Conhecimento e atitudes de nutricionistas em relação ao vegetarianismo

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01-01-2021

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NEVES, Darlene do Socorro Silva das; SILVA, Joyce Castro da. Conhecimento e atitudes de nutricionistas em relação ao vegetarianismo. Orientadora: Liliane Maria Messias Machado. 2021. 60 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5203. Acesso em:.
São poucos os estudos que buscam analisar o conhecimento e as atitudes a cerca das dietas vegetarianas em profissionais de Nutrição. Em nível nacional, não foram encontrados trabalhos sobre a referida temática. Considerando que entre os brasileiros, 14% acima de 16 anos se declaram vegetarianos, o objetivo da presente pesquisa foi estimar os conhecimentos e atitudes de nutricionistas em relação ao vegetarianismo. Trata ­se de estudo transversal de amostragem não probabilística com 102 nutricionistas da região Metropolitana de Belém que responderam a um questionário online contendo 28 itens, sendo 19 na categoria conhecimento e 9 na categoria atitudes. A parte destinada à mensuração do conhecimento incluiu itens sobre adequação de macronutrientes (proteínas), micronutrientes e das dietas vegetarianas para diferentes fases da vida, além de itens sobre a relação entre vegetarianismo e saúde. As questões de atitudes abordaram a crença pessoal na adequação das dietas vegetarianas e sobre os sentimentos ao lidar profissionalmente com o tema. Para caracterização dos sujeitos, foram feitas perguntas sobre hábito alimentar, idade, tempo de formado, aspectos da formação acadêmica, área de atuação e vivência do vegetarianismo na prática profissional. O resultado foi média de 64,9±15,2% nas questões sobre conhecimento e de 65,8±22,6% em atitude. As questões que tiveram maior percentual de acerto foram as de caráter geral, enquanto as mais específicas tiveram percentuais mais baixos. A maioria dos participantes pensa que é necessário combinar sempre aminoácidos na mesma refeição para formar proteínas completas, que o vegetariano precisa suplementar ferro e que não precisa suplementar a vitamina B12 e acredita que as dietas vegetarianas não são adequadas para esportistas, grávidas e nutrizes. Nos estratos de idade, o grupo que mais se afastou da média geral foi o de profissionais com 50 anos ou mais, refletindo o fato de que até a década de 1990 o vegetarianismo ainda era visto como inseguro nutricionalmente. Os melhores percentuais de acerto nas duas categorias foram provenientes dos nutricionistas ovolactovegetarianos (10% da amostra). No geral, 46% dos nutricionistas participantes disseram ter visto aumentar o número de adeptos ao vegetarianismo e não se sentir à vontade para responder perguntas de pacientes, clientes ou alunos sobre vegetarianismo. E 92,2% sentem necessidade de mais informações sobre o tema para o seu exercício profissional. Foi quase unanimidade (97% de concordância) que as dietas vegetarianas poderiam ter mais espaço nos cursos de graduação da área de Nutrição. Conclui -se que a maior parte dos nutricionistas pesquisados têm atitudes positivas em relação ao vegetarianismo. Quanto aos percentuais de acerto nas questões de conhecimento, observa ­se a necessidade de se destinar mais atenção à temática e suas especificidades, com o intuito de melhor atender as expectativas e demandas deste público crescente.

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Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br

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