Resíduo do açaí: dos planos municipais às rotas tecnológicas

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22-10-2024

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ALENCAR, Deivison de Souza; LOPES, Igor Augusto da Silva. Resíduo do açaí: dos planos municipais às rotas tecnológicas. Orientador: Rodrigo Cândido Passos da Silva. 2024. 62 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental) – Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, Campus Universitário de Tucuruí, Universidade Federal do Pará, Tucuruí, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7430. Acesso em:.
O açaí é um fruto que faz parte da cultura e da base alimentar do povo paraenses, sendo conhecido pelo valor nutricional e econômico para a região. O despolpamento deste fruto gera dois principais tipos de resíduos: as fibras e os caroços (sementes), os quais são comumente dispostos de maneira inadequada no meio ambiente trazendo diversos impactos negativos à qualidade e salubridade ambiental. Este cenário torna-se ainda mais desafiador devido à grande quantidade de resíduos gerados nos estabelecimentos comerciais de despolpamento do fruto, considerando que mais de 80% do fruto é constituído pelo caroço. Diante do exposto, a presente pesquisa tem como objetivo avaliar as rotas tecnológicas dos resíduos do caroço do açaí nos planos municipais de resíduos e saneamento do estado do Pará, bem como mapear as rotas tecnológicas descritivas deste resíduo na cidade de Tucuruí. Para tanto, inicialmente foram levantados e analisados todos os planos setoriais dos municípios paraenses por meio de consultas aos sites especializados. Em seguida, foi aplicado um instrumento de pesquisa em 44 estabelecimentos comerciais de despolpamento do fruto para mapeamento das rotas tecnológicas descritivas do caroço. Os resultados mostraram que apenas 7,35% dos municípios analisados incluem o resíduo do açaí nos planos municipais setoriais, evidenciando lacunas na regulamentação e na aplicação de tecnologias sustentáveis. Além disso, verificou-se que a maioria dos batedores de açaí de Tucuruí descartam o caroço de forma inadequada, sendo a coleta insuficiente e o reaproveitamento e valorização mássica e energética ausentes. Conclui-se que, apesar de alguns avanços na gestão dos resíduos do açaí, muitos municípios ainda carecem de regulamentação específica e práticas eficazes. Propõem-se melhorias na gestão, com incentivo ao uso de tecnologias como a compostagem e produção de biocombustíveis, visando maior sustentabilidade e redução de impactos ambientais negativos.

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Disponível na internet via Sagitta