Determinação hidrodinâmica e hidrológica em Canais de maré da Ilha do Marajó-PA

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Data

01-01-2013

Orientador(es)

ROLLNIC, Marcelo Lattes

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MOTA, Fabíola Cardoso da. Determinação hidrodinâmica e hidrológica em Canais de maré da Ilha do Marajó-PA. Orientador: Marcelo Rollnic. 2013. 84 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2068. Acesso em:.
A Zona Costeira (ZC) é um ambiente de transição entre continente, mar e atmosfera; sendo bastante diversificado e altamente produtivo. Os estuários da costa norte do Brasil estão entre os mais preservados da costa brasileira, são ecossistemas muito complexos e dinâmicos, altamente influenciados pelas variações sazonais, descarga hídrica e solida das drenagens regionais, marés, ventos e correntes. A Ilha de Marajó, maior ilha fluvio-estuarina do mundo, apresenta clima tropical úmido, e influencia de um forte regime de mesomaré (amplitude de 2 a 4m),sua margem leste é cercada por canais de maré que são importantes para trocas sedimentares e de nutrientes, estes são influenciados pela hidrodinâmica e hidrologia da região, objetivo desse trabalho. A área de estudo compreende três canais de maré pertencentes aos municípios de Soure (canal do Pesqueiro) e Salvaterra (canais do Jubim e do Limão). Este trabalho, como um todo, foi realizado através de três campanhas (duas para analisar o período seco e uma para o chuvoso), durante as marés de sizígia nas desembocaduras e nos interiores dos canais, aproximadamente por 13 horas (um ciclo de maré). Os aparelhos utilizados em campo foram: CTD, OBS e Correntômetro, estes fixados próximo ao fundo dos canais, a fim de se estimar dados de salinidade, temperatura, oscilação de superfície, turbidez, intensidade da corrente e suas componentes. Durante o período seco os valores máximos de salinidade foram obtidos no canal do Pesqueiro, seguido do Jubim e do Limão; já no chuvoso essa ordem foi invertida, demonstrando uma possível concentração de sal nos canais menos espessos. Os valores mais intensos de temperatura, nos períodos de amostragem, foram registrados nas desembocaduras dos canais, devido à menor cobertura vegetal em relação ao interior, nos momentos de maior intensidade solar. Também nas desembocaduras é que os maiores valores de turbidez foram encontrados, nos instantes em que os momentos de maré eram mais intensos (maré de enchente e de vazante), ou seja, a intensidade da corrente era mais elevada. A intensidade da componente longitudinal da velocidade obteve dados superiores ao da componente transversal, devido sua orientação ser a do fluxo preferencial do canal; as duas componentes, predominantemente, foram mais intensas durante os instantes de maré vazante. Em relação ao atraso que a maré possuiu entre as estações de coleta em cada canal, dependendo da distância entre elas, foi possível afirmar que a maré no interior dos canais leva menos tempo, durante o período chuvoso, para apresentar as mesmas condições que a da sua desembocadura; e com esse pro - diagnóstico é possível interferir criando medidas de contenção, caso haja, algum tipo de contaminação na região.

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