Casangrá: casas que sangram

O presente artigo científico aborda de maneira reflexiva sobre o processo criativo do espetáculo Casangrá, apresentado no Teatro Universitário Claudio Barradas em novembro de 2022. Casangrá provoca uma discussão entorno dos serviços domésticos, ainda muito presente em nosso cotidiano, focando mais precisamente nas figuras da empregada doméstica e da cria de família. Para a construção do projeto foi utilizado como metodologia a memória oral e a escrevivência, resultando numa dramaturgia dramática que em alguns momentos flerta com a comicidade e uma encenação híbrida que através de elementos cênicos falam da realidade amazônida. Através deste processo criativo é discutido principalmente sobre a condição da mulher periférica na atual sociedade relacionando-a aos processos históricos do capitalismo e seus impactos na raça e gênero. Por fim, o artigo Casangrá é um grande manifesto feminista que trata sobre o processo de criação do primeiro espetáculo de Tarsila Rosa, focando na área da dramaturgia e encenação.