Faculdade de Engenharia de Pesca - FEPESCA/CBRAG

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Campus de Bragança / Bibliotecária: Vivyanne Ribeiro das Merces Neves Fax: (91)3425-1593 E-mail: bibbraganca@ufpa.br

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Acesso aberto (Open Access)
Os acordos de pesca e as pescarias do Mapará (Hypophthalmus spp) em Limoeiro do Ajurú, nordeste do Estado do Pará
(2022-07-11) FERREIRA, Bruno Pantoja; HOLANDA, Francisco Carlos Alberto Fonteles; http://lattes.cnpq.br/8493376458861060
A pesca é uma das principais atividades de fonte de renda e alimentação do município de Limoeiro do Ajuru. O município possui uma diversidade muito rica em espécies de peixes, dentre elas destacam-se o mapará. Tanta é a importância desse peixe que no início do período de pesca é realizado o “Borqueio do mapará” que marca o fim do período do defeso que vai de março à outubro. O “borqueio” é realizado por dezenas de pescadores, o que dá ainda mais destaque para essa ação que é considerada um evento Cultural e Imaterial do estado do Pará. Embora tanta riqueza, nos últimos anos, a pesca artesanal no município tem apresentado declínio acentuado motivado pela queda de produção, fato relatado por pescadores da região. Assim, este estudo tem como intuito caracterizar a pesca do mapará desenvolvida pelos pescadores artesanais de Limoeiro do Ajuru, levando em consideração a preservação no período de defeso, os acordos comunitários de pesca e o monitoramento na captura e comercialização dessa espécie, visando garantir o fortalecimento da cadeia produtiva e a manutenção dos estoques, sobretudo para aqueles que dependem diretamente da atividade pesqueira. Analisando os acordos de pesca que se encontram defasados e sem segurança jurídica, pois não são regulamentados.
Acesso aberto (Open Access)
Acute toxicity of cassava residues in Hyphossobrycon eques Steindachner (1982)
(2022-12-05) ALONSO, Paulo Arthur de Jesus; CAMPELO, Daniel Abreu Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/2787760801666473; https://orcid.org/0000-0001-9204-3566
Acesso aberto (Open Access)
Análise sensorial de filés de pescado para importantes espécies da costa Amazônica brasileira
(2022-09-09) BATISTA, Danilo Vitor Vilhena; BARROS, Francisco Alex Lima; http://lattes.cnpq.br/8413201747918962; https://orcid.org/0000-0002-2392-6266; CORDEIRO, Carlos Alberto Martins; http://lattes.cnpq.br/5010139685215361
O objetivo do presente estudo, foi determinar o índice de qualidade de filé na indústria de processamento de pescado, através da aplicação do método de índice de qualidade (MIQ). O método de índice de qualidade (MIQ) foi usado de acordo com PAIVA SOARES & GONÇALVES, (2012); BONILLA et al., (2007). Para isso foram analisadas 180 amostras comerciais de filés, sendo esses, 60 amostras de corvina (Cynoscion virescens), 60 de garoupa (Epinephelus marginatus) e 60 de pargo (Lutjanus purpureus). Os atributos de qualidade foram representados de acordo com a pontuação do índice de qualidade (IQ), o melhor Índice de Qualidade foi estipulado sendo o valor 0, ou seja, quanto maior a pontuação menor será a qualidade do filé. Notou-se que os IQ, observados nos filés de corvina (Cynoscion virescens), relacionados aos parâmetros muco, cor, textura, sangue e disposição das fibras, foram superiores em relação as demais espécies avaliadas. Todavia, o pargo (Lutjanus purpureus) apresentou um melhor índice de qualidade em relação a cor. A garoupa (Epinephelus marginatus) não demostrou nenhum índice superior em relação as demais espécies, onde constatou-se que ouve diferença significativa (p < 0,05) entre os atributos sensoriais, odor e sangue avaliados no presente trabalho.
