O papel das associações indígenas no desenvolvimento autônomo e sustentável dos povos originários da região do lago de Tucuruí, Pará

Carregando...
Imagem de Miniatura

Tipo de Documento

Trabalho de Curso - Graduação - Monografia

Data

08-09-2025

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

BRAUNA, Bruna Mariana Furman. O papel das associações indígenas no desenvolvimento autônomo e sustentável dos povos originários da região do lago de Tucuruí, Pará. Orientador: Rodrigo Cândido Passos da Silva. 2025. 89 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental) – Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, Campus Universitário de Tucuruí, Universidade Federal do Pará, Tucuruí, 2025. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/8580. Acesso em:.
Este estudo investiga a atuação das associações indígenas como agentes do terceiro setor no desenvolvimento autônomo e sustentável das comunidades originárias da Região do Lago de Tucuruí, no estado do Pará. A pesquisa adota abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica e documental, análise de marcos legais e políticas públicas, vivências de campo, incluindo a participação direta da autora na elaboração de projetos junto às comunidades, e aplicação da matriz SWOT. O recorte empírico abrange os territórios Assurini do Trocará, Parakanã, e as Reservas Amanayé e Guajanaíra, evidenciando diferentes níveis de organização institucional, governança interna e acesso a oportunidades. Os resultados revelam que territórios com associações formalmente constituídas apresentam maior capacidade de captação de recursos, incidência política e proteção territorial, enquanto comunidades sem representação jurídica enfrentam severas restrições ao acesso a políticas públicas e mecanismos de autogestão. A análise SWOT identificou como forças a legitimidade comunitária, os saberes tradicionais e a organização coletiva; como fraquezas, a baixa capacitação técnico-gerencial, infraestrutura limitada e dependência de recursos externos; como oportunidades, a existência de editais específicos, políticas de fomento e parcerias interinstitucionais; e, como ameaças, pressões territoriais, violência contra lideranças e instabilidade política. Conclui-se que o fortalecimento institucional destas associações, aliado à capacitação técnica, à articulação em redes e à valorização dos saberes ancestrais, é fundamental para ampliar a autonomia decisória, promover o etnodesenvolvimento e assegurar a justiça socioambiental nos territórios estudados.

Fonte

Fonte URI

Disponível na internet via Sagitta