Alfabetização: dificuldades e estratégias nas práticas alfabetizadoras

Este artigo tem como objetivo principal analisar as práticas alfabetizadoras (leitura e escrita) em uma escola da rede pública do município de Abaetetuba, a fim de verificar as dificuldades e possibilidades de estratégias no processo de ensino e aprendizagem. As questões que nortearam a pesquisa foram: Como é desenvolvido o fazer pedagógico docente para o ensino da leitura e escrita? Quais as dificuldades enfrentadas no trabalho de alfabetização na sala de aula? Que estratégias são criadas para superar as dificuldades?. A pesquisa tem abordagem qualitativa e se procedeu em duas etapas: a primeira etapa foi de observações na escola-campo, especificamente numa turma do 2º ano do ensino fundamental. Na segunda etapa da pesquisa estabeleceu-se um período de aplicação de atividades de intervenção didática com o intuito de favorecer a aprendizagem das crianças em processo de alfabetização. Como referencial teórico, usou-se como embasamento os seguintes autores: Soares (2020), Soares (2016), Frade (2005), Marques et al. (2006), Falabelo et al (2020), Braggio (1992), Kramer (2019), Mortatti (2006), Libâneo (1990), Alves-Mazzotti e Gewandsznajder, Minayo (2007). Os resultados desta investigação apontam que a prática alfabetizadora alicerçada em métodos tradicionais, rígidos, mecânicos, descontextualizados, que privilegiam os aspectos da codificação e decodificação, apresenta-se como um decisivo fator que pode atuar como um empecilho, dificultando a aprendizagem dos alunos. Dessa forma, acredita-se no processo de alfabetização e letramento tendo o texto como eixo central para o processo de aprendizagem, visto que é uma proposta mais atrativa e motivadora, além de ser uma prática que se preocupa com os aspectos materiais, sociais e linguísticos para a construção do conhecimento significativo pelo aluno.