Mudanças na diversidade de macroinvertebrados associadas com uma piscina em um riacho de primeira ordem no nordeste do Pará

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25-07-2022

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LIMA, Jeovana Oliveira. Mudanças na diversidade de macroinvertebrados associadas com uma piscina em um riacho de primeira ordem no nordeste do Pará. Orientador: Colin Robert Beasley. 2022. 29 f. Trabalho de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas. Instituto de Estudos Costeiros, Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4331. Acesso em: .
A região amazônica é conhecida por sua grande diversidade de fauna e flora, a interação entre florestas, rios e riachos cria um rico ecossistema. Riachos de primeira ordem, devido às suas larguras menores, costumam ser cobertos por uma mata ciliar. Esta ocasiona uma grande entrada de folhas, galhos e frutos que acaba se acumulando no fundo desses córregos e formam uma ampla gama de alimentos e microhabitats; esses últimos servem como refúgio para diversos organismos aquáticos. Os macroinvertebrados são organismos que por, pelo menos, uma parte da vida vivem associados a substratos de rios. Seu modo de vida, alimentação, interação com a água e fundos e papel ecológico os tornam excelentes e econômicos modelos de estudo sobretudo na avaliação rápida ambiental e biomonitoramento. A presença, ausência, ou um determinado nível de abundância de um táxon de um macrobentos pode ajudar categorizar ambientes aquáticos. Já trabalhos com grupos funcionais alimentares (GFA) de macroinvertebrados são voltados para avaliação do ambiente, sua metodologia se baseia no comportamento alimentar desses organismos. No norte do Brasil, é muito comum o uso de rios e riachos para o lazer. Os populares balneários recebem banhistas com frequência, e por serem tão comuns, alguns riachos pequenos têm sua estrutura modificada. O mais comum é transformar um trecho do córrego em uma piscina, o que claramente afeta a hidrodinâmica. O objetivo deste trabalho é averiguar se a piscina está afetando a diversidade taxonômica e funcional de macroinvertebrados aquáticos. Foram realizadas coletas a montante (acima) e a jusante (abaixo) da piscina. Duas amostras de sedimento foram coletadas, uma para a triagem e identificação dos indivíduos, e outra para a granulometria. Toda a matéria orgânica presente na réplica da triagem foi separada e pesada para análise. Os macroinvertebrados foram triados, identificados até família, alocados ao grupo funcional e contados no laboratório. As análises de dados de água, sedimento e macroinvertebrados foram realizadas com o GNU R versão 4.2.1 (R Core Team, 2022). As duas áreas, Montante e Jusante da piscina se mostraram diferentes em termos da fauna, entretanto os maiores valores de riqueza e abundância estiveram associados a variáveis ambientais como potencial oxidação-redução, cascalho, areia grossa ou areia fina e matéria orgânica total. Os resultados com GFA foram semelhantes aos dos grupos taxonômicos. Portanto, nosso trabalho se mostrou eficiente na avaliação desse trecho do riach quanto à composição e mudanças da macrofauna bentônica em relação à piscina.

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