Faculdade de Desenvolvimento Rural - FACDES/INEAF
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A Faculdade de Desenvolvimento Rural (FACDES), vinculada ao Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (INEAF), da Universidade Federal do Pará, é uma subunidade acadêmica de formação superior, voltada à área Interdisciplinar. A Faculdade de Desenvolvimento Rural tem por finalidade formar profissionais aptos a atuar em prol do Desenvolvimento Rural, por meio de cursos regulares de graduação, observando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, na forma do Estatuto Geral e do Regimento da UFPA e do Regimento do INEAF.
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Trabalho de Curso - Graduação - Artigo Acesso aberto (Open Access) Saberes e fazeres no extrativismo do açaí da Comunidade Quilombola de Santa Quitéria e Itacoâzinho, Acará - PÁ(2024-07-17) SILVA, Ailton da Conceição; BARROS, Flavio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262; https://orcid.org/0000-0002-6155-0511; FOPPA, Carina Catiana; http://lattes.cnpq.br/0150061207696674A presente pesquisa teve o objetivo de identificar e valorizar os saberes e fazeres associados ao extrativismo do açaí nas comunidades remanescentes de quilombolas de Santa Quitéria e Itacoãzinho, município Acará, Pará. O açaí é o produto principal para os extrativistas, o qual garante a soberania alimentar e nutricional e fortalecimento social e econômico das famílias, a partir do bem comum, respeito à natureza e trabalhando de maneira sustentável, com transparência com a comunidade. Através deste trabalho foi observado a potencialidade da comunidade trabalhar no manejo do açaí de modo tradicional. Ainda que sem o apoio de assistência técnica, consegue ter um produto saudável, com boa produtividade, reconhecido dentro e fora da comunidade. Foram abordadas algumas fragilidades, como as dificuldades de acessar novos mercados para aumentar o rendimento, aspectos que indicam a necessidade de continuidade dos estudos e parcerias na comunidade.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Entre tensões e tradições: a luta do povo Sateré-Mawé em defesa do território tradicionalmente ocupado do rio Mariaquã, oeste paraense.(2024-09-02) COSTA, Izabelli Galvão; TORRES, Mauricio GonsalvesO povo Sateré-Mawé ocupa, desde tempos imemoriais, o vasto território compreendido entre os rios Tapajós e Amazonas. O trabalho analisa a ocupação e a luta do povo por seu território originário na Amazônia brasileira, destacando a complexa relação entre o processo de colonização, a desumanização e as estratégias de resistência dos povos indígenas. A pesquisa é dividida em duas partes: a primeira caracteriza o povo Sateré-Mawé, incluindo sua cultura, língua e história de migração forçada devido a doenças e invasões de madeireiros e grileiros no território. A segunda parte aborda o movimento, ainda em curso, da retomada de terras, enfatizando a importância da memória coletiva e da organização política para a defesa de seus direitos territoriais. O estudo revela como a grilagem e a utilização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) ameaça as terras tradicionalmente ocupadas, evidenciando a necessidade de reconhecimento e proteção dos direitos dos Sateré-Mawé pelo Estado. A pesquisa conclui que a luta por seus territórios é crucial para a preservação de sua identidade cultural e a continuidade de suas práticas ancestrais.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Terreiros socioprodutivos quilombolas do Marajó (PA): estratégias de resiliência e Soberania e Segurança Alimentar(2022-12-10) COSTA, José Felipe Rodrigues da; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262; https://orcid.org/0000-0002-6155-0511; MEDEIROS, Monique; http://lattes.cnpq.br/4244130793736395; https://orcid.org/0000-0001-8789-0621Os quintais agroflorestais são espaços que permitem a combinação de cultivos e a criação de pequenos animais. Na Amazônia, os quintais têm particularidades, aliam hábitos culturais e diversidade produtiva. Na comunidade quilombola de Vila União/Campinas, esses espaços são popularmente chamados de terreiros. Este artigo tem como objetivo descrever a contribuição dos terreiros socioprodutivos para a garantia da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, com especial atenção ao envolvimento das mulheres no desenvolvimento desses espaços. A construção dos dados que embasam as análises se deu entre abril de 2021 e junho de 2022 e respaldou-se, na pesquisa bibliográfica, para contextualizar a realidade a ser