Curso de Museologia - FAV/ICA

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O patrimônio arqueológico e as práticas preservacionistas dos moradores da Vila de Joanes, Ilha do Marajó – Brasil
(2013) AIROZA, Maíra Santana; FERREIRA, Luzia Gomes; http://lattes.cnpq.br/7045722681867926
Este trabalho investiga e analisa as práticas preservacionistas dos moradores da Vila de Joanes, Ilha do Marajó, Brasil. A Vila de Joanes, localizada na porção leste da ilha, possui cerca de 2000 habitantes e é distrito do município de Salvaterra. O Sítio de Joanes (PA-JO-46) compõe a paisagem cultural desta pequena comunidade. No local, há ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, além de fragmentos de metais, louças, ossos e cerâmicas, que indicam ocupação pré-colonial, dada antes do estabelecimento da missão religiosa de Joanes. A partir do contato com a Vila de Joanes e seus moradores, foi possível a observação, investigação e análise das práticas preservacionistas a partir da teoria museológica. Assim, foi possível refletir sobre as relações estabelecidas entre os moradores e o patrimônio arqueológico local assim como sobre a ausência de uma parceria entre as comunidades e as instituições responsáveis pela preservação do patrimônio arqueológico.
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Olhar museológico para a arqueologia: potencialidades de musealização do sítio colonial “Engenho Murutucu” em Belém-PA.
(2013) GUSMÃO, Raiza Cristina dos Santos; CABRAL, Marcela Guedes; http://lattes.cnpq.br/1556125576890907
Este trabalho objetivou apresentar o estudo das potencialidades de musealização de sítios arqueológicos, tendo como foco o sítio de Engenho Colonial para a elaboração de uma proposta de musealização e socialização in loco, à luz da interdisciplinaridade da Arqueologia com a Museologia, no que concerne aos processos museológicos que incluem, salvaguarda, comunicação, documentação e socialização do patrimônio. O Engenho Murutucu data do início do século XVIII e representa uma importante parte do passado de colonização da Amazônia, bem como o sistema econômico e industrial (agroindústria canavieira) que subsidiou a economia açucareira na região do estuário amazônico e deixou em sua cultura material marcas desse passo histórico. A metodologia utilizada compreendeu uma revisão de dados do sítio em questão e levantamento bibliográfico de obras relativas tanto ao tema da musealização quanto a interface Museologia-Arqueologia, pensando na forma de contribuição dos processos museológicos aplicados à arqueologia e tomando referência de autores que direcionassem ao estudo da potencialidade e processo de musealização, como forma de preservação e socialização de sítios arqueológicos. Concluindo os resultados desta pesquisa buscam servir para uma proposta de projeto de musealização in loco, entendendo que este processo pode, de alguma forma solucionar o problema da socialização e preservação, pois envolve a administração, salvaguarda, comunicação e divulgação do acervo e do sítio. Compreendendo sempre que esse processo é e gradual, visto que estas medidas devem ser avaliadas num conjunto de especialidades, pois requerem medidas que vão além de acesso aos bens culturais e dos espaços físicos, é necessário pensar em medidas efetivas e continuadas que necessitam de parcerias com instituições e principalmente de verba para a concretização do projeto.
