Avaliação de fatores determinantes do consumo de frutas e hortaliças por acadêmicos da área da saúde de uma universidade pública em Belém, Pará.

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01-01-2021

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FERREIRA, Vanessa de Matos. Avaliação de fatores determinantes do consumo de frutas e hortaliças por acadêmicos da área da saúde de uma universidade pública em Belém, Pará. Orientadora: Liliane Maria Messias Machado. 2021. 57 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5977. Acesso em:.
Frutas e hortaliças são alimentos ricos em nutrientes, fibras e compostos bioativos, cuja ingestão está associada de forma inversa à ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. Apesar disso, o alcance do consumo recomendado destes alimentos na população brasileira é pouco prevalente. Os motivos para este baixo consumo são diversos. Estudos quanto a estes aspectos em população universitária da região Norte ainda são poucos. Assim, o presente trabalho objetivou verificar a relação do consumo de frutas e hortaliças com fatores facilitadores e dificultadores da ingestão, aspectos socioeconômicos, demográfico, estilo de vida e estado nutricional de discentes dos cursos de graduação da área da saúde, da Universidade Federal do Pará, campus Belém, Pará. Trata-se de estudo transversal com amostra não probabilística por saturação de 113 discentes adultos de ambos os sexos, matriculados em um dos cursos da área da saúde da referida universidade. Os dados foram coletados por meio de questionário online e as perguntas buscavam obter aspectos sociais, demográfico, econômico, ingestão e fatores facilitadores e dificultadores para o consumo de frutas e hortaliças, estilo de vida, peso e altura, e dados acadêmicos. Foi feita estatística descritiva das variáveis e análise de regressão logística múltipla com alfa a 5%. Do total da amostra de discentes (n=113) participantes da pesquisa, 76,1% pertencem ao sexo feminino, 76,1% tem idades de 20 a 29 anos, e 64,6% referiram renda familiar de até 3 salários mínimos. Apenas 8,8% da população avaliada alcançou a recomendação de ingestão de frutas e hortaliças preconizada na literatura. E somente 37,2% e 35,4% dos avaliados consome hortaliças e frutas regularmente. Dentre os principais achados, pode-se verificar que pessoas com renda maior ou igual a 6 salários mínimos têm 4,53 vezes mais chances de consumirem hortaliças regularmente (p=0.014) do que aqueles com renda menor a esta; pessoas com renda maior ou igual a 6 salários mínimos têm 3.675 vezes mais chances de consumirem frutas regularmente (p=0.026) do que aqueles com renda menor a esta. Além disso, pode-se verificar que pessoas que apontaram a falta de hábito como fator dificultador para a ingestão de hortaliças tiveram as chances, de consumo regular destes alimentos, diminuídas em 75% (OR=0,25; p=0,008), e o fator dificultador perecibilidade diminuiu as chances de consumo regular de frutas em 64% (OR=0,376; p=0,023); em contrapartida, o fator facilitador hábito alimentar aumentou as chances em 3,4 vezes para o consumo regular de frutas (OR=3,41; p=0,004). Portanto, observa-se a premente necessidade de maior conhecimento dos fatores que estão associados ao baixo consumo de frutas e hortaliças, para que estratégias em saúde coletiva possam ser tomadas, visando favorecer práticas e atitudes que levem a maior ingestão destes alimentos pela população universitária.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br

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