As mulheres desde a idade média vivem uma realidade de luta por direitos para legitimar sua liberdade e romper paradigmas (sociais, religiosos, etc.) que interferem em sua autonomia. Diante disso, trazemos a inquietação acerca de como funciona o imaginário sobre a mulher em dissertações escolares produzidas por alunos do Ensino Médio de Igarapé-Miri, por meio da questão do direito ao aborto. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o funcionamento do imaginário dos estudantes por meio da análise de dissertações produzidas por esses alunos. Então, a partir da determinação do corpus, respaldada no nosso foco discursivo, restringiu-se às condições de produção para, assim, através da análise discursiva, identificar nos excertos os indícios do imaginário dos sujeitos sobre o feminino e o direito ao aborto. À vista disso, a materialização dos posicionamentos dos sujeitos expressou um imaginário pautado na Formação Discursiva conservadora, que agrega a religiosa e a machista e, por conseguinte, retrata perspectivas patriarcais, principalmente, de depreciação da mulher e limitação acerca de suas vontades e seu corpo.