Acesso aberto (Open Access)
Análise sensorial de tarta de Pescada Branca (Plagioscion squamosissimus) adicionado de diferentes ligantes
(2022-06-23) SOUZA, Pedro Rodrigo Nery de
O desenvolvimento de produtos à base de pescado possui como foco principal a valorização do pescado, algumas vezes buscando priorizar espécies regionais de baixo custo. Portando o objetivo deste estudo foi produzir o tartar de Pescada Branca (Plagioscion Squamosissimus), como uma alternativa diferenciada do tartar convencional que é produzido com carne vermelha, e assim agregar valor a uma espécie que ocorre em abundância na região do Lago da UHE Tucuruí no estado do Pará. Foram apresentados dois laborados, um com cream cheese em sua formulação e o outro sem, para realização de análise sensorial, onde apontamos resultados para testes de aceitação, frequência de consumo, intenção de compra e preferência entre amostras, que foram avaliadas por 25 julgadores. Para o índice de aceitação, o elaborado que continha cream cheese obteve um índice de aceitação (IA) de 86,16% e o sem cream cheese com IA de 92,06%, portanto os dois elaborados foram considerados viáveis para a introdução ao mercado.
Acesso aberto (Open Access)
Uma análise sob o aspecto operacional de uma unidade do município de Bragança, Pará
(2022-07-19) REIS, Flávia Roseira dos; ALVES, Marileide Moraes; http://lattes.cnpq.br/4989368162994718
A oferta de alimentos de origem animal aptos ao consumo, resguardadas as condições higiênico-sanitárias e tecnológicas, é o resultado final dos inúmeros aspectos de processamento. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise, sob o aspecto operacional, de uma processadora de pescado, onde se buscou descrever a empresa; fazer levantamento de informações, in loco, para validar a planta baixa; coletar informações com funcionários da recepção, salão de processamento, embalagem e expedição sobre as dificuldades enfrentadas na rotina de trabalho em função da estrutura da processadora; apontar fragilidades e pontos positivos; indicar medidas para mitigar os pontos frágeis identificados no layout. A análise realizada durante esta pesquisa mostra que a empresa possui oportunidades e pontos fortes que superam pontos fracos. Estruturalmente, há necessidade de adequações, como a construção de uma estação de tratamento de resíduos, mas a principal dificuldade percebida é em relação aos colaboradores, que acumulam alto volume de trabalho, o que poderia ser minimizado com a adoção de 3 turnos de trabalho (hoje a empresa tem 2 turnos).
Acesso aberto (Open Access)
Avaliação da pesca e dos recursos pesqueiros oriundos das capturas realizadas com linha Pargueira na Costa Norte do Brasil
(2022-06-23) CAMPELO, Jair Junior Bezerra
A costa Norte brasileira, região de destaque na exploração pesqueira, com diversidade de recursos, embarcações e principalmente com apetrechos de pesca. Dentre os apetrechos, tem-se a linha pargueira, um espinhel vertical, composto por uma linha principal e anzóis dispostos na linha secundária. O estudo objetivou avaliar a variação da captura e esforço da pescaria que utiliza esse apetrecho, além da verificação da composição capturada e suas associações ao longo do tempo. Os dados base para o estudo, coletados entre 1997 a 2007, pelo programa ESTATPESCA. A produção desembarcada foi de 3.138 toneladas de pescado ao longo do período, e estima-se que 33 espécies (nomes vulgares) foram desembarcadas, porém as mesmas, não foram identificadas a nível de espécie. O município de Bragança, como principal ponto de desembarque. Os barcos de médio porte (BMP) são a principal categoria de embarcação que atua utilizando as linhas pargueiras; o pargo (Lutjanídeos) são a espécie alvo, porém há uma diversidade que acompanha a captura dos pargos. A série temporal dos estimadores de abundância relativa da pescaria (Cpue) encontrada foi a (kg‾¹ x dias de mar; onde R²=0,59), o teste de mann kendall, mostrou tendência a decréscimo, (S=-1132; Z= 7,61; p= 0,00003), e análise de variância, apresentou diferenças significativas (p<0,05; F= 8,25; p=0,00729). A análise de agrupamento das espécies desembarcadas, mostrou sete grupos com similaridade, onde tivemos grupos de espécies que ocorrem ocasionalmente; altas taxas desembarcadas em períodos isolados, grande desembarque entre 1997 e 2002 e o grupo principal, que dispõe da principal composição específica dessa pescaria.
