Coleta e sistematização de dados geológicos da Folha Santa Quitéria (SB-24-V-B-I) Região Central do Ceará.

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01-01-2018

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COSTA, Vedrana Celi Lima. Coleta e sistematização de dados geológicos da Folha Santa Quitéria (SB-24-V-B-I) Região Central do Ceará. Orientador: Francisco de Assis Matos de Abreu. 2018. 95 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/877. Acesso em:.
A cartografia geológica básica é uma atividade que no Brasil ainda perdurará por muitos anos, haja vista que o País acaba de chegar aos 30% do seu território mapeado nas escalas de 1:250.000 e 1:100.000. Foi realizado na Folha um mapeamento geológico complementar na escala de 1:100.000 em parte das áreas não cobertas com foco na descrição de afloramentos, enfatizando em seus aspectos litológicos e estruturais acompanhado de coleta sistemática de amostras para estudos petrográfico. A área de estudo está inserida no contexto geológico do Domínio Ceará Central (DCC), Província Borborema. Sua evolução geológica está fortemente relacionada à formação do Complexo Tamboril-Santa Quitéria, o qual, de acordo com Fetter et al. (2003), provavelmente representa um remanescente de arco continental Brasiliano. O tratamento dos dados obtidos em campo junto com as análises petrográficas das rochas coletadas nos permitiu propor que os gnaisses do complexo Tamboril-Santa Quitéria (hornblenda-biotita gnaisse e muscovita-biotita gnaisse) são predominantemente ortoderivados e alcançaram sua paragênese em torno de 550-750°C (fácies anfibolito) num sistema de metamorfismo regional. Esse processo foi acompanhado pelo espessamento crustal neoproterozóico, decorrente da Orogenia Brasiliana, o qual produziu também as feições migmatíticas frequentemente observada nessas rochas. A formação dos corpos ígneos e a colocação do magma que os gerou ocorreram em, pelo menos, dois instantes de ascensão magmática. O primeiro pulso formou o protólito do corpo metagranitóide que foi posteriormente deformado pelo efeito do metamorfismo regional atuante nos gnaisses encaixantes do complexo Tamboril-Santa Quitéria. Foram, deste modo, associados à suíte intrusiva brasiliana sin a tardi-orogênica que ocorre na Província Borborema com idades de 620 a 580 Ma (Bizzi et al, 2003). O segundo momento de ascensão magmática foi responsável pela formação do Granito Pajé de idade 522 ± 12 Ma (Tavares Júnior, 1992) que, como observado em imagem SRTM, truca segmentos estruturais do terreno. Uma injeção precoce do magma formador do Granito Pajé pode ter gerado o biotita sienogranito Tamboril -Santa Quitéria, pois os dois apresentam características mineralógica e petrográfica semelhantes, como por exemplo, mesma composição sienogranítica, presença de autólitos máficos e proporção similar de minerais acessórios como a biotita.

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