A República da Puçanga: farmácia, farmacêuticos e as artes de curar em Belém do Pará (1889-1905)
| dc.contributor.advisor1 | FIGUEIREDO, Aldrin Moura de | |
| dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/4671233730699231 | pt_BR |
| dc.creator | SILVA, Karla Yasmim Ferreira da | |
| dc.date.accessioned | 2024-09-30T13:04:20Z | |
| dc.date.available | 2024-09-30T13:04:20Z | |
| dc.date.issued | 2024-09-10 | |
| dc.description.abstract | The aim of this work is to reflect on the universe of healing and the work of the various medicine formulators, demonstrating that doctors and pharmacists, during the republican regime in Pará, competed for space with subjects without academic training. In order to do this, we sought to analyze the hypotheses raised, taking into account the time frame from the establishment of the Republic (1889) to 1905, when the state government inaugurated and consolidated the first Pharmacy School in Belém. The methodology, of a qualitative nature, considered bibliographical research and historical sources gathered from digital and physical collections. During the republican regime in Belém, in the name of science and the interests of doctors and pharmacists, there was an intensified fight against the healing arts of popular tradition, moving them to the margins of legislation and placing them in the category of illegal medical practices. Without a license or academic training to work in this field, healers, midwives, shamans and many others were accused of practicing medicine illegally. However, although this fight took place on several fronts, it was not defined in a single blow, as it went through several phases of conflict and negotiation. The insistence of the popular healing arts on remaining very much alive in the midst of so many attacks was linked to their strong demand from the population and, as was the case with pharmacy practitioners, to the ambiguity of the republican legislation itself, which allowed them to operate freely. Therefore, in the early decades of the Republic, these institutions were still far from being fully medicalised spaces. The Republic that exalted science was, in fact, a voracious consumer of "puçanga". Thus, the history of pharmacy, pharmacists and medicines in the Amazon cannot be understood apart from the conflicts taking place in society. The history of science itself, far from being an evolutionary and victorious epic, has always been permeated with conflicts and resistance involving different conceptions of the world, just like any human history. | en |
| dc.description.resumo | Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o universo da cura e a atuação dos variados formuladores de medicamento, demonstrando que médicos e farmacêuticos, durante o regime republicano no Pará, disputavam espaço com sujeitos sem formação acadêmica. Para tanto, buscou-se analisar as hipóteses levantadas, tendo em vista o recorte temporal que vai da instalação da República (1889) até 1905, quando o governo do estado inaugura e consolida em Belém a primeira Escola de Farmácia. A metodologia, de cunho qualitativo, considerou a pesquisa bibliográfica e de fontes históricas levantadas em acervo digital e físico. No regime republicano em Belém, em nome da ciência e do interesse de médicos e farmacêuticos, houve um acirramento do combate às artes de curar de tradição popular, deslocando-as para as margens da legislação e colocando-as na categoria de práticas ilegais da medicina. Sem licença ou formação acadêmica para atuar nesse campo, curandeiros, parteiras, pajés e tantos outros foram acusados de exercício ilegal da medicina. No entanto, apesar desse combate ter ocorrido em diversas frentes, não foi definido em um único golpe, pois passou por várias fases de conflito e negociação. A insistência das artes de curar populares em permanecer ainda muito vivas em meio a tantos ataques, estava ligada à sua forte demanda por parte da população e, como foi o caso dos práticos de farmácia, na ambiguidade da própria legislação republicana que lhes permitia atuar livremente. Portanto, nas décadas iniciais da República, essas instituições ainda estavam longe de serem espaços totalmente medicalizados. A República que exaltava a ciência, no fundo, era voraz consumidora de “puçanga”. Assim, a história da farmácia, dos farmacêuticos e dos remédios na Amazônia não pode ser compreendida fora dos conflitos que ocorrem na sociedade. A própria história da ciência, longe de ser uma epopeia evolutiva e vitoriosa, esteve sempre permeada de conflitos e resistências que envolviam diversas concepções de mundo, assim como qualquer história dos homens. | pt_BR |
| dc.identifier.citation | SILVA, Karla Yasmim Ferreira da. A República da Puçanga: farmácia, farmacêuticos e as artes de curar em Belém do Pará (1889-1905). Orientador: Aldrin Moura de Figueiredo. 51 f. 2024. Trabalho de Curso (Licenciatura em História) - Faculdade de História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7253. Acesso em: . | pt_BR |
| dc.identifier.uri | https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7253 | |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.source.uri | Disponível na internet via correio eletrônico: bibhumanas@ufpa.br | pt_BR |
| dc.subject | Artes de cura | pt_BR |
| dc.subject | Regime republicano | pt_BR |
| dc.subject | Belém do Pará | pt_BR |
| dc.subject | Práticos de farmácia | pt_BR |
| dc.subject | Arts of cure | en |
| dc.subject | Republican regime | en |
| dc.subject | Pharmacy practitioners | en |
| dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA | pt_BR |
| dc.title | A República da Puçanga: farmácia, farmacêuticos e as artes de curar em Belém do Pará (1889-1905) | pt_BR |
| dc.type | Trabalho de Curso - Graduação - Monografia | pt_BR |