período intermediário (julho e agosto de 2016), período seco (novembro e dezembro de 2016) e chuvoso (janeiro e fevereiro de 2017), durante a maré de sizígia. As estações de amostragem abrangeram 50 km ao longo do estuário e foram divididas em cinco setores com 10 km cada. Classificamos os setores de acordo com o Sistema de Veneza. Não observamos variações significativas (p>0,5) de salinidade na coluna d’agua, o contrário ocorre para turbidez. Foram aplicados questionários quali-quatitativos para comunidades localizadas em diferentes extensões do estuário Mojuim, a fim de detectar a percepção ambiental dos moradores sobre a intrusão salina. No período chuvoso, observamos a menor salinidade média (8,5±0,8 PSU) e a maior turbidez (344,32 ± 48,22 NTU), no período intermediário a salinidade foi de 15,99±0,37 PSU e turbidez 173, 91 ± 19,26 NTU, a maior salinidade de 22,38±0,61 PSU e a turbidez foi de 215,16 ± 42,09 NTU ocorreram no período seco. A intrusão salina atingiu o setor 5 (50 km da foz a montante) no período seco e ficou restrita ao setor 3 (30 km) no período chuvoso. Este último, em todos os períodos, apresentou a maior variação nas zonas halinas, as quais variaram de oligohalina no período chuvoso, mesohalina no intermediário e polihalina no seco. A percepção ambiental dos entrevistados indicou mudanças no rio, destacaram aspectos como: diminuição da água preta, presença de água salobra na porção a montante fluvial. Percebemos que, durante o período chuvoso e intermediário, o domínio fluvial limita o avanço da maré, por isto, o setor 5 não apresenta variações halinas, permanecendo como zona de água doce. O contrário ocorre no período seco, quando este setor apresenta zona oligohalina, devido ao maior alcance da maré e a maior dispersão dos sais no estuário. Estes limites halinos podem variar interanualmente, o que indica a influência de anomalias climatológicas sobre a dinâmica do estuário nos últimos anos.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variação de parâmetros hidrológicos em função da maré na praia de Colares – PA(2013) MOREIRA, Victor Hugo da Silva; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471O estuário do rio Pará, situado na região amazônica, apresenta grande importância no que diz respeito aos aspectos socioeconômicos locais, como a pesca que é uma atividade de subsistência e comercial muito importante para os habitantes autóctones, os ribeirinhos. Esta região, assim como o próprio rio Pará e os outros rios da imensa região Amazônica, são as únicas alternativas de transporte e comunicação para a maioria das pessoas que habitam estes locais de acesso limitado, além de viabilizar o transporte das mercadorias produzidas em empreendimentos familiares como a agricultura e a própria pesca que já foi citada. Além dos fatores citados anteriormente, o estuário do rio Pará tem uma grande importância ambiental. Dentro deste contexto está inserida a Ilha de colares, mais especificamente a praia de colares, localizada na margem direita da baia do Marajó (baixo estuário do rio Pará). Este local apresenta características de maré semidiurna, e uma ampla diversidade geomorfológica que torna os processos geológicos e oceanográficos muito complexos. Tendo em vista todas as informações anteriores e a necessidade de se ampliar os conhecimentos sobre os processos oceanográficos físicos que fazem parte deste local, foram feitas coletas de dados em um período de 44 dias (01/10/2012 a 13/11/2012) na praia de Colares onde se observou a variação dos parâmetros temperatura e salinidade com o regime de marés local. Dentro deste período de tempo observou-se que a temperatura não apresentou grandes variações, porém a salinidade, a partir do dia 12/10/2012 passou a apresentar grandes elevações, para os padrões locais, e alcançou valores máximos nos períodos de marés de sizígia (dias 17 a 18 e 29 a 30 de outubro) e menores valores nos períodos de marés de quadratura (dias 7 a 8 e 22 a 23 de outubro). Mostrando que as marés tem grande influência na elevação da salinidade da região, atuando juntamente com o clima local e possivelmente impulsionando a intrusão salina existente no estuário a avançar nas águas superficiais e talvez na coluna d’água.