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Museu, educação e público: um estudo no Museu de Arte Sacra de Belém
(2013) NASCIMENTO, Elinelma Pereira do; HAMOY, Idanise Sant’Ana Azevedo; http://lattes.cnpq.br/0136019251243788
O estudo de público é um importante instrumento de avaliação e criação de novas estratégias de recepção de públicos em museus, e apresenta dados que permitem compreender qual a relação que os indivíduos estabelecem com um museu. Nessa pesquisa se desenvolve um estudo de público na área de entorno e no Museu de Arte Sacra de Belém (MAS), para se identificar ações educativas que podem ser desenvolvidas nesse museu que favoreçam o aumento significativo e o interesse dos visitantes. Para tanto se fez necessário um estudo de público com o público real e potencial do museu para dá subsídios para os direcionamentos da construção do Projeto Educativo do Museu (PEM). O Museu de Arte Sacra de Belém foi escolhido como local deste estudo, por ser um dos museus mais visitados da cidade de Belém do Pará. Com o objetivo de conhecer o público real e potencial desse museu, o projeto de extensão da Universidade Federal do Pará, “Ex Ducere: criando laços entre Museu, Universidade e Comunidade” realizou um estudo de público através de entrevistas com mil pessoas moradoras e/ou trabalhadores no entorno do museu, utilizando questionários tipo survey e a colaboração de 26 voluntários. Os dados foram analisados a partir de uma abordagem fenomenológica-hermenêutica, para compreensão dos motivos pelos quais essas pessoas não vêm ao museu e criar novas estratégias de mediação e comunicação entre museu e comunidade, tendo por base os conhecimentos teóricos do campo da Museologia e a partir dessas interlocuções propor novas ações educativas do museu.
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Museologia e memória do Museu/Arquivo histórico da Santa Casa Dr. Alípio Bordalo de Belém-PA
(2013-08) VERÍSSIMO, Wanderlena do Socorro Corrêa; MELO, Diogo Jorge de; http://lattes.cnpq.br/1754263921921200
O Museu Arquivo/Histórico da Santa Casa Dr. Alípio Bordalo de Belém do Pará é um museu que preserva a história e a memória de uma instituição que possui 363 anos de assistência a sociedade paraense. Sendo as Santas Casas de Misericórdia, modelo institucional de assistência aos necessitados criada na Itália no século XII, tornou-se marca de ação da coroa portuguesa. A mesma foi implementada no Brasil em 1543 em Santos e no Pará, em 1650. Quando foi criada Irmandade da Santa Casa de Misericórdia do Pará, fundada na atual cidade de Belém. Mudando de nome por intervenções do Estado, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará oficializou este nome em 1990. A Santa Casa em 22 de junho de 1987 fundou um museu que tem como objetivo resgatar a história e memória das ciências médicas paraense. Museu que possui em seu acervo uma diversidade de acervos que vão de 15 coleções. Logo a proposta deste trabalho encontra-se na possibilidade de aprimorar o conhecimento sobre a realidade desta instituição museológica, fazendo um paralelo entre a sua história oficial e as memórias das pessoas que atuaram nesta instituição. Este trabalho pretende, através de um olhar advindo da Museologia e seus preceitos teóricos, dar ênfase à realidade museológica da instituição e os processos que se fazem presentes na mesma assim como resgatar memória de pessoas que atuaram neste museu, como o Dr. Alípio Bordalo, MSc. Euler Arruda e Dr. Márcio Couto Henrique.
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Diagnóstico de mobiliário em exposição na realidade amazônica: subsídios para práticas de salvaguarda
(2014) COSTA, Luiza Nayara Mendes; PALÁCIOS, Flávia Olegário; http://lattes.cnpq.br/8614368897751867
Os bens/objetos culturais são considerados partes materiais que remetem memória, identidade e histórias de uma sociedade, pois são considerados transmissores culturais o que justificam ações que visam a sua salvaguarda e difusão. A presente pesquisa discute questões voltadas à conservação preventiva, no que tange aos fatores que causam a deterioração dos materiais, condições ambientais de exposição, tipos de materiais, fatores antropogênicos e introduz procedimentos de conservação para tipos de suportes expográficos, com enfoque nas particularidades da Região Amazônica, usando como estudo de caso o Museu de Arte de Belém. As análises e propostas aqui discutidas, se realizam em 3 salas expositivas deste museu: Domenico de Angellis, Armando Balloni e Ruy Meira. Este estudo busca colaborar com as políticas de conservação e preservação de instituições museológicas na Amazônia, em função de suas particularidades climáticas, levando em consideração fatores físicos, químicos, ambientais e problemas referentes à gestão, fatores estes que dificultam o alcance real das funções dos museus: coletar, documentar, pesquisar, conservar, comunicar.