Acesso aberto (Open Access)
Avaliação do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (ocypodidae) como potencial bioindicador de contaminação por metal nos manguezais da costa paraense
(2022-07-14) RODRIGUES, Deliane Hillary do Amaral; FREITAS, Ádria de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/9982360373999584; FERNANDES, Marcus Emanuel Barroncas; http://lattes.cnpq.br/8943067124521530
O caranguejo-uçá, Ucides cordatus, é um recurso natural fortemente explorado na região amazônica e tem sido utilizado como importante bioindicador de contaminação por metais pesados no Brasil. No presente trabalho, quantificou-se a concentração e bioacumulação de cinco metais (Cd, Cr, Cu, Mn e Pb) em U. cordatus, afim de avaliar a espécie como potencial bioindicador de contaminação por metal no ecossistema manguezal, na costa paraense. Foram capturados três espécimes por subárea amostral (n = 3) de mangue na cidade de Bragança (área considerada conservada) e Viseu (área considerada antropizada), ambas no estado do Pará, assim como amostras de sedimento. As concentrações metálicas nas amostras bióticas e abióticas foram quantificadas por Espectrometria de Emissão Óptica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-OES), com posterior estimativa do Fator de Bioacumulação e de análises multinível para os metais avaliados. Os resultados obtidos no sedimento mostraram que o Mn detectado na área antropizada foi três vezes mais elevado do que da área preservada. Os metais Cu e Cr apresentaram diferenças significativas e os maiores valores para a área antropizada. Na musculatura do caranguejo, as concentrações de Cu das amostras coletadas na área antropizada foram mais elevadas do que dos caranguejos da área preservada. O Pb foi o segundo metal apresentando valor maior nos espécimes coletados na área conservada do que na antropizada. Concluindo que o caranguejo-uçá se apresenta como ótima espécie bioindicadora do estado de conservação de áreas de manguezal na costa amazônica, apresentando parâmetros autênticos à categorização do nível de contaminação das áreas aqui estudadas.
Acesso aberto (Open Access)
Capacitação de tripulação: critérios higiênico-sanitários para embarcações pesqueiras
(2022-11-22) RODRIGUES, Pierre Iago Cavalcante; ALVES , Marileide Moraes; http://lattes.cnpq.br/4989368162994718
Acesso aberto (Open Access)
Carpintaria naval na comunidade quilombola de Itamoari-PA: caracterização das embarcações regionais
(2024-08-14) SOUSA, Josias do Carmo; HOLANDA, Francisco Carlos Alberto Fonteles; http://lattes.cnpq.br/8493376458861060; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553X
Este estudo discorre sobre o trabalho desenvolvido na carpintaria naval na comunidade quilombola de Itamoari, no município de Cachoeira do Piriá -PA. A temática desse estudo justifica pelo fato da importância que as embarcações apresentam para a região local. É nesse sentido, portanto que se insere o presente trabalho, com objetivo realizar um estudo qualitativo sobre a carpintaria naval e trabalhadores envolvidos na atividade, cujo o foco está nas embarcações e nos processos envoltos nelas como identificar e caracterizar as principais peças das embarcações, assim como os materiais utilizados, tais como o tipo de madeira, ferramentas e técnicas presentes. Para realização desta pesquisa, foi utilizado uma abordagem qualitativa bibliográfico e pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi realizada nos estaleiros localizados na comunidade quilombola de Itamoari, tendo como sujeitos entrevistados os colaboradores, o mestre Lacioesse e mestre Ozinho que desenvolve seu ofício na carpintaria naval local, ao longo das entrevistas foram feitas gravações de áudio e um registro fotográfico das principais peças das embarcações produzidas nos estaleiros de Itamoari. Dentre os principais achados, destacamse; a dificuldade de encontrar matéria prima para a fabricação das embarcações, que muitas das vezes os trabalhos dos mestres navais são interrompidos devido à falta de materiais (madeira), essas madeiras são as de lei, atualmente os carpinteiros navais utilizam apenas quatro espécies que ainda se encontra na região são elas: a Piquirana (Caryocar glabrum), Piquiá (Caryocar villosum), Sapucaia (Lecythis pisonis), Louro Vermelho (Nectandra rubra). A confecção das embarcações feitas de tábuas de que se divide em várias etapas, sendo as principais peças a quilha e as cavernas, pois são elas que define toda a estrutura de um barco, a confecção das canoas feita de tronco de arvores (modelo indígenas), e escavada e aberta na base do fogo, as técnicas dos mestres navais aplicada no processo de confecção das canoas. Além da ausência de encontrar jovem com interesse em aprender a arte da carpintaria naval, apesar da carpintaria naval ser de grande importância para a comunidade quilombola de Itamoari. Por fim a pesquisa buscou-se oferecer informações sobre as técnicas e conhecimento dos carpinteiros navais que foram obtidos ao longo de suas vidas e carrega consigo uma extraordinária fonte de identidade social.
