Reflexões formativas sobre minhas experiências como educadora social no CRAS de Santarém Novo-Pará

O CRAS é uma repartição pública estatal amparada nas três esferas governamentais: Federação, Estado e Municípios, que fazem as orientações técnicas e organizam os serviços da Proteção Social Básica – PSB. O CRAS é o principal acesso aos programas, projetos e benefícios de transferência de renda da Assistência Social. O objetivo geral deste trabalho consistiu em analisar experiências que vivenciei no CRAS em Santarém Novo como Educadora Social função esta que muitas vezes é confundido com a função do Pedagogo. O pedagogo é o profissional capacitado no curso de formação superior em pedagogia. Já o educador social (Orientador social), pode ou não ter formação superior e é o profissional que atua em espaços da educação não formal com grupos sociais. Por tanto, esta é uma pesquisa autobiográfica com narrativas de experiências que vivenciei enquanto educadora social no CRAS: “Ação Família”, no Município de Santarém Novo, de 2012 a 2016. Durante o período em que trabalhei no CRAS, exerci diversas funções como Coordenadora de Projetos, Coordenadora Pedagógica, Orientadora Social e Secretária Municipal de Assistência Social. Vivenciei e lidei com inúmeras situações de conflitos, agressões, violências, abusos e outros diversas situações que chegavam para atendimento no CRAS. Os relatos aqui contados são de extrema relevância tanto por suas características, quanto por terem sido experiencias que me fizeram buscar a entender mais sobre o papel do pedagogo no âmbito do CRAS. O trabalho social com famílias exige técnica, método, disciplina, empatia, engajamento e mais do que isso, requer conhecimento, pesquisa e vontade de contribuir com o desenvolvimento de seres críticos e autônomos capazes de buscarem a mudança de suas realidades. Nisto consiste o conhecimento pedagógico social.