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Musealidade no Museu Paraense Emílio Goeldi: trânsitos da cultura material marajoara (1870-1903)
(2014) MELO, Josiane Martins; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267
O trabalho buscou entender a musealidade de objetos que transitaram de realidades amazônicas, especialmente da região marajoara, para o Museu Paraense Emílio Goeldi, no período de 1870 a 1903. A investigação refletiu acerca das condições migrantes de objetos para museus no século XIX e as suas relações sociais e simbólicas. No trânsito dos objetos marajoaras para dentro da instituição museal foram observados o tratamento e as relações entre museu e sociedade da época. A metodologia utilizada foi a da cartografia, baseada em autores como Martín-Barbero e Deleuze e Guattari. Utilizaram-se documentos de época e neles foram mapeados aspectos das relações sociais entre museu e objetos marajoaras, com destaque para aqueles produzidos pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro e Museu Paraense Emílio Goeldi, cujas naturezas eram cartas, relatórios, notas e boletins. Ampliaram-se o acervo de fontes os periódicos: Jornal do Pará e o Folha do Norte. Nesses documentos foram sinalizadas abordagens sobre a prática do Museu em relação à cultura material marajoara. A pesquisa deixa ver que o trânsito de objetos está inteiramente ligado ao tratamento científico de objetos coletados nas regiões marajoaras no período em tela, apontando a lógica da preservação e seus sentidos políticos.
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Público familiar no parque zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi
(2014) SANTOS, Emilly Cristine Barbosa dos; COSTA, Luiz Tadeu da; http://lattes.cnpq.br/5300479682462031
Dentro da cadeia de visitantes do Parque Zoobotânico Museu Paraense Emílio Goeldi destaca-se o público familiar, com o qual o Museu apresenta um forte laço. O Parque do Museu Goeldi, localizado no centro de Belém, capital do Pará, se constitui para o público familiar como um espaço de construção da identidade sociocultural. Esse processo é engendrado a partir das singularidades de um ambiente bucólico que o Parque apresenta com a fauna e flora típicas da região amazônica inserido no contexto urbano. Além disso, as ações educativas desenvolvidas desde a direção de Emílio Goeldi na instituição, as quais apresentavam como principal objetivo atrair o público geral para a visitação ao Museu também foram importantes para a construção desse vínculo. Nesse sentido, a pesquisa buscou apontar as representações do público familiar sobre o Museu Goeldi a partir das experiências de visitas, para, desse modo, compreender como as famílias percebem o Museu Goeldi. De modo geral, as entrevistas com os participantes da pesquisa possibilitaram notar como o Museu Goeldi está presente no cotidiano das famílias belenenses, constituindo-se como um lugar suscetível de múltiplas experiências e lembranças, criando, conseguintemente, múltiplos significados e representações. Apreende-se com isso que as primeiras visitas ao Parque Zoobotânico se iniciam no seio familiar, desde a infância, sendo isso, um hábito passado de geração para geração, engendrado por meio de experiências dinâmicas e espontâneas. Família, liberdade, tranquilidade, reflexão são algumas das representações atribuídas ao Museu Goeldi, a partir das quais compreende-se que as práticas de sociabilidades no Parque Zoobotânico se desenvolvem a partir do compartilhamento familiar de saberes e experiências.