Acesso aberto (Open Access)
Clínica tecnológica de negócios com pescado: universidade e setor produtivo no mesmo barco
(2022-04-27) SILVA, Jean Cleyton Vilela da; BRABO, Marcos Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4274389612082613
A pesca comercial, seja artesanal ou industrial, apresenta uma relevante importância socioeconômica no Brasil e mais especificamente no estado do Pará, visto que oferta proteína animal de excelente qualidade para a alimentação humana e responde pela geração de renda e trabalho para um significativo número de pessoas, inclusive com baixo grau de escolaridade, que teriam dificuldade de inserção em outros segmentos do mercado. Porém, as iniciativas são pouco profissionais no tocante à gestão produtiva e econômica, o que implica diretamente sobre o desperdício, o custo de produção e o preço de comercialização do produto. Os resultados obtidos no âmbito deste programa demonstram que uma agregação de valor em termos de qualidade é mais interessante do ponto de vista financeiro aos armadores, trazendo também impactos positivos no aspecto ambiental dada a necessidade de menor captura, uma constatação extremamente relevante e que demanda por replicação. O termo clínica deriva da palavra grega "kliné" que significa procedimentos de observação direta e minuciosa, sendo usualmente empregado no campo da Medicina. Porém, outros profissionais também passaram a fazer uso do termo no caso da demanda por diagnósticos de problemas e proposições de soluções em suas áreas de atuação, o que originou a denominação clínica tecnológica. Neste contexto, a clínica tecnológica para empreendimentos do setor pesqueiro tem por objetivo prestar consultoria em aspectos técnicos, econômicos, ambientais e sociais a armadores de pesca de municí-pios do litoral do estado do Pará. Para isso, será utilizada a metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas (AB), onde a proatividade e o aprimoramento pessoal em um grupo acadêmico é estimulado por meio de discussões profundas de casos interdisciplinares.
Acesso aberto (Open Access)
A Comercialização de peixes em espaços públicos no município de Vigia de Nazaré, Estado do Pará
(2022-12-19) SILVA, Aldeize Driely Cardoso da; OLIVEIRA, Leonnan Carlos Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/1868240974948844; https://orcid.org/0000-0001-7551-6528; HOLANDA, Francisco Carlos Alberto Fonteles; http://lattes.cnpq.br/8493376458861060
O pescado é um alimento importante na dieta humana, sendo que a produção mundial de peixes atingiu um volume de 177,8 milhões de toneladas em 2020. Sendo que no Brasil, a produção de pescado no ano de 2011 na região Norte foi de 326,1 mil toneladas, tendo o Estado do Pará como um dos maiores produtores. Esse alto potencial para as atividades pesqueiras é devido a região conter um grande número de rios e estuários que deságuam no Oceano Atlântico, propiciando um ambiente complexo, com alta produtividade biológica. Entretanto, no Brasil, os dados oficiais mais recentes, que separam a produção da pesca e da aquicultura, são do ano de 2011. O município de Vigia destaca-se em nível estadual como o segundo maior porto de desembarque de pescado do Estado do Pará e a sua economia local gira em torno da atividade pesqueira, sendo assim, é de grande importância a coleta de informações sobre a comercialização de peixes no município. Dito isto, o presente estudo tem como objetivo monitorar e caracterizar a comercialização de peixes oriundos da pesca extrativa em diferentes meses do ano no município de Vigia, Nordeste do Estado do Pará. A pesquisa foi realizada em dois pontos que representam os locais mais populares para comercialização de peixes no município. Ao todo foram registradas 18 espécies de peixes sendo comercializadas e a diversidade dessas espécies foi semelhante entre os dois pontos amostrados, com 17 espécies sendo comercializadas na feira e 16 sendo comercializadas no mercado. O mercado e a feira de Vigia apresentam uma alta diversidade de espécies sendo comercializadas, com destaque para a dourada (Brachyplatystoma rousseauxii (Castelnau, 1855), gurijuba (Sciades parkeri (Traill, 1832) e piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii (Valenciennes, 1840) , sendo estas as espécies que apresentaram maior frequência de comercialização nos pontos avaliados.
