Terreiros socioprodutivos quilombolas do Marajó (PA): estratégias de resiliência e Soberania e Segurança Alimentar

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Data

10-12-2022

Orientador(es)

MEDEIROS, Monique LattesORCID

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COSTA, José Felipe Rodrigues da. Terreiros socioprodutivos quilombolas do Marajó (PA): estratégias de resiliência e Soberania e Segurança Alimentar. Orientador: Monique Medeiros; Coorientador: Flávio Bezerra Barros. 2024. 24 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Desenvolvimento Rural) - Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares, Universidade Federal do Pará, Belém. 2022. Disponível em: . Acesso em:
Os quintais agroflorestais são espaços que permitem a combinação de cultivos e a criação de pequenos animais. Na Amazônia, os quintais têm particularidades, aliam hábitos culturais e diversidade produtiva. Na comunidade quilombola de Vila União/Campinas, esses espaços são popularmente chamados de terreiros. Este artigo tem como objetivo descrever a contribuição dos terreiros socioprodutivos para a garantia da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, com especial atenção ao envolvimento das mulheres no desenvolvimento desses espaços. A construção dos dados que embasam as análises se deu entre abril de 2021 e junho de 2022 e respaldou-se, na pesquisa bibliográfica, para contextualizar a realidade a ser pesquisada, na observação participante e em entrevistas semiestruturadas, com o intuito de ouvir as famílias quilombolas e compreender suas dinâmicas socioprodutivas. O uso do diário de campo, registro fotográfico complementam esses instrumentais. Foram envolvidas nessa pesquisa 18 mulheres quilombolas. Foi verificada a predominância do trabalho feminino; as mulheres são as principais responsáveis pelos manejos realizados, como também quanto à escolha do que é cultivado. Nos 18 terreiros visitados, encontrou-se 45 espécies frutíferas, 38 espécies medicinais, além da criação de galinhas, patos e porcos. Esses terreiros evidenciam-se como espaços biodiversos que contribuem significativamente com a garantia da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional das famílias quilombolas. Ademais, esses espaços se materializam como territórios de socialização de conhecimentos ancestrais, de cuidados com a saúde das famílias quilombolas e de lazer e contemplação.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibagrarias@ufpa.br