Peles negras, páginas brancas: representação da pessoa negra no livro didático de história do 4° ano do ensino fundamental

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23-08-2019

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CAVALCANTE, Elaine Rodrigues. Peles negras, páginas brancas: representação da pessoa negra no livro didático de história do 4° ano do ensino fundamental. Orientadora: Eliane Miranda Costa. 2019. 52 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação e Ciências Humanas, Campus Universitário do Marajó-Breves, Universidade Federal do Pará, Breves, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2640. Acesso em:.
Esta pesquisa coloca em debate a representação da pessoa negra no livro didático da disciplina de História do 4º ano do ensino fundamental. Em geral, objetiva-se analisar como a pessoa negra vem sendo representada e que ideologias e estereótipos podem ser identificados nessa representação. Tem-se ainda como perspectiva discorrer sobre as implicações da representação e ideologias na construção identitária da criança negra, bem como sobre os efeitos sociais que resultam desta apropriação visual e conceitual do material exposto. É um estudo de caráter bibliográfico e documental de abordagem qualitativa, que tem como principal fonte os seguintes livros didáticos: Projeto Buriti – Editora Moderna; Mundo Amigo – Edições SM; Da Escola para o Mundo – Editora Ática. Para análise recorremos a pressupostos da técnica da Análise de Conteúdo, que nos permitiu entender os significados ocultos nos dados levantados. Os resultados demonstraram que a pessoa negra é representada no livro didático de História do 4º ano, em sua maioria de forma pejorativa em que sua história, memória e identidade são tidas como inferior ao do homem e mulher branca, únicos detentores de cultura e saberes. O negro, na verdade, é retratado na maioria dos livros analisados como escravo, mão de obra, mercadoria e produto. Tem-se assim, a permanência de um currículo tradicional e excludente. A lei 10.639/2003, embora importante para provocar mudanças nesse sentido e questionar a segregação racial precisa ser de fato implementada. Conclui-se, que, os livros didáticos, precisam ser questionados, analisados e criticados por professores e alunos. A lei 10.639/2003 é nesse processo elemento indispensável, pois, assim se abrirá precedentes para que aos poucos se supere a história discriminação racial na sociedade brasileira.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibbreves@ufpa.br

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