Faculdade de História - FAHIS/IFCH

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Acesso aberto (Open Access)
Escravidão de crianças indígenas na Amazônia do século XIX
(2025-03-20) ARAUJO, Camila Rosa do Nascimento; HENRIQUE, Márcio Couto; http://lattes.cnpq.br/9096024504515280
Nesta pesquisa a escravidão de crianças indígenas está como ponto central da discussão, diante disso, buscamos discutir e analisar esse modo de trabalho compulsório na Amazônia do século XIX, evidenciando as consequências sociais e econômicas que esse tipo de ação acarreta a sociedade nortista. Além disso, com base nos documentos recolhidos nos arquivos, iremos discutir a noção de “cafuzo” que frequentemente aparece em testamentos, autos de embargos e ofícios do juízo de órfãos para descrever as crianças indígenas, para então entender como esse termo era usado na época e qual o peso empregado nele para ser utilizado nessas crianças. Sendo assim, esse artigo tem como objetivo escancarar para a historiografia o espaço em que as crianças indígenas estavam ocupando no século XIX no norte do país e como tal fato corrobora para o silenciamento dessa temática.
Acesso aberto (Open Access)
A disciplina História na educação popular: discursos e representações
(2025-02-20) SALLES, Leandro Jorge de Barros; LACERDA, Franciane Gama; http://lattes.cnpq.br/1007392320101957; COELHO, Mauro Cezar; http://lattes.cnpq.br/7187368960757936
Desde o início deste século, no Brasil, ganharam força as produções situadas na Didática da História, campo que se ocupa das diversas reflexões e metodologias em torno da aprendizagem histórica. Este trabalho, seguindo a linha dos esforços apresentados, buscou entender as percepções sociais acerca da disciplina História entre os discentes da Rede Emancipa em Belém, elencando as diferenças entre as experiências escolares e dentro dos cursinhos populares. Os aportes teóricos escolhidos se baseiam nos Estudos Críticos do Discurso (Dijk, 2023) em conjunto com a filosofia da linguagem (Bakhtin, 2014) para a compreensão dos discursos sobre a História acionados pelos estudantes. A metodologia se baseou na aplicação de formulários digitais, bem como na coleta das respostas às perguntas “o que é História?” e “Para quê serve a História?” realizadas durante as aulas e escritas pelos discentes, sendo organizado um banco de dados digital dos resultados obtidos.
Acesso aberto (Open Access)
Abrandar os corações para fugir dos castigos: os feitiços da preta Joana Maria nas malhas inquisitoriais do Grão-Pará (1763-1769)
(2025-03-20) SOUZA, Juliane de Miranda; CHAMBOULEYRON, Rafael Ivan; http://lattes.cnpq.br/7906172621582952; https://orcid.org/0000-0003-1150-5912
Durante a visita do Santo Ofício ao Grão-Pará, práticas divergentes foram reprimidas, como no caso de Joana Maria, uma mulher preta escravizada cujas atividades de proteção espiritual e física chamaram a atenção da Inquisição. Seu processo revela crenças, resistências e tensões entre práticas populares e o poder da Igreja e do Estado. Com base na micro-história e no paradigma indiciário, analisam-se suas crenças, rituais e práticas cotidianas para compreender espaços de autonomia feminina à margem da sociedade. Argumenta-se que Joana e outras mulheres criaram espaços de poder a partir de redes de sociabilidades multiétnicas que visavam garantir melhores condições de vida material e a sobrevivência a um novo dia.
Acesso aberto (Open Access)
“Divertimentos Bárbaros”: sambas, batuques e diversão em Belém na segunda metade do século XIX (1869-1888)
(2024-11-09) CASTRO, Marcel D’ Oliveira; COSTA, Antonio Maurício Dias da; http://lattes.cnpq.br/2563255308649361; https://orcid.org/0000-0002-0223-9264
O presente trabalho busca evidenciar a sociabilidade urbana de negros escravizados, de pobres, libertos e mestiços, em Belém, na segunda metade do século XIX, entre 1869- 1888; no que procura mostrar através de fontes de jornais, da época, os significados dados pelos moradores do entorno do centro da cidade e o posicionamento político-ideológico dos jornalistas em relação às práticas sociais realizadas pelos chamados "incivilizados", bem como a forma policialesca de controle do poder público em proibir as chamadas "diversões bárbaras", vez que as formas de divertimentos dos negros e pobres eram consideradas ofensivas e inconvenientes pelos moradores que moravam nos entornos de onde eram realizadas essas práticas. Essas manifestações culturais, no entanto, constituíram importantes elementos de resistência cultural e social para negros e pobres, desafiando o status quo e expondo as tensões sociais da época. A imprensa conservadora desempenhou um papel crucial ao atuar como elemento intimidatório, coercitivo e legitimador das ações repressivas do Estado, que não aceitava práticas como os batuques considerados incivilizados.
