Faculdade de Ciências Naturais - FACIN/CBRAG
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Navegando Faculdade de Ciências Naturais - FACIN/CBRAG por Assunto "Amazônia"
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Trabalho de Curso - Graduação - Artigo Acesso aberto (Open Access) Fitoterapia tradicional na comunidade de Caratateua (NE-Pará) Amazonia, Brasil(2025-11-04) SOUSA , Daniel do Rosário; CORREA , Gilvan Velozo; http://lattes.cnpq.br/5212643873308699; SILVA , Iracely Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/5393264898435715A pesquisa buscou valorizar e preservar saberes tradicionais sobre o uso de plantas medicinais em comunidades amazônicas. Teve como objetivo mapear espécies vegetais com fins terapêuticos na comunidade de Caratateua, contribuindo para o reconhecimento da medicina popular e da biodiversidade local. Utilizou-se abordagem qualitativa descritiva, no âmbito do projeto “Bacia do Caeté”. A coleta de dados envolveu free listing, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e coleta botânica, com participação de pelo menos 10% das famílias, priorizando informantes-chave. Foram identificadas 51 espécies distribuídas em 25 famílias botânicas, com destaque para Lamiaceae, Asteraceae e Euphorbiaceae. A maioria é herbácea, de fácil cultivo e uso cotidiano. As folhas são a parte mais utilizada, principalmente em chás e banhos, para tratar doenças respiratórias, dores e distúrbios circulatórios. Observou-se forte protagonismo feminino na transmissão oral dos saberes, fortalecendo a autonomia local diante das limitações dos serviços de saúde. Conclui-se que os quintais medicinais de Caratateua são um importante patrimônio biocultural, unindo biodiversidade e saberes ancestrais, configurando-se como territórios de resistência e cuidado coletivo essenciais para estratégias de saúde integrativa e conservação socioambiental na Amazônia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) A relação humano-natureza no Quilombo: fauna silvestre e preservação das tradições ecológicas culturais na Comunidade Quilombola de Jacarequara, município de Santa Luzia do Pará(2024-07-02) PEREIRA, Ana Beatriz da Conceição; ORNELLAS, Valéria dos Santos Moraes; http://lattes.cnpq.br/1253485739454855As comunidades quilombolas assumem um importante papel dentro da sociedade. Especialmente em se tratando da preservação dos valores e da identidade e conservação da biodiversidade, por serem os quilombos lugares históricos, com diversidade ecológica cultural relevante dentro do patrimônio da humanidade. Por meio dessas tradições, é possível reconhecer saberes e fazeres que ainda se fazem presentes, mesmo diante das ameaças à sua permanência manifestadas dentro dos territórios. A presente pesquisa trata de um estudo realizada no Quilombo do Jacarequara, munícipio de Santa Luzia do Pará, entre dezembro de 2019 e dezembro de 2023, visando, por meio de uma abordagem da ecologia cultural, ampliar estudos sobre as relações do ser humano com a natureza. Os resultados foram coletados por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas, com os moradores do referido Quilombo. Para isso, as etapas da pesquisa se deram através primeiramente de diálogos com pessoas mais velhas da comunidade, aquelas que detém dos conhecimentos e experiências agregadas do passado. Posteriormente, realizou-se com os moradores mais jovens que ainda caçam, vistos como detentores das práticas de captura de animais silvestres. Para finalizar, foi realizada uma ação educativa na escola, a fim de causar interações da pesquisa com o ensino das gerações mais novas. Segundo os moradores mais antigos, algumas espécies eram caçadas no passado para comer, como: tatu, guariba, macaco, quati, caititu, queixada, veado, anta, paca, cutia, jabuti, jacaré, mutum e jacu. A carne de caça não era vendida, pois servia apenas para subsistência. Uma das entrevistadas afirmou que esses animais desapareceram, mas, outros moradores indicam locais de ocorrência de alguns mamíferos e aves, bem como métodos de captura por eles empregados nas caçadas. A fauna ainda se concentra nas áreas florestadas remanescentes, principalmente às margens do rio Guamá, do rio Jacarequara Grande e do igarapé Jacarequarazinho. Dentre os mamíferos, são mencionados atualmente: tatu (mais do que uma espécie), macaco, quati, caititu, veado, paca, cutia, capivara, dentre outras. Papagaios, arãncuã, mutum, jacú e jatuacú são aves também citadas nas entrevistas. As crianças na escola mostraram interesse e aceitação da ação pedagógica em torno da biodiversidade local, a partir da qual foi possível fazer uma aproximação entre conteúdo da disciplina de Ciências e o contexto local. Pode-se considerar que, de maneira geral, existe uma tomada de consciência na comunidade sobre a necessidade de respeitar os rios, suas matas ciliares e a fauna silvestre associada. Mas, os moradores mais antigos sugerem ter havido sérias perdas do conhecimento tradicional que garantia relações mais saudáveis da comunidade com o meio natural. Por esse motivo, eles têm trabalhado de maneira cooperativa em projetos que envolvem: agroecologia, memória biocultural e identidade quilombola.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Uso tradicional e potencial hipoglicêmico de Morus nigra L. em Caratateua, Pará, Brasil.(2025-11-04) MONTEIRO , Marcos Gabriel de Sousa; CORREA, Gilvan Velozo; http://lattes.cnpq.br/5212643873308699; SILVA , Iracely Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/5393264898435715Este estudo analisa o uso tradicional da Morus nigra L. (amora-preta) no tratamento do Diabetes Mellitus na comunidade amazônica de Caratateua, Pará, Brasil, e discute seu potencial hipoglicemiante à luz da literatura científica. A pesquisa utilizou abordagem qualitativa, com aplicação do método Free Listing e entrevistas semiestruturadas junto a 10% das famílias locais. As folhas foram identificadas como a parte mais utilizada, preparadas em infusão para controle glicêmico. A presença da planta nos quintais domésticos favorece a autonomia terapêutica e a preservação de saberes etnobotânicos. Estudos farmacológicos indicam a presença de compostos bioativos como flavonoides, estilbenos, adutos do tipo Diels–Alder e 1-deoxinojirimicina, responsáveis pela ação antioxidante e hipoglicemiante. Ensaios in vivo confirmam baixa toxicidade e eficácia no controle da hiperglicemia. Conclui-se que o conhecimento tradicional da comunidade possui respaldo científico, reforçando a importância de pesquisas pré-clínicas e clínicas para validação e inclusão segura da M. nigra na fitoterapia moderna.