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variação espaço-temporal da assembleia de peixes nas planícies de maré não vegetadas do estuário do rio Marapanim, litoral norte do Brasil(2010) FEILER, Flaviana Livia; GIARRIZZO, Tommaso; http://lattes.cnpq.br/5889416127858884Os estuários estão entre os sistemas mais produtivos do planeta, reconhecidamente, berçário para muitas espécies de peixes. As planícies de maré não vegetadas são habitats que conservam algumas funcionalidades do sistema estuarino. O presente trabalho objetiva caracterizar a assembléia de peixes intertidais presentes nas planícies de maré não vegetadas no estuário do Rio Marapanim e a sua relação com a salinidade. O material biológico foi coletado mensalmente entre os meses de agosto de 2006 a julho de 2007. Foram amostrados três locais, realizando-se três réplicas em cada um deles em dois dias de coleta, totalizando nove amostras mensais. Os locais (A1, A2 e A3) foram dispostos na margem esquerda do estuário. As coletas foram realizadas durante a maré vazante, na fase da lua nova e em períodos diurnos, garantindo uma padronização. Os dados bióticos (densidade e biomassa) e abióticos (salinidade da água) foram testados quanto à normalidade (teste W Shapiro-Wilk’s) e a homocedasticidade das variâncias. Constatou-se que a pluviosidade e salinidade apresentaram uma tendência sazonal, variando de maneira inversa. Foram coletados 1.686 indivíduos, distribuídos em 20 famílias e 38 espécies, com uma biomassa total de 4.960,72 g. Das 38 espécies capturadas no presente estudo somente duas (5%) Colomesus psittacus e Lycengraulis grossidens foram observadas em todos os meses de coleta, enquanto que, 16 (42%) foram observadas em todas as zonas do estuário durante o período amostral. Os valores de densidade e biomassa apresentaram um padrão sazonal com diferenças significativas entre meses de menor (agosto, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) e maior valor de precipitação (abril, maio e junho). O comprimento total apresentou média anual de 5,81 cm (desvio padrão: ± 2,901), apresentando diferenças significativas entre os meses. O apetrecho utilizado permitiu amostragem em toda a coluna d’água na planície de maré, capturando tanto espécies demersais (como representantes da família Achiridae e Gobiidae) quanto pelágicas (Carangidae e Engraulidae). A captura da grande quantidade de juvenis demonstrou a importância ecológica dos estuários como berçários naturais e área de refúgio para muitas espécies de peixes, reforçando a importância de preservar esses habtats.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variações sazonais na pluma do rio Amazonas com foco no setor leste(2016-04-20) MASCARENHAS, Angela Carolina Cidon; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; ROSÁRIO, Renan Peixoto; http://lattes.cnpq.br/8003860457518342A Plataforma Continental Amazônica (PCA) é um ambiente caracterizado por um dinamismo, resultado de diversos processos físicos atuantes (maré, correntes, regime de ventos) somados à grande influência da vazão dos rios Amazonas e Pará sobre ele. O estudo teve como objetivo o monitoramento e análise das variações que a pluma do rio Amazonas sofre sazonalmente, focados no setor leste da Plataforma, região próxima à foz do rio Pará. A metodologia de pesquisa adveio de cinco cruzeiros oceanográficos ao longo da PCA: abril e outubro de 2013; maio, julho e outubro de 2014. O transect de amostragem seguiu desde a ponta do Cabo Maguari (ilha do Marajó) até 260 km na quebra da plataforma. Nove perfis verticais de condutividade, temperatura, pressão e turbidez foram coletados. A pluma mostrou uma extensão de cerca de 200 km offshore durante os períodos de máxima descarga fluvial dos rios (abril e maio). Já nos períodos de menor vazão, outubro de 2013 e 2014, a pluma limitou-se em cerca 30 km e apresentou também os menores níveis de salinidade (20 PSU). A Água Costeira, caracterizada por altas temperaturas e baixos valores de salinidade foi identificada até cerca de 15 m de profundidade. No ano de 2014, pôde-se evidenciar a presença no último ponto de amostragem, cerca de 260 km da costa, da Água Tropical de Superfície, devido aos altos níveis de salinidade e baixos de temperaturas. Essa massa d’água é comumente encontrada na Corrente Norte do Brasil, podendo concluir que essa massa de água invade, eventualmente, a Plataforma Continental Norte Brasileira. Constatou-se ainda que, mesmo em condições mínimas de vazão dos rios, as águas do oceano adjacente não invadem o estuário do rio Amazonas, apenas o rio Pará. Por esse fator, afirma-se que esses estuários apresentam diferentes processos físicos e biológicos.