Variação espaço-temporal da assembleia de peixes nas planícies de maré não vegetadas do estuário do rio Marapanim, litoral norte do Brasil

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Data

01-01-2010

Orientador(es)

GIARRIZZO, Tommaso Lattes

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FEILER, Flaviana Livia. Variação espaço-temporal da assembleia de peixes nas planícies de maré não vegetadas do estuário do rio Marapanim, litoral norte do Brasil. Orientador: Tommaso Garrizzo. 2010. 52 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2010. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1602. Acesso em: .
Os estuários estão entre os sistemas mais produtivos do planeta, reconhecidamente, berçário para muitas espécies de peixes. As planícies de maré não vegetadas são habitats que conservam algumas funcionalidades do sistema estuarino. O presente trabalho objetiva caracterizar a assembléia de peixes intertidais presentes nas planícies de maré não vegetadas no estuário do Rio Marapanim e a sua relação com a salinidade. O material biológico foi coletado mensalmente entre os meses de agosto de 2006 a julho de 2007. Foram amostrados três locais, realizando-se três réplicas em cada um deles em dois dias de coleta, totalizando nove amostras mensais. Os locais (A1, A2 e A3) foram dispostos na margem esquerda do estuário. As coletas foram realizadas durante a maré vazante, na fase da lua nova e em períodos diurnos, garantindo uma padronização. Os dados bióticos (densidade e biomassa) e abióticos (salinidade da água) foram testados quanto à normalidade (teste W Shapiro-Wilk’s) e a homocedasticidade das variâncias. Constatou-se que a pluviosidade e salinidade apresentaram uma tendência sazonal, variando de maneira inversa. Foram coletados 1.686 indivíduos, distribuídos em 20 famílias e 38 espécies, com uma biomassa total de 4.960,72 g. Das 38 espécies capturadas no presente estudo somente duas (5%) Colomesus psittacus e Lycengraulis grossidens foram observadas em todos os meses de coleta, enquanto que, 16 (42%) foram observadas em todas as zonas do estuário durante o período amostral. Os valores de densidade e biomassa apresentaram um padrão sazonal com diferenças significativas entre meses de menor (agosto, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) e maior valor de precipitação (abril, maio e junho). O comprimento total apresentou média anual de 5,81 cm (desvio padrão: ± 2,901), apresentando diferenças significativas entre os meses. O apetrecho utilizado permitiu amostragem em toda a coluna d’água na planície de maré, capturando tanto espécies demersais (como representantes da família Achiridae e Gobiidae) quanto pelágicas (Carangidae e Engraulidae). A captura da grande quantidade de juvenis demonstrou a importância ecológica dos estuários como berçários naturais e área de refúgio para muitas espécies de peixes, reforçando a importância de preservar esses habtats.

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