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Diagnóstico de conservação preventiva de patrimônios arqueológicos: o acervo cerâmico do sítio sambaqui do Tucumã (Melgaço – PA)
(2014) CARVALHO, Giovana Pampolha de; SANTOS, Christiane Sofhia Godinho; http://lattes.cnpq.br/8100923268450323
A Cerâmica Arqueológica se apresenta de forma muito intensa na região amazônica, compondo grande parte dos acervos de Arqueologia que aqui se formam. Estes bens, de grande importância social, por vezes não estão armazenados em espaços como os museus, que ainda são entendidos como principais responsáveis pela salvaguarda do patrimônio cultural, sendo assim, buscou-se o “não museu” como espaço de proteção. Consideramos então, os artefatos cerâmicos coletados no sítio Tucumã (Melgaço-Pa), lotados no Laboratório de Arqueologia da UFPA. Para as análises foi examinado o médio e microambiente dos recintos que salvaguardam estes bens, a partir de práticas de Conservação Preventiva, considerando o material de armazenamento, forma de manuseio e fatores ambientais – variação de umidade relativa e temperatura. Afim de examinar se o espaço armazena seus materiais de forma adequada.
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Por onde o mar passou: a relevância de se Musealizarin situ os Afloramentos Fossilíferos da praia do Atalaia, em Salinópolis - PA
(2014) OLIVEIRA JUNIOR, Emanoel Fernandes de; COSTA, Sue Anne Regina Ferreira da; http://lattes.cnpq.br/3629751361208856
Um dos grandes desafios para as nações contemporâneas é repensar modelos de desenvolvimento econômico e social a partir de suas próprias realidades, demanda cuja participação efetiva de diferentes atores é fator preponderante para seu sucesso.Nesse contexto, museus e patrimônio cultural se configuram como coadjuvantes na conformação de uma nova agência política, uma vez que se constituem como espaços de aprendizado e interação entre diferentes públicos. Partindo dessa premissa,o estudo em questão se propõe a analisar como o patrimônio fossilífero da Praia do Atalaia, município de Salinópolis, nordeste paraense, pode auxiliar no desenvolvimento da comunidade local. Encontrado em uma área de intensa atividade turística e expansão urbana, tal patrimônio é formado por afloramentos de rochas carbonáticas que pertencem à Formação Pirabas, unidade geológica que remonta há 23 milhões de anos atrás (Oligo-Mioceno) e cujo valor informacional é mencionadopela literatura científica desde o final do século XIX, mas ainda desconhecido por parte do grande público. Assim, a proposta de musealização in situ desse registro paleontológico se insere tanto no âmbito da conservação de sua capacidade documental quanto no da comunicação de sua importância junto àspessoas do redor, visando que tal espaço possa se constituir como área de diálogo entre a academia, com sua visão peculiar sobre o patrimônio, e a população, que possui maneiras distintas de apropriação do mesmo, de modo que uma gestão compartilhada do sítio possa ser pensada a partir de seu potencial pedagógico e econômico.
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“Hoje tem visita lá no museu”: estudo museológico de visita orientada no parque zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi
(2014) SOUZA, Kaliane Barros de; COSTA, Luiz Tadeu da; http://lattes.cnpq.br/5300479682462031
O presente trabalho vem apresentar reflexões sobre as funções educativas dos museus e o seu papel perante a sociedade. Deste modo, toma como foco a visita orientada no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emilio Goeldi, com o objetivo de analisar a organização, o desenvolvimento e a troca de experiências entre as instituições museológicas e escolares. Partindo do ponto de vista museológico, busca-se refletir sobre o processo de realização das visitas orientadas no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.
