Influência da sazonalidade e variação da salinidade sobre biomarcadores bioquímicos em Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) de um manguezal do Nordeste Paraense

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

08-01-2016

Orientador(es)

AMADO, Lílian Lund Lattes

Coorientador(es)

PETRACCO, Marcelo Lattes

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

SILVA, Thaiane Santos da. Influência da sazonalidade e variação da salinidade sobre biomarcadores bioquímicos em Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) de um manguezal do Nordeste Paraense. Orientadora: Lílian Lund Amado. Coorientador: Marcelo Petracco. 2016. 52 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/889. Acesso em:.
Em estuários, a salinidade é considerada um parâmetro ambiental chave por apresentar altas e constantes variações, que afetam a fisiologia e a ecologia dos organismos. Além disso, organismos estuarinos estão sujeitos a uma série de diferentes tipos de atividades antrópicas que geram contaminantes descartados em regiões costeiras. A biodisponibilidade e toxicidade de contaminantes no ambiente aquático são influenciadas pela variação de salinidade. Na Baía de Japerica (nordeste paraense), atividades mineradoras trazem danos tanto ao meio ambiente quanto à população residente nas proximidades. Este estudo é uma avaliação das respostas de biomarcadores bioquímicos de exposição e efeito analisados no caranguejo residente Ucides cordatus frente às flutuações sazonais da salinidade local. Os caranguejos foram coletados manualmente em dois locais da baía: Japerica, local com maior influência de água salina, estuário inferior e Tapuã, estuário superior, localizado próximo à região de implantação de uma fábrica de cimento com possível potencial poluidor. As coletas foram realizadas durante 4 períodos: Jun/2013 (transição 1), Setembro (estiagem), Novembro (transição 2) e Fev/2014 (chuvoso). Temperatura, pH, oxigênio dissolvido (OD) e salinidade foram medidos durante a coleta. Os animais foram biometrados para peso total e largura da carapaça, brânquias e músculos foram os tecidos selecionados. Nestes tecidos foram dosados biomarcadores bioquímicos de exposição: capacidade antioxidante total (ACAP) e atividade da enzima de detoxificação glutationa s-transferase (GST); e de efeito: determinação do conteúdo de danos oxidativos em lipídeos (LPO). Os dados abióticos obtidos demonstram que a temperatura e pH não apresentaram uma variação significativa entre locais de coleta. A salinidade apresentou variação, tanto entre os locais como entre os períodos de coleta. Tapuã mostrou valores menores de salinidade, porém maior variação sazonal. Os níveis de OD foram em Tapuã foram maiores em relação a Japerica. A ACAP tanto em brânquias quanto em músculo se manteve estável ao longo dos períodos de coleta. A atividade da GST e do conteúdo de lipídios nos dois tecidos foram altos em Tapuã no período de transição 2 e no período chuvoso, sendo este o local onde há maior variação do gradiente salino ao longo do ano. Os resultados indicam variações sazonais de salinidade, aliada a maior disponibilidade de contaminantes e a diminuição da atividade dos biomarcadores expõem os animais ao efeito desses xenobióticos e consequentes de danos ecológicos.

Fonte

1 CD-ROM

Fonte URI