“O amor que ousa dizer o seu nome”: História e Homoerotismo na Amazônia em “Olho de Boto” (1967-1985)

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09-02-2022

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MORAES, Marlison Souza. “O amor que ousa dizer o seu nome”: História e Homoerotismo na Amazônia em “Olho de Boto” (1967-1985). Orientador: Wesley Oliveira Kettle. 2022. 101 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em História) – Campus Universitário de Ananindeua, Universidade Federal do Pará, Ananindeua, 2022. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3994. Acesso em:.
A seguinte monografia busca utilizar-se da literatura “Olho de Boto” (2015) como fonte histórica para o entendimento sobre de que forma o romance aborda a questão do homoerotismo na Amazônia durante o período de ditadura civil militar. O enredo da história representado pelo casamento ocorrido entre os dois personagens da narrativa, Inajá e Inajacy, em 1967 no interior da floresta amazônica, é encarado na investigação desse estudo como um caminho viabilizador para o entendimento de como o Estado governado pelos militares no contexto usaram da força repressora para impedir a união homoafetiva e as sexualidades de sujeitos amazônidas que consideravam-se como “homossexuais”. Para isso, os conceitos norteadores utilizados para a elaboração de ideias do trabalho correspondem pelo de “Representação” desenvolvido por Roger Chartier (1990) e o de “Homoerotismo” discutido por Jurandir Freire Costa (1992). A metodologia desenvolvida correspondeu às próprias descrições presentes na literatura que dão conta de apresentar a comunidade leitora acerca do casamento homoerótico realizado em fins da década de 1960 na Amazônia, destacando principalmente a constituição do romance das personagens e a reação por parte da sociedade conservadora espelhada diretamente pelo regime de ditadura civil militar da região. Nesse sentido, como resultado do trabalho, percebeu-se que a obra aborda a temática a partir de uma linguagem de defesa da liberdade e do amor, ao passo em que também mostra a repressão cometida pelos militares contra os homoafetivos do período, sendo essa mais uma face autoritária do regime ditatorial brasileiro. O romance ajudou a entender, portanto, não apenas o debate sobre a temática, mas acima de tudo a complexidade desse mundo.

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Disponível na internet via Sagitta

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