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A digitalização do acervo de catálogos da biblioteca de apoio do Arquivo Público do Estado do Pará como forma de preservação: uma proposta de praticidade e qualidade na pesquisa
(2014) CUTRIM, Haney Lemos; COSTA, Sue Anne Regina Ferreira da; http://lattes.cnpq.br/3629751361208856
Diante dos desafios que acervos bibliográficos enfrentam quanto a sua conservação e disseminação do conteúdo, a digitalização de documentos contribui para a recuperação da memória histórica de um acervo, quando este encontra-se com o suporte original fragilizado. Este trabalho aborda as condições atuais da coleção de Catálogos e Folhetos da Biblioteca de Apoio do Arquivo Público do Estado do Pará, expondo a importância do patrimônio documental ao Estado e seus Municípios ao que se refere à necessidade de reformatação destes materiais como alternativa de preservação das referências históricas à sociedade. Analisando a conveniência e o perfil dos usuários que pesquisam em materiais já reformatados buscou-se compreender as atuais necessidades enfrentadas no ato de suas pesquisas, a partir do exposto, por intermédio de um questionário, algumas alternativas foram apresentadas aos pesquisadores que foram unânimes em responder quanto a praticidade encontrada na manipulação de acervos digitais. Portanto, observando alternativas mais viáveis a prática de pesquisa em documentos digitalizados e analisando as condições instáveis que as tecnologias proporcionam atualmente, este trabalho propõe além da reformatação do acervo do setor de Catálogos e Folhetos para preservação dos originais e difusão da informação, a troca dos equipamentos de computadores do APEP para modelos de Macbooks da Apple, considerados de maior qualidade e multifuncionais.
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Curadoria museológica de microfósseis a coleção de Ictiólitos do Museu Paraense Emilio Goeldi
(2014) SANTOS, Christiane Sofhia Godinho; COSTA, Sue Anne Regina Ferreira da; http://lattes.cnpq.br/3629751361208856
Este trabalho se trata de um estudo de caso referente aos processos de curadoria utilizados em acervos de microfósseis, mais especificamente Ictiólitos - fragmentos esqueletais microscópicos de peixes -, com o objetivo de desenvolver um protocolo de armazenamento e documentação destes exemplares em acervos de paleontologia, tendo como base a coleção do MPEG. Com vistas a este objetivo, o trabalho apoiou-se não só nos princípios da Conservação Preventiva e Documentação Museológica, como também em entrevistas com pesquisadores e curadora que trabalham com microfósseis como forma de compreender especificidades deste tipo de coleção. Os Ictiólitos do acervo de Paleontologia do MPEG reuniam-se em mais de 2.000 exemplares tombados por lotes, dispostos de maneira inadequada em lâminas escavadas dentro de caixas de papelão, dificultando a manipulação, facilitando a perda e impossibilitando o acesso individual aos exemplares. Foram então analisados formas de armazenagem, fixadores e documentação para esta coleção. Os exemplares foram colados em lâminas quadriculadas, utilizando adesivo padrão a base de PVA – fixador de fácil acesso e que possibilita a retirada do material das lâminas sem causar dano. Para a documentação foram elaboradas fichas catalográficas contendo dados gerais e específicos, possibilitando além do registro o acesso ao material sem constante manuseio. A partir destas práticas se elaborou um Protocolo para a Curadoria de Microfósseis de Vertebrados – Ictiólitos, a fim de auxiliar trabalhos voltados a esta tipologia de coleção e padronizar ações de curadoria referentes aos mesmos. O uso destas técnicas de curadoria foram importantes para a promoção de guarda e conservação do patrimônio fossilífero da Amazônia, possibilitando o melhor armazenamento dos microfósseis, acesso a coleção e também a disponibilização dos dados para pesquisas.
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Pontos de memória: uma via conceitual de museu no bairro da Terra Firme
(2014) GIESE, Silvia Guerreiro; MELO, Diogo Jorge de; http://lattes.cnpq.br/1754263921921200
Este estudo faz uma análise do Programa Ponto de Memória,mais especificamente da sua experiência no bairro da Terra Firme -enfocando na ótica da Museologia e em algumas teorias sobre movimentos sociais. A partir destas abordagens será possível delimitar alguns traços que definem o Programa como uma política pública, dentro do campo dos museus. Lembrando, que a onda de pensamento que se alastrou pelo mundo nas décadas de 1960 e 1970, fruto do movimento de maio de 1968, tiveram relação direta com criação de estruturas ideológicas dentro da Museologia, que passou a reivindicar um museu do povo e uma museologia popular. A “Nova Museologia”, nesse sentido, influenciou uma serie de políticas públicas em diversos países. No Brasil os Pontos de Memória foram criados em 2009, e até o momento é o programa máximo do governo federal para fomentação da memória social e ações museológicas em comunidades historicamente excluídas da lógica hegemônica de cultura construída pelas elites e representada na maioria dos museus tradicionais. O Ponto de Memória da Terra firme, localizado na periferia de Belém,é uma dessas ações, que em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi vem construindo atividades pautadas na formação e fortalecimento da cultura da comunidade. Contudo as novas formas de museu estão cheias de contradições, enfrentam as barreiras legais, a falta de investimento financeiro e os problemas sociais. Estas são algumas considerações que se encontram em sintonia com a dificuldade de se compreender o Museu Integral, alimentando uma crise dos sujeitos individuais e coletivos com o museu.