Acesso aberto (Open Access)
Comercialização de pescado na Amazônia costeira: uma abordagem espacial e temporal da Feira Livre de Bragança-PA
(2025-03-20) SILVA, Ingrid Luiza Campos da; GOMES , Grazielle Fernanda Evangelista; http://lattes.cnpq.br/5740656339448561; https://orcid.org/0000-0001-8898-0311; LUTZ, Ítalo Antônio de Freitas; http://lattes.cnpq.br/9129676973207172; https://orcid.org/0000-0001-8664-6440
O pescado é uma das principais fontes de proteína animal no mundo, reconhecido por seu alto valor nutricional, incluindo ômega-3, vitaminas e minerais essenciais (FAO, 2022; Mohanty et al., 2019). Nos últimos anos, seu consumo aumentou significativamente, tornando-se a terceira proteína mais consumida globalmente (FAO, 2024). Em 2022, a aquicultura superou a pesca extrativista, produzindo 130,9 milhões de toneladas, enquanto a pesca de captura registrou 92,3 milhões, com destaque para a Ásia e América Latina (FAO, 2024). No Brasil, a região Norte se destaca na produção pesqueira, especialmente o Pará, onde Bragança é um importante polo da Amazônia costeira (Freire et al., 2011; Martins et al., 2021). No entanto, a falta de estatísticas atualizadas desde 2011 dificulta a gestão sustentável desses recursos (Silva et al., 2015). Bragança é um município-chave na produção pesqueira da região, sendo sua Feira Livre um dos principais pontos de comercialização (Martins et al., 2021). A ausência de dados recentes sobre diversidade, sazonalidade e preços compromete políticas eficazes de manejo. Este estudo visa atualizar e ampliar o conhecimento sobre a comercialização do pescado no local, fornecendo informações essenciais para a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Este estudo teve como objetivo principal caracterizar e monitorar a comercialização de pescado na Feira Livre de Bragança-PA ao longo de 17 meses. A pesquisa buscou identificar as espécies comercializadas, analisar variações sazonais na produção, acompanhar a flutuação de preços e mapear a procedência dos produtos.
Acesso aberto (Open Access)
Copépodes ectoparasitas do Bagre Sciades herzbergii (Bloch, 1794) no litoral bragantino
(2022-12-13) SANTOS, Daiana Silva dos; NUNES, Zélia Maria Pimentel; http://lattes.cnpq.br/6811447795113292; https://orcid.org/0000-0001-5554-5612; ABRUNHOSA, Fernando Araújo; http://lattes.cnpq.br/9557937645632227; https://orcid.org/0000-0003-2693-2175
Os crustáceos parasitos se destacam como o grupo mais diversificado com cerca de 5.400 espécies descritas. Entre os microcrustáceos, os copépodes apresentam maior número de espécies, superior a 2.000. Apesar de sua importância ecológica, a fauna desses crustáceos na região Amazônica ainda é pouco conhecida. Assim, foi realizado um levantamento da fauna de copépodes parasitas do bagre marinho Sciades herzbergii, nos canais de maré do estuário Caeté, Bragança, Pará, com a identificação e ilustração das espécies. A prevalência, intensidade e a variação sazonal na abundância destes parasitos foram registradas. Em laboratório, os parasitos foram retirados das brânquias dos peixes e fixados em solução de formalina a 5%. Posteriormente, as amostras foram preservadas em solução álcool etílico 70% + glicerol (1:1). As ilustrações em detalhes da morfologia das espécies foram feitas com a utilização de um microscópio Leica DM500 com câmera clara acoplada. No total foram coletados 354 espécimes de copépodes parasitas do bagre marinho. Foram identificadas 6 espécies: Ergasilus sp., E. youngi, E. bahiensis, Lepeophtheirus monacanthus, L. simplex e Bomolochus nitidus. No período chuvoso, E. bahiensis apresentou maiores valores de intensidade média (45,20) e abundância média (4,71). No período estiagem, L. monacanthus apresentou maiores valores dos índices parasitários. L. simplex, fêmeas e machos, ocorreu somente no período de estiagem. A combinação de estudos taxonômicos e de ecologia parasitaria de peixes pode ajudar a aumentar o conhecimento da biodiversidade de ecossistemas amazônicos.
