Ostracodes da Formação Pirabas (Oligo-Mioceno), Plataforma Bragantina, município de Vigia, nordeste do estado do Pará, Brasil

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21-12-2023

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FURTADO, Bianca da Silva. Ostracodes da Formação Pirabas (Oligo-Mioceno), Plataforma Bragantina, município de Vigia, nordeste do estado do Pará, Brasil. Orientadora: Anna Andressa Evangelista Nogueira. 2023. 75 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em:https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7590. Acesso em:.
O presente estudo auxilia no reconhecimento da presença de depósitos neógenos provenientes da Plataforma Bragantina na porção mais a oeste, embora ainda apresente divergências em estudos anteriores quanto aos limites, principalmente, entre esta plataforma e a Bacia do Marajó. Trinta amostras foram obtidas e analisadas do furo de calha P12 Vigia - VN, município de Vigia, localizado próximo à Fossa Vigia-Castanhal, no Pará. Nestas amostras, 74 espécies de ostracodes foram identificadas para estudo paleoambiental e bioestratigráfico, visando reconhecer a presença da Plataforma Bragantina mais a oeste, nos limites da Fossa Vigia-Castanhal. Conforme as análises multivariadas (Cluster e SIMPER) foi possível estabelecer três biofácies para as quais foram interpretados os seguintes paleoambientes: ambiente de transição (B1), laguna (B2), e plataforma marinha próxima à costa (B3). Os índices de diversidade permitiram observar uma maior diversidade e abundância nos intervalos inferiores da seção estudada, na biofácies B3, com redução gradativa em direção à porção superior da seção, onde ocorrem as biofácies B1 e B2. Isto é refletido também nos valores de índices de Simpson, riqueza de espécies ou Taxa (S), Shannon (H’), Alpha-Fisher (α), e equitabilidade (J), onde seus máximos valores indicam condições neríticas (intervalos entre 142 m a 162 m de profundidade, na base da seção estudada) e mínimos valores indicam condições mais salobras de ambientes de transição a lagunar (entre 100 m a 140 m de profundidade). Estudos prévios relacionados aos paleoambientes dos gêneros observados, junto às litologias dentro do perfil, permitiram inferir uma gradativa influência clástica no preenchimento sedimentar da base para o topo da seção. O biozoneamento previamente estabelecido para outras localidades da Formação Pirabas revelou neste estudo, uma biozona e duas sub-biozonas regionais e globais ao longo da seção: 1 – a biozona Cytherella stainforthi (Neo-OligocenoEomioceno); 2 – a sub-biozona Quadracythere brachypygaia (Neo-Oligoceno) e; 3 – a subbiozona Neocaudites macertus (Eomioceno). Estes resultados permitiram melhor compreender a extensão dos limites mais a oeste da Plataforma Bragantina com a Fossa Vigia-Castanhal, e as espécies de ostracodes identificadas aqui ampliam o conhecimento relacionado ao zoneamento destes microfósseis na região, estendendo a ocorrência dos depósitos relacionados à Formação Pirabas mais para a porção oeste da Plataforma Bragantina, além do melhor posicionamento desta plataforma e de suas unidades limítrofes a oeste.

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