Competência vetorial do mosquito Culex quinquefasciatus (SAY, 1823) ao Orthoflavivirus ilheusense (ILHV)

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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia

Data

15-12-2023

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PAMPOLHA, Ana Beatriz Oliveira. Competência vetorial do mosquito Culex quinquefasciatus (SAY, 1823) ao Orthoflavivirus ilheusense (ILHV). Orientador: Joaquim Pinto Nunes Neto.; Coorientadora: Jacqueline Cortinhas Monteiro. 2023. 45 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/8306. Acesso em:.
Com o aumento do desmatamento e as constantes mudanças climáticas, a aproximação dos animais silvestres com os seres humanos é inevitável e, com isso, surgem os riscos da emergência de zoonoses através do contato entre espécies, seja ele direto ou indireto, através de vetores. O Orthoflavivirus ilheusense (ILHV) é um arbovírus emergente da família Flaviviridae de ciclo primariamente aviário, detectado em diferentes gêneros de mosquitos e já registrado em humanos em diversos países, causando infecções com sintomas febris e encefalites. Entretanto, para que seja possível a transmissão o vírus depende, em primeiro plano, da competência vetorial do mosquito, que varia de acordo com a sua resposta imunológica pois, em virtude da exposição a patógenos através da prática de hematofagia, possui barreiras fisiológicas que dificultam a sua susceptibilidade a infecção. Com isso, torna-se fundamental determinar a competência vetorial do Culex quinquefasciatus para transmissão do ILHV, por ser mosquito comum das residências brasileiras associado a transmissão de arbovírus originalmente aviários causadores de encefalites. Para a realização do estudo foram realizadas duas infecções, via alimentação oral, com 4 mL de sangue de ganso e suspensão viral obtidos de estoque viral com proporção 1:1, com grupo controle de fêmeas da mesma geração não infectadas. A segmentação foi realizada no 7º, 14º e 21º dia pós-infecção (DPI) separados em saliva, corpo e cabeça e, em seguida, foi feito isolamento viral para posterior análise no teste de imunofluorescência indireta (IFI) das amostras. Os resultados do título viral foram obtidos através das amostras diluídas em série de 10 vezes bem como realizado o cálculo das taxas de infecção, disseminação e transmissão. Foram analisados individualmente um total de 70 mosquitos, resultado das duas infecções. Por meio do teste de IFI, foi indicada a ausência da presença do vírus para as amostras de cada DPI, com uma taxa de 0% de infecção, disseminação e de transmissão. Portanto, para a metodologia utilizada o Culex quinquefasciatus apresentou refratariedade para o vírus, ou seja, não é um vetor suscetível à infecção e transmissão do Orthoflavivirus ilheusense. Ademais, é necessária a realização de mais pesquisas que estudem a resposta imunológica do mosquito para o vírus e os mecanismos de ação do ILHV nas barreiras de infecção dos mosquitos para uma maior compreensão de sua capacidade vetorial.

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