Acesso aberto (Open Access)
Crescimento e sobrevivência de Crassostrea gasar no sistema fixo em diferentes níveis na coluna d’agua e sob diferentes densidades de estocagem
(2022-12-01) PEREIRA JUNIOR, Jucimauro de Araújo; SOUSA, Natalino da Costa; http://lattes.cnpq.br/3232148110386411; CORDEIRO, Carlos Alberto Martins; http://lattes.cnpq.br/5010139685215361
A otimização dos sistemas de criação de ostra tem o intuito de aumentar a produtividade, sendo necessário avaliar o crescimento e sobrevivência do organismo para evitar prejuízo econômico. Desta forma o objetivo do presente estudo foi avaliar o crescimento e a sobrevivência da ostra C. gasar na fase de semente e juvenil sob diferentes densidades de estocagem no sistema fixo de mesa com dois andares expostos em diferentes profundidades da coluna d’água. Para tanto, o sistema utilizado foi o de mesa com o primeiro andar a uma distância de 0.39m para o segundo andar. O experimento foi realizado em fatorial 2x2, com o primeiro fator os andares (1° e 2° andar) e o segundo fator as densidades de estocagem na fase semente e juvenil (semente: D750 e D1000; Juvenil: D250 e D450), o período experimental foi de seis meses para cada fase, mensalmente foram mensurados a altura (mm) e a sobrevivência (%). Na fase semente, o crescimento mensal das ostras na densidade D1000 foram maiores nos 150 dias nos dois andares em relação a densidade de D750, se igualando no final dos 180 dias. Para os juvenis a menor densidade D250 apresentou-se os maiores valores em altura nos dois andares em relação as ostras da densidade de D450, atingindo a altura 84,69±4,23 e 83,30±5,62mm, respectivamente. Não houve interação para o crescimento e sobrevivência das ostras em relação aos andares e densidade de estocagem, contudo, na fase semente observou-se que a menor densidade (D750) teve a maior sobrevivência (92,60±4,54%), não sendo observado diferença no crescimento em relação aos andares e densidade. Na fase juvenil, não foram observados diferença no crescimento e na sobrevivência aos fatores estudados. Em relação ao crescimento das ostras com o tempo de criação, altura aumentou com o tempo atingindo 60mm em 180 dias para ambos os andares. Ressaltando que o aumento da altura na fase semente na maior densidade provavelmente devido a maior taxa de mortalidade. Portando, o crescimento das ostras não foi influenciado pelos andares e densidade de estocagem, porém, a mortalidade foi maior na fase semente na densidade D1000.
Acesso aberto (Open Access)
Criação de tambaqui em viveiros escavados no estado do Pará, Amazônia, Brasil.
(2022-06-24) GAMA, Janice Palheta; BRABO, Marcos Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4274389612082613
Este estudo objetivou analisar o custo de produção e a rentabilidade da criação de tambaqui em viveiros escavados em diferentes cenários econômicos no estado do Pará. O preço dos insumos foi consultado nos municípios de Peixe-boi, Igarapé-açu, Castanhal e Goianésia, enquanto o preço de primeira comercialização do produto foi obtido em Tracuateua, Paragominas e Goianésia, entre janeiro a agosto de 2018. Posteriormente, houve a projeção de quatro cenários econômicos, variando a conversão alimentar aparente e o preço do produto. Concluiu-se que a criação de tambaqui em viveiros escavados pode ser rentável, desde que efetuada com controles zootécnico e econômico adequados.
Acesso aberto (Open Access)
Desenvolvimento de um aplicativo mobile para identificação de espécies de pescado na região norte
(2022-12-16) REIS, Clayton Murilo Araújo; LOBÃO, Daniel de Paula; CORDEIRO, Carlos Alberto Martins; http://lattes.cnpq.br/5010139685215361
O pescado é uma importante fonte na alimentação humana por ser um alimento sempre em alta. Tendo um alto valor comercial agregado e da grande diversidade de espécies, é alvo de fraude, através da troca de espécies que apresentam semelhanças. Nesse contexto surgiu a oportunidade de desenvolver um aplicativo com intuito de identificar as espécies, mostrando as características que as diferem, evitando substituição de espécies de pescado de maior valor de mercado por espécies de menor valor, na hora da compra. O desenvolvimento do aplicativo ocorreu usando o framework React Native que proporciona usar um único código para construir um aplicativo para Android e IOS. As funcionalidades escolhidas foram baseadas nos resultados obtidos através de levantamento bibliográfico e projetos já existentes. As funções a serem oferecidas pelo app estão: a caracterização com informações das espécies com o maior valor comercial, as espécies de menor valor que substituem. A navegação do app consiste em 4 componentes de tela simples, do qual se destaca a tela inicial, espécies, fraude e tela de identificação, responsável por agrupar as informações de cada espécie, através de textos e imagens. Foram realizados testes com 16 usuários com o intuito de avaliar a interface do aplicativo. Por terem sido testes informais, sem o aparato necessário para coletar dados precisos, e aperfeiçoando para este trabalho apenas o descrito das observações feitas pelos usuários durante os testes, os resultados não devem ser considerados completos ou abrangentes. Apesar das dificuldades para identificar uma determinada espécie de pescado o aplicativo mostrou-se satisfatório, auxiliando os consumidores na identificação do pescado.