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A relação interdisciplinar entre museologia e arqueologia: uma perspectiva de preservação e socialização patrimonial do sítio histórico do engenho Murutucu
(2014) AZULAI, Luciana Cristina de Oliveira; COSTA, Diogo Menezes; http://lattes.cnpq.br/3938588690473816
A partir de uma abordagem interdisciplinar da relação entre Museologia e Arqueologia, este trabalho objetivou refletir e discutir sobre o patrimônio cultural e a sua preservação e socialização. A pesquisa tomou como objeto de estudo o Sítio Histórico do Engenho Murutucu no qual este é um importante patrimônio cultural que está localizado na cidade de Belém-PA. Apesar deste sítio ser um patrimônio tombado, isso não impede que haja problemas relacionados à gestão e proteção pelos órgãos públicos responsáveis. Por isso, busca-se refletir sobre a importância de preservar este patrimônio através de uma relação com a comunidade que vive no entorno do mesmo. Como metodologia da pesquisa foram aplicadas entrevistas com os visitantes de um grupo de funcionários da CEASA, durante o trabalho de campo realizado na escavação ocorrida no sítio em julho de 2014. Dessa forma, a partir das análises das entrevistas foram elaboradas propostas de ações patrimoniais e educacionais que possam ser instauradas futuramente no sítio, visando a sua preservação e valorização junto à sociedade.
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Museu da Universidade Federal do Pará: a interação do museu com o público escolar através da mediação cultural
(2014) RODRIGUES, Mayra do Socorro de Araújo; ANTUNES, Isis de Melo Molinari; http://lattes.cnpq.br/5387958094272494
A pesquisa em questão analisa as relações que o público escolar pertencente ao ensino médio estabelece como Museu da Universidade Federal Pará (MUFPA) no momento da visitação, no qual o estudante entra em contato com as exposições e passa a ser orientado pelo mediador cultural. A partir destas premissas, foram utilizados procedimentos metodológicos que se referem a uma revisão bibliográfica baseada nos preceitos de Santos (2008), Marandino (2008), Cury (2005), entre outros, além da pesquisa de campo que possibilitou a observação, a investigação e o contato mais próximo do público visitante em análise. Neste sentido, procurou-se compreender o museu a partir dos preceitos da Nova Museologia, que o compreende enquanto um espaço relacional e educacional, constituindo um papel sociocultural relevante na sociedade e no qual o retorno do público passa a ser considerado de fundamental importância para o desenvolvimento de suas práticas. Para esta pesquisa, a mediação cultural em museus é considerada o objeto de estudo por possuir grande relevância dentro dos espaços museais, pois torna possível um contato mais próximo do público com o museu, servindo como fator estimulante para que os visitantes passem a visitar seus espaços com mais frequência.
