O atendimento educacional especializado voltado ao estudante com a Síndrome do X-frágil

Este Trabalho de Curso visou apresentar duas pesquisas que discutem sobre as ações do Atendimento Educacional Especializado voltado ao estudante que possui a Síndrome do X-Frágil (SXF), condição genética não tão popular e até então pouco debatida entre os estudos voltados a área da educação. Dessa forma, o primeiro estudo objetivou analisar diversos textos sobre a temática a fim de descrever como os estudantes que possuem a SXF podem ser beneficiados pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Além disso, se fez necessário trazer os aspectos que impedem o desenvolvimento sociocognitivo destes estudantes e também destacar as metodologias e estratégias que o AEE utiliza para auxiliar no desenvolvimento dos alunos com SXF. O estudo apresenta uma Revisão de Escopo com abordagem qualitativa, organizada através das seguintes etapas: 1) identificar a questão da pesquisa; 2) identificar os estudos relevantes; 3) selecionar os estudos; 4) mapear os dados e 5) reunir, resumir e relatar os resultados. O estudo, no entanto, não gerou resultados, devido à ausência de textos que tratem sobre a síndrome e o AEE. Por conta disso, houve a necessidade de discutir sobre a escassez de estudos voltados a Síndrome do X-Frágil, onde foram trazidas as informações sobre a sua baixa prevalência, a falta de dados sobre a síndrome no Brasil e a dificuldade relacionada aos diagnósticos. Com o intuito de complementar a primeira pesquisa, o segundo estudo procurou trazer as ações do Atendimento Educacional Especializado voltado a um estudante com a Síndrome do X-Frágil na cidade de Altamira-PA. Foram objetivos deste estudo, descrever as metodologias e estratégias utilizadas no AEE para contribuir com o desenvolvimento do aluno com SXF, destacar a importância da colaboração da família e discutir sobre a relação entre o AEE e o ensino regular. Trata-se, portanto, de um estudo de caso com abordagem qualitativa, no qual participaram da pesquisa três professoras do Atendimento Educacional Especializado do mesmo aluno com a SXF. As participantes responderam à 10 perguntas abertas, enviadas através de um formulário online, dívidas em: percepção docente sobre o aluno com Síndrome do X-Frágil; o papel do AEE para o aluno com a SXF; e os impasses enfrentados na busca pelo desenvolvimento do aluno com a síndrome. O estudo revelou que apesar das estratégicas lúdicas auxiliarem na formação do aluno, não há a colaboração com a família e a articulação de estratégias com o ensino regular é bastante fragilizada. Contudo, a necessidade de discutir sobre o desenvolvimento dos alunos com Síndrome do X-Frágil através do AEE, se fez necessário devido a síndrome apresentar características que comprometem o desenvolvimento do indivíduo e também por ser pouco conhecida. Ademais, falar do Atendimento Educacional Especializado foi essencial para poder trazer em discussão a importância que esta modalidade de serviço pode ter em relação ao processo de inclusão de alunos com deficiência, ainda mais diante de tantos desafios nos quais a educação especial enfrenta.