Acesso aberto (Open Access)
Efeito do incremento L-Triptofano e bactéria probiótica autóctone no comportamento agonístico de alevinos de Heros severus
(2023-12-15) FERREIRA, Jhulie Carolline Sousa; CORDEIRO, Carlos Alberto Martins; http://lattes.cnpq.br/5010139685215361; COSTA JUNIOR, Keber Santos; http://lattes.cnpq.br/7935915603957247
O comportamento animal é fundamental na viabilidade de um empreendimento aquícola, considerando que, comportamentos agonísticos podem acarretar em mortalidades elevadas na aquicultura ornamental. Pensando nisso, este trabalho objetivou avaliar o comportamento agonístico de alevinos de Heros severus, suplementados com L-triptofano e Enterococcus faecium (probiótico autóctone). O experimento foi realizado com tratamentos C+ (controle positivo, com ração suplementada com meio de cultura MRS Broth), C- (controle negativo, com ração suplementada com meio de diluição do triptofano), T1 (tratamento com suplementação de E. faecium a 108 UFC.g-1 ), T2 (tratamento com suplementação de L-triptofano a 2,5%) e T3 (tratamento com suplementação de E. faecium e L-triptofano). Os peixes foram distribuídos em 10 aquários com divisórias centrais de isopor, realizados com quatro repetições, cada repetição com 5 indivíduos. Realizou-se gravações de vídeo com duração de 15 minutos, durante as manhãs, avaliando comportamento agonísticos dos peixes (batida de cauda/corpo, segurar com a boca, mordida, caça, aproximação, submissão e fuga). Os dados foram submetidos ao teste de normalidade e posteriormente processados em PERMANOVA, distribuídos e nMDS, com as médias dos 30 dias e semanalmente. O grau de dissimilaridade obtido pela PERMANOVA foi estatisticamente significativo (p=9,9x10-5 ). A distribuição nMDS ao longo do período experimental evidenciou pequena similaridade entre os padrões comportamentais dos tratamentos avaliados, diferindo entre os grupos controle (C+ e C-) e os tratamentos T1, T2 e T3, apresentando menos comportamentos agonísticos e mais comportamentos agonísticos, respectivamente. Avaliando os dados em relação ao tempo (semanal) podemos ver a similaridade dos padrões de comportamentos agonísticos se mantendo, ao longo das semanas, contudo há uma significativa mudança nos vetores explicitando uma drástica mudança de correlação dos padrões individuais de comportamento. A suplementação de E. faecium e L-triptofano nas concentrações de 1x108 e 2,5%, respectivamente, aumentaram a presença de comportamentos agonísticos durante o período experimental.
Acesso aberto (Open Access)
Elaboração de patê com Macrobrachium rosenbergii, (De Man,1879) utilizando diferentes concentrações de hortaliça da culinária paraense
(2023-11-14) ALMEIDA, Ana Clara Ferreira de; SILVEIRA, Bianca Gomes da; http://lattes.cnpq.br/5241917717581947; https://orcid.org/0000-0001-5372-7180; CORDEIRO, Carlos Alberto Martins; http://lattes.cnpq.br/5010139685215361
Um novo produto é decorrente de uma versão similar já existente no mercado, ou da incorporação de alguma melhoria. Buscar inovação na indústria de alimentos ou elaborar novos produtos no mercado que atenda às necessidades e gostos dos consumidores com produtos mais atrativos, saborosos é um desafio de muita responsabilidade. Dessa forma o objetivo deste estudo é desenvolver patê de camarão Macrobrachium rosenbergii, com diferentes concentrações de jambu Acmella oleracea L. O experimento foi realizado em três etapas: desidratação da erva, defumação do camarão e elaboração do produto, na desidratação do jambu, a erva foi lavada para retirada de todas impurezas e levadas a uma estufa de recirculação de ar há 55°C por 24 horas e triturada para ficar em estado de pó, para a defumação, os camarões foram lavados e separado o cefalotórax do abdome, levados ao fogo por 10 minutos para serem cozidos, em seguida, feita a montagem da estrutura para defumar os camarões, na elaboração do patê utilizou-se um multiprocessador para triturar e homogeneizar todos os ingredientes depois de pronto, o patê foi mantido em embalagem fechada até o momento da análise sensorial. Foram servidos patês a 60 provadores, escolhidos aleatoriamente, que demonstraram interesse e disponibilidade em avaliar o produto. As amostras foram servidas em pratos descartáveis, codificados com números aleatórios. A atribuição das notas pelos provadores, variaram dos extremos 1 (desgostei muitíssimo) ao 9 (gostei muitíssimo), para os atributos cor, aroma, sabor, textura e