Acesso aberto (Open Access)
Jornal Resistência e o uso da charge como meio para resistir
(2024-04-09) RIBEIRO, Matheus William Fonseca; PETIT, Pere; http://lattes.cnpq.br/8376409779394321; https://orcid.org/0000-0002-8970-3073
O presente artigo tem o objetivo de analisar as charges publicadas no jornal Resistência, veículo de mídia alternativa criado durante a Ditadura Militar pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), analisando também a importância do Resistência na luta contra o regime militar.O recorte temporal trabalhado foi de 1978 até 1983, período em que as publicações das charges demonstraram ser mais frequentes. A imprensa alternativa desempenhou um papel muito importante na luta contra a censura dos governos militares, sendo o jornal Resistência um dos destaques na defesa dos direitos humanos aqui no Pará e na luta contra a repressão aos opositores imposta pelos militares.
Acesso aberto (Open Access)
“Mercado desanimado”: a crise da borracha a partir do Jornal Paraense Estado do Pará (1910- 914)
(2024-10-10) ANJOS, Giovanne Guerreiro dos; LACERDA, Franciane Gama; http://lattes.cnpq.br/1007392320101957
O período que marca o primeiro “ciclo da borracha” na Amazônia tem sido estudado pela historiografia amazônica em momentos diversos. Roberto Santos em seu livro “História Econômica da Amazônia (1800-1920)” ao estudar a economia da região aponta que a economia amazônica experimentou “ligeiro” avanço no final do século XVIII e início do XIX. No entanto, ao término das condições favoráveis para esse cenário, a produção extrativista para exportação e a agricultura comercial perderam importância
Acesso aberto (Open Access)
"Canudos": memória, história e identidade Policial Militar paraense
(2011-06-28) VILHENA, Anderson Alexandre Cruz; FARIAS, William Gaia; http://lattes.cnpq.br/2553754490715388
A virada do século XIX para o XX foi igualmente uma reviravolta, se não nela como um todo, ao menos em seguimentos da história brasileira. A queda da monarquia arquitetada e levada a cabo em 1889 pelo baixo oficialato e os alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, a “Mocidade Militar”, adeptos da escola positivista, cientificistas e meritocráticos, que se opunham ao regime monárquico por essência, e que tiveram o “abrigo da farda” quando iniciaram por própria conta o seu ataque à monarquia, conseguindo o apoio de uma “classe” militar que, dentro de suas discrepâncias, recentemente havia iniciado sua auto-afirmação e seu caminho para a coesão como grupo, de forma oportuna, justamente em oposição à classe política do Brasil Império através dos incidentes que ficaram conhecidos como a Questão Militar.
Acesso aberto (Open Access)
Casamento e paternidade na Belém do século XX (1916 – 1940)
(2024-08-30) SANTOS, Bárbara Luíza da Silva dos; PETIT, Pere; http://lattes.cnpq.br/8376409779394321; https://orcid.org/0000-0002-8970-3073
O presente artigo trata-se de uma pesquisa realizada enquanto bolsista PIBIC/CNPQ. A pesquisa realizada nos últimos meses teve como objetivo mostrar como a filiação – questão ainda muito discutida nos dias de hoje — teve impacto na sociedade belenense do início do século XX, assim percorrendo um caminho que nos leva até documentos do judiciário, tais como Autos de Investigação de Paternidade mostrando os entraves no caminho para comprovação da paternidade, mas não se limitando a isso, a pesquisa também buscou mostrar através da literatura acerca do tema e, até mesmo o próprio Código Civil de 1916, o preconceito para com a filiação dita ilegítima.
