Uma olaria artesanal em uma comunidade ribeirinha no município de Abaetetuba/PA: relações possíveis com o ambiente e a escola

O lócus deste estudo se concretiza na relação da natureza com o homem por meio do seu trabalho. Na comunidade do rio Tucumanduba, no município de Abaetetuba/PA, onde vivem os ribeirinhos, durante muito tempo a principal maneira de se garantir o sustento da família foi por meio do trabalho nas olarias. Estás eram pequenas fábricas podendo ser chamadas de artesanais, onde a argila (vulgo barro) passava por um processo de beneficiamento fabril dando origem a telhas e tijolos muito utilizados na construção civil. Mas ao passar do tempo está cultura perdeu espaço dando vez para outras maneiras de comércios. No entanto mesmo nos dias atuais as olarias ainda são responsáveis por gerar sustento de diversas famílias, além de guardarem a história de um povo muito conhecedor. Para que pudessem ser levantados dados concretos enquanto a está importância e ao funcional real das olarias, o estudo deixou de ser unicamente bibliográfico e deu vez a dois capítulos de cunho prático, a partir de pesquisas de campo dentro dos espaços das olarias, bem como em escolas, casas dos moradores, donos de olarias e dos trabalhadores. As análises de cunho quantitativo e qualitativo compõem o percurso técnico de métodos e conceitos obtidos diretamente com os sujeitos desta relação. Como morador da comunidade e graduando do curso de ciências naturais, elenco como passos essenciais para uma boa interpretação do tema proposto, a compreensão de que o povo ribeirinho ainda que distante da realidade urbana, convive diariamente com políticas falhas e insuficientes advindas do poder público. Apesar de ainda não ser o suficiente, a natureza é o único lugar de onde as famílias podem buscar a esperança de um futuro melhor, e dentro deste quadro a atividade oleira é apenas um reflexo que pode ser somado a uma diversidade de outros fatores.