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O cemitério da Soledade e o consumo do patrimônio cultural
(2014-01-06) SOUZA, Afonso Maria de Ligório Souza; BRITO, Rosagela Marques; http://lattes.cnpq.br/3188863381591509; CABRAL, Marcela Guedes; http://lattes.cnpq.br/1556125576890907
Esta pesquisa se dedicou em desenvolver um trabalho no e sobre o Cemitério da Soledade, que teve por objetivo levantar dados junto à sociedade belenense, cujas interpretações permitam a indicação de elementos substanciados que possam contribuir na composição de propostas às políticas de uso do espaço cemiterial, entendido como patrimônio cultural institucionalizado, além de identificar e compreender quais as relações estabelecidas entre os públicos que usufruem do espaço cemiterial. Neste sentido, se buscou identificar a lógica que se processa no reconhecimento de um bem cultural institucionalizado e seu potencial de consumo, enquanto representação simbólica, no sentido de atrair público; gerar recursos; e suas relações com o individuo consumidor de uma cultura caracterizada por símbolos que posam ser acionados como elementos de memória e identidade. Para tanto foram efetivadas, como metodologia para o desenvolvimento da pesquisa: a observação exploratória; a aplicação de um questionário nos modos presenciais e via web; consulta em documentos no arquivo do IPHAN; estudo bibliográfico em obras de diferentes áreas do conhecimento com ênfase na teoria museológica, no patrimônio cultural e nos conceitos sobre consumo.
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A cultura arqueológica Maracá na perspectiva da documentação museológica
(2014-02-27) PAIVA, Jéssica Michelle Rosário de; BARBOSA, Carlos Augusto Palheta; http://lattes.cnpq.br/0221579603365249; CABRAL, Marcela Guedes; http://lattes.cnpq.br/1556125576890907
O presente estudo aborda os artefatos funerários da cultura arqueológica Maracá numa perspectiva dos métodos e conteúdos pertinentes à documentação museológica, considerando esta como um dos principais meios de preservação. No intuito da reflexão sobre a relação da compreensão acerca dos artefatos como provenientes de uma intencionalidade humana, portanto, dotado de importante conteúdo informativo (visual, subjetivo e contextual) que o categoriza como documento, e sua relevância na elaboração de um sistema documental mais detalhado, têm-se como base as análises iconográficas dos artefatos que formam a coleção AP-MZ-30: Gruta das Caretas. Tais observações proporcionaram a identificação de unidades elementares que formam padrões estilísticos e singularidades significantes por representar códigos visuais referentes ao grupo produtor.
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A conservação preventiva da coleção de paleoinvertebrados do Museu Paraense Emílio Goeldi: análise de microambiente
(2014-02-28) TRINDADE, Doriene Monteiro; COSTA, Sue Anne Regina Ferreira da; http://lattes.cnpq.br/3629751361208856
A reserva técnica é espaço onde as coleções de Museus passam a maior parte do tempo e, portanto, é importante que ela obedeça aos princípios da Conservação Preventiva - ações indiretas de preservação do acervo que visam minimização dos agentes de degradação de acervos museológicos nos diferentes ambientes - macro (ex: o acervo, a área expositiva) ou micro (ex: armários, vitrines, embalagens). Este trabalho visa à análise dos microambientes encontrados na coleção de Paleoinvertebrados do Museu Paraense Emilio Goeldi que, por estarem isolados do meio externo, apresentam características climáticas distintas. Com o auxílio de datalogger, programado para recolher dados a cada 30 minutos, foram monitoradas umidade e temperatura durante dois meses nas gavetas, e duas semanas dentro de uma das embalagens plásticas utilizadas para armazenagem dos fósseis. Cinco embalagens e dois tipos de esponja passaram por testes químicos, para verificação da presença de compostos impróprios em sua composição: teste com frascos de vidro, para estabilidade química, e com fio de cobre, para a detecção de PVC, material impróprio para uso em acervos. O valor médio de temperatura nos armários foi de 23,2°C, com variação média de 4,8°C. Dentro da embalagem, a temperatura media foi 23,6°C com variação de 3,9°C; a umidade relativa dentro dos armários foi de 51,6%, com variação de 4,3%. Dentro da embalagem plástica, a umidade média foi 49,1%, com variação de 2%. Ao compararmos os valores em ambos os microambientes, foi possível concluir que estes possibilitaram a criação de um microclima mais estável, o que favorece a conservação, visto que a variação climática é atualmente considerada um dos maiores agentes de degradação em acervos. Com relação aos testes químicos, das 7 estruturas de suporte testadas, apenas uma apresentou PVC em sua composição, entretanto, com relação a estabilidade química das mesmas, todas foram considerados instáveis, sendo inadequadas para o uso no acervo. Portanto, nas condições atuais, o microclima do acervo de Paleoinvertebrados do MPEG apresenta estabilidade climática, o que favorece a preservação dos fósseis, pois evita a aceleração das possíveis reações químicas que ocorreriam em decorrência das embalagens inadequadas. Entretanto, faz-se necessário a troca das embalagens por materiais mais estáveis, como por exemplo, polietileno, diminuindo ainda mais os riscos de danos ao patrimônio fossilífero da Amazônia.