pesquisada, na observação participante e em entrevistas semiestruturadas, com o intuito de ouvir as famílias quilombolas e compreender suas dinâmicas socioprodutivas. O uso do diário de campo, registro fotográfico complementam esses instrumentais. Foram envolvidas nessa pesquisa 18 mulheres quilombolas. Foi verificada a predominância do trabalho feminino; as mulheres são as principais responsáveis pelos manejos realizados, como também quanto à escolha do que é cultivado. Nos 18 terreiros visitados, encontrou-se 45 espécies frutíferas, 38 espécies medicinais, além da criação de galinhas, patos e porcos. Esses terreiros evidenciam-se como espaços biodiversos que contribuem significativamente com a garantia da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional das famílias quilombolas. Ademais, esses espaços se materializam como territórios de socialização de conhecimentos ancestrais, de cuidados com a saúde das famílias quilombolas e de lazer e contemplação.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) A luta pela terra e contra a grilagem no assentamento Irmã Dorothy Stang, Anapu/PA(2024-02-02) OLIVEIRA, Deise Cristina Lima de; GARVEY, Brian Gerard; http://lattes.cnpq.br/8782296224740102; TORRES, Maurício Gonsalves; http://lattes.cnpq.br/3514108376561503O presente trabalho analisa como a luta e a resistência pela terra foram fundamentais para a reversão de imóveis rurais, que antes foram destinados à implantação de empresa rural, para um espaço de produção, vida e camponesa. Como muitas outras terras localizadas na região da Transamazônica, os imóveis que serão analisados neste trabalho estão completamente relacionados ao contexto de colonização da Amazônia e com a vinda de camponeses e camponesas de diversas partes do país, especialmente, da região Nordeste do Brasil. Sendo assim, o conflito pela posse da terra analisada apresenta elementos contraditórios. Apresentaremos um grupo de pessoas que antes não conseguiram vencer à pressão de fazendeiros e grileiros, das forças repressivas do Estado, mas, que em Anapu, conseguiram resistir coletivamente, fortalecendo-se na consolidação de sua luta, de suas posses e do direito de acesso à terra. Dessa forma, buscamos compreender de que modo a luta pela terra está relacionada com a transformação da terra que antes era de gado e capim, em uma terra de plantio e produção camponesa. A análise aponta como este processo foi acompanhado por diversas violações de direitos humanos e ameaças à integridade física das famílias que se atreveram a ocupar uma terra para construir espaço de “morada” nesta. Sendo assim, este trabalho busca tratar do movimento de ocupação de dois lotes de colonização, localizados no município de Anapu/PA, que foram destinados à implantação de empresa rural em 1976 e da luta camponesa pela reversão desses lotes à reforma agrária, a partir da luta e resistência pela terra. O objetivo deste trabalho é identificar o percurso da terra, desde a destinação do Lote 96 e 97 ao latifúndio, até sua destinação para reforma agrária, determinada judicialmente. Etnografamos a luta pela terra, com foco no movimento político dos camponeses, convertendo o trabalho na terra em estratégia de enfrentamento à grilagem na região.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização da cadeia produtiva da pesca associada ao subproduto de "grude" no município de São João de Pirabas, nordeste paraense(2023-12-04) SOUZA, Barbara Marques de; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262; https://orcid.org/0000-0002-6155-0511; FOPPA, Carina Catiana; http://lattes.cnpq.br/0150061207696674O presente trabalho concentra-se na análise da cadeia produtiva da pesca no município de São João de Pirabas, localizado no estado do Pará, nordeste paraense. O estudo aborda as práticas da pesca nas águas do litoral da região do salgado e analisou as dinâmicas que envolvem o beneficiamento e a comercialização do subproduto de grude, as espécies alvos associadas, destacando as características dos petrechos e os atores envolvidos na cadeia produtiva. A metodologia incluiu entrevistas, observação de campo e análise documental exploratória. Os resultados indicaram a diversificação de pescarias e que existem atividades associadas à cadeia produtiva para manter os modos de vida, como a comercialização de subprodutos da pesca. A pesquisa buscou contribuir para uma compreensão das relações que envolvem a comercialização do grude e a atividade pesqueira artesanal e compreender os aspectos culturais e ancestrais da atividade pesqueira das comunidades locais.