Acesso aberto (Open Access)
A República da Puçanga: farmácia, farmacêuticos e as artes de curar em Belém do Pará (1889-1905)
(2024-09-10) SILVA, Karla Yasmim Ferreira da; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o universo da cura e a atuação dos variados formuladores de medicamento, demonstrando que médicos e farmacêuticos, durante o regime republicano no Pará, disputavam espaço com sujeitos sem formação acadêmica. Para tanto, buscou-se analisar as hipóteses levantadas, tendo em vista o recorte temporal que vai da instalação da República (1889) até 1905, quando o governo do estado inaugura e consolida em Belém a primeira Escola de Farmácia. A metodologia, de cunho qualitativo, considerou a pesquisa bibliográfica e de fontes históricas levantadas em acervo digital e físico. No regime republicano em Belém, em nome da ciência e do interesse de médicos e farmacêuticos, houve um acirramento do combate às artes de curar de tradição popular, deslocando-as para as margens da legislação e colocando-as na categoria de práticas ilegais da medicina. Sem licença ou formação acadêmica para atuar nesse campo, curandeiros, parteiras, pajés e tantos outros foram acusados de exercício ilegal da medicina. No entanto, apesar desse combate ter ocorrido em diversas frentes, não foi definido em um único golpe, pois passou por várias fases de conflito e negociação. A insistência das artes de curar populares em permanecer ainda muito vivas em meio a tantos ataques, estava ligada à sua forte demanda por parte da população e, como foi o caso dos práticos de farmácia, na ambiguidade da própria legislação republicana que lhes permitia atuar livremente. Portanto, nas décadas iniciais da República, essas instituições ainda estavam longe de serem espaços totalmente medicalizados. A República que exaltava a ciência, no fundo, era voraz consumidora de “puçanga”. Assim, a história da farmácia, dos farmacêuticos e dos remédios na Amazônia não pode ser compreendida fora dos conflitos que ocorrem na sociedade. A própria história da ciência, longe de ser uma epopeia evolutiva e vitoriosa, esteve sempre permeada de conflitos e resistências que envolviam diversas concepções de mundo, assim como qualquer história dos homens.
Acesso aberto (Open Access)
O tecnobrega no Pará: um estudo de caso a partir da banda Djavú & DJ Juninho Portugal (2008-2011)
(2023-07-06) GOMES, Max Aládio dos Santos; COSTA, Antonio Maurício Dias da; http://lattes.cnpq.br/2563255308649361; https://orcid.org/0000-0002-0223-9264
O presente trabalho procura evidenciar como o sucesso da banda baiana de tecnobrega (Djavú & DJ Juninho Portugal), durante os anos de 2008 a 2011, foi visto dentro do território paraense, sobretudo no que tange a discursos da imprensa local e de artistas do tecnobrega da região e, da mesma forma, como a emergência da banda propiciou um processo de valoração do tecnobrega no Pará. Para tanto, buscou-se em jornais impressos, sites de internet, blog e YouTube, informações que tratassem acerca da banda Djavú em seu “conflito” com o cenário musical paraense. Metodologicamente, os discursos dessas fontes foram tratados à luz da História Cultural, bem como, também, a partir de um posicionamento crítico atinente aos relatos orais, haja vista que o ponto de confluência das fontes supracitadas gira em torno da oralidade. Ademais, teoricamente trabalhou-se com o conceito de “Culturas Híbridas”, o qual serviu de baliza para situar o tecnobrega como um produto em constante processo de hibridação, assim, pois, tornar-se-ia claro que sua definição enquanto produto “original” seria desacertado, porém isso não significaria algo negativo.
Acesso aberto (Open Access)
O anticomunismo do jornal "A Palavra": o imaginário e suas mudanças de características (1930-1935)
(2012-02-02) MOREIRA, Danilo Sorato Oliveira; NEVES, Fernando Arthur de Freitas; http://lattes.cnpq.br/1491729914353266
O presente trabalho pretende estudar o Anticomunismo, apresentado sobre a forma de discursos, que são encontrados no periódico "A Palavra", atentando para o imaginário que é propagado neste período. Além disso, a inovação do trabalho consiste em mostrar uma diversificação desse imaginário ao longo dos anos de 1930 a 1935. A metodologia é análise bibliográfica dos estudos sobre o Anticomunismo, bem como a análise das fontes jornalísticas do periódico católico, A Palavra, no período assinalado. A hipótese é que na sociedade belenense da primeira metade do século XX, o jornal católico manteve diversos tipos de características contra o Anticomunismo, ideia política contrária ao que versava o editorial desse periódico. Dessa forma, as considerações finais são que a ideologia comunista foi considerada inimiga da fé cristã católica, portanto, era necessário educar a sociedade através de discursos e imaginários negativos contra o inimigo vermelho.

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