aspecto. A preferência foi aplicada a escala afetiva, variando do extremo 1 (desgostei muitíssimo) ao 9 (gostei muitíssimo), para o grau de aceitação das amostras foi utilizada escala hedônica, variando de 7 (comeria frequentemente) ao 1 (só comeria se não pudesse escolher outro alimento. Para o teste de intenção de compra foi utilizada a escala, variando dos extremos 7 (compraria sempre) ao 1 (nunca compraria). O índice de aceitabilidade (IA) foi calculado em relação aos atributos cor, aroma, sabor, textura e aspecto. A análise econômica dos produtos elaborados será avaliada as variáveis custo operacional efetivo, receita bruta, receita líquida, ponto de equilíbrio e margem de lucro. A análise estatística os dados foram submetidos a análise de normalidade e homocedasticidade pelos testes de Lilliefors e Bartlett. Em seguida, submetidos à análise de variância (ANOVA). Para a obtenção dos dados foi utilizado o programa R. Os resultados demonstraram um alto índice de aceitação pelos provadores independente da concentração. De acordo com a análise sensorial dos patês não apresentaram diferença significativa estatisticamente entre as concentrações 5,5%, 7% e 8,5% de jambu. Sugere se como continuação de trabalhos futuros a utilização de concentrações maiores de jambu; ou a utilização da erva em natura, pois a mesma em forma desidratada não teve diferenças significativas nas análises sensoriais.
Acesso aberto (Open Access)
Fitoplâncton da área de ostreicultura de Nova Olinda (Pará, Brasil).
(2022-12-08) OLIVEIRA, Igor Marcelo Chaves de; COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da; http://lattes.cnpq.br/4504677939464624; https://orcid.org/0000-0003-4461-3936
Acesso aberto (Open Access)
“Grude”: uma iguaria proveniente de peixes explotados no litoral amazônico para atendimento do mercado asiático
(2025-03-20) AMORIM, Erica Matos de; MELO , Gabriela Costa Sarmento; http://lattes.cnpq.br/1713732367518730; https://orcid.org/0000-0001-5374-4132; BRABO , Marcos Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4274389612082613
O termo “grude” é empregado para designar a bexiga natatória de determinados peixes, que após um processo de limpeza e desidratação, atende ao mercado asiático para diversos fins, inclusive alimentação humana. O objetivo deste estudo foi analisar a importância da "grude" no contexto das exportações brasileiras de pescado e da receita de uma das principais pescarias comerciais praticadas no litoral amazônico. Realizou-se consulta à agentes financeiros que efetuam operações de crédito rural para esta atividade, entrevistas com responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e com armadores de pesca do município de Bragança, estado do Pará, que autorizaram o acompanhamento da armação de embarcações e de seus respectivos desembarques. Os dados de exportação foram obtidos no Sistema de Estatística de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AGROSTAT), contemplando informações nas escalas nacional e estadual. Posteriormente, efetuou-se um levantamento de estabelecimentos processadores de grude no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Constatou-se que a “grude” possui uma participação na receita das pescarias estimada em 70%, ou seja, constituise no principal produto a ser comercializado. Nos desembarques, a proporção de pescada amarela e fauna acompanhante, onde a corvina representa quase a totalidade, é cerca de 60% e 40%, respectivamente. Este sistema de pesca seria inviável economicamente sem a receita proveniente da “grude”, dado o significativo investimento demandado na armação das embarcações. No que se refere à exportação brasileira de pescado, a média do período analisado foi de 45,3±10 mil toneladas, o correspondente a US$281,7±61 milhões, com a grude participando com 1,4±0,2% e 7,3±1,7% no que diz respeito a volume e valor monetário, respectivamente. A maior exportação de grude em termos de volume ocorreu no ano de 2020, com 733,4 toneladas, enquanto o maior valor se deu em 2019, com US$26,3 milhões. Em todos os anos, o estado do Pará foi o principal responsável pela exportação do produto, com participação média de 95,1±4,8% no volume e 99±0,8% no valor em relação ao total nacional, seguido por Santa Catarina. O cenário diagnosticado evidencia a importância socioeconômica da grude para o contexto brasileiro, assim como a necessidade de um olhar diferenciado por parte do poder público sobre sua cadeia produtiva.