Os filmes infantis e suas implicações para a formação da criança

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12-03-2019

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Tavares, Moizaquer Moraes. Os filmes infantis e suas implicações para a formação da criança. Orientadora: Joyce Otânia Seixas Ribeiro. 2019. 51 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação e Ciências Sociais, Campus Universitário de Abaetetuba, Universidade Federal do Pará, Abaetetuba, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2478. Acesso em:.
Este trabalho investigou a relação que existe entre mídia e currículo, alguns autores colaboraram para o melhor entendimento do tema, dentre eles: Henry Giroux (2003), Douglas Kellner (2001), Silva (1995) e de Costa (2009) que contribuíram para maior compreensão sobre a temática. Tendo em vista a validade do assunto e partindo da conjuntura do atual cenário político, onde a cultura da mídia é abordada como instrumento forte pelo qual manipula e forja muitos pensamentos, veio o desejo de explorar seus efeitos nas crianças. Levando em consideração que os filmes infantis, artefatos culturais dissipadores da cultura da mídia, entram em milhões de lares como meio de entretenimento infantil, surgiu a pergunta: “De que forma o currículo midiático vem implicando na formação das crianças na infância?” O objetivo é refletir sobre os efeitos do currículo midiático na formação das crianças na infância. Foram analisados os enredos de alguns filmes, como: “Viva! A vida é uma festa (2018)”, “Up! Altas aventuras (2009)”, “Como treinar o seu dragão (2010)” e “Emoni – O Filme (2017)”, por serem filmes bem aceitos pelo público infantil. O trabalho procurou ainda apresentar aspectos históricos sobre o surgimento da mídia, suas tendências e contribuições que ela trouxe para o desenvolvimento da sociedade. Para tanto, foi utilizado a pesquisa bibliográfica focalizando os resultados da teorização pertinente, seguida de sistematização, análise das ideias e das imagens nos artefatos culturais. Concluiu-se que os filmes infantis podem ser ótimos instrumentos de ensino, desde que haja uma preocupação, por parte do responsável/educador, em escolher o filme seguindo a faixa etária dos educandos e refletindo antes sobre o conteúdo do filme e o que se quer ensinar. Constatou-se que há consequências não desejáveis pelo fato dos filmes infantis não serem vistos/usados em formas de ferramentas úteis na construção da criticidade na criança em seu processo de desenvolvimento escolar e social, isto é, os filmes podem estar sendo usados apenas para entretenimento. Verificou-se que a indústria cultural é extremamente forte e que seus produtos são produzidos objetivando fins específicos de comércio e consumo facilmente aceito pelo público infantil. Percebeu-se que os conteúdos dos filmes muitas vezes podem levar as crianças a apresentarem comportamento de maneira não infantil. A isso podemos chamar de adultização da infância, ou infância instantânea. No entanto, os filmes oferecem grandes ferramentas que podem auxiliar de maneira direta no desenvolvimento imaginário da criança. Os artefatos culturais (re)constroem padrões afirmando/reafirmando/confirmando normas e ideias aceitas pela sociedade. Observou-se ainda, que os artefatos culturais, materializados sob a forma de filmes infantis, precisam ser vistos como currículo que ensina valores, crenças que configuram instrumentos construtivos que forjam as identidades de maneira positiva, ou negativa, dependendo de como se usou essa ferramenta. Pais, educadores precisam contribuir na construção crítica das crianças, fazendo destas, cidadãos ativos, emancipados em sua realidade.

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