Acesso aberto (Open Access)
Museologia, Educação e Ciência: a coleção de didática de paleontologia do Museu Paraense Emilio Goeldi
(2014-02-28) ANTUNES, Bruna de Campos; COSTA, Sue Anne Regina Ferreira da; http://lattes.cnpq.br/3629751361208856
As coleções didáticas podem ser definidas como acervos destinados a ensino, demonstrações e treinamento e, para a Paleontologia estas são fundamentais, pois possibilitam o contato efetivo e imediato com fósseis, representantes de uma história pretérita. Porém, o estudo voltado a esta ciência por vezes é limitado para a sociedade, restrito principalmente ao meio acadêmico. Com o intuito de despertar o interesse pela Paleontologia nos estudantes do ensino fundamental e médio, e suprir as lacunas na educação, foi organizada a Coleção Didática de Paleontologia do MPEG, a qual passou por etapas curatoriais museológicas, tais como: Preparação mecânica dos fósseis (limpeza); Identificação do acervo (uso de aspectos morfológicos); Documentação e readequação do Armazenamento – de gavetas de madeira para armários de aço forrados com esponjas. Esta coleção conta, atualmente, com 153 tombos, entre exemplares únicos e lotes, com aproximadamente 1000 fósseis entre vertebrados e invertebrados, onde mais de 90% é oriundo de depósitos da Formação Pirabas, unidade geológica mais importante do estado do Pará, e reconhecida por sua abundância fossilífera. A maior parte da coleção é formada por bivalves, gastrópodes, equinodermos e fragmentos de costela (fragmentos pós-craniais), composta também por vértebras e dentes. Este acervo volta-se a atividades educativas, que atualmente servem principalmente para atender a eventos de divulgação científica realizados pelo MPEG, além de aulas ilustrativas em Universidades. A coleção didática têm se mostrado como um meio de democratização desta informação e das pesquisas realizadas pelo MPEG, pois torna o patrimônio fossilífero da Amazônia acessíve
Acesso aberto (Open Access)
Os Marajós em relatos: narrativas museais de viajantes no século XIX
(2014-12-24) ARAÚJO, Lucas Monteiro de; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267
Este trabalho busca analisar representações da cultura marajoara em narrativas de viajantes do século XIX. A Amazônia marajoara foi intensamente grafada por naturalistas, etnólogos, zoólogos, botânicos, dentre outros, por ser uma região detentora de um rico patrimônio natural e cultural. Buscamos ajuizar a noção conceitual de museu aos textos, entendendo que, analogamente aquela instituição, tais tomos também possuem a capacidade de se expressar enquanto experiência museológica. Indo além de relatar as aventuras dos seus autores, as narrativas contam hábitos, descrevem lugares, relatam “mitos”, “lendas”, saberes e fazeres locais. Em estudos mais aprofundados, podemos perceber ainda conflitos de percepções, laços de pertença e cosmologias de populações marajoaras, materializadas em livros, diários, boletins e revistas. Assim, concluímos que, a partir das pesquisas realizadas, os textos podem ser compreendidos enquanto uma grande Museu Conceitual.