Etnomatemática: relações matemáticas de feirantes e conteúdos escolares

A presente pesquisa objetivou discutir a relação do ensinar-aprender a Matemática e os conhecimentos matemáticos de feirantes e agricultores-comerciantes da agrovila do Cupiúba. Sob a perspectiva da Etnomatemática procurou entender as práticas socioculturais a partir do questionamento: que práticas matemáticas e conhecimentos matemáticos escolarizados se estabelecem pelos/as feirantes da feira da Ceasa e dos feirantes e/ou agricultores da Agrovila do Cupiúba do município de Castanhal-Pa? Foram sujeitos da pesquisa cinco feirantes e/ou agricultores, sendo dois da agrovila do Cupiúba e três da feira da Ceasa, área urbana de Castanhal. Vale destacar que durante a realização da pesquisa, o grupo de feirantes estava em plena jornada de trabalho. Para produção de dados foram empregados dois instrumentos: primeiramente, entrevista e as anotações a partir de observações. A metodologia adotada foi a abordagem qualitativa, na qual o pesquisador explora questões relacionadas aos sujeitos pesquisados, além disso, caracteriza-se por ser caráter exploratório, uma vez que busca investigar os conhecimentos matemáticos de um determinado grupo. A utilização da Etnomatemática como abordagem de ensino se torna ainda mais clara e relevante, destacando a importância de aproximar os conhecimentos matemáticos que comparecem nas práticas socioculturais e aos conteúdos curriculares discutidos em aulas de Matemática.