Fenótipo metabólico de pacientes adultos atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital escola

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01-01-2022

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MUYANDA, Hanse Kasongo. Fenótipo metabólico de pacientes adultos atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital escola. Orientador: Fernando Vinicius Faro Reis. 2022. 30 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5915. Acesso em:.
A síndrome metabólica é uma designação que não se refere a uma condição clínica específica, mas a um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, que têm tendência para se agruparem em um indivíduo. O presente estudo objetivou identificar o fenótipo metabólico de pacientes adultos atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital escola na cidade de Belém ­Pará. Trata­se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, com base em coleta de dados secundários de prontuário eletrônico. Foram registrados dados de variáveis sociodemográficas (gênero e idade), clínicas (diagnóstico clínico), antropométricas (estatura, peso, IMC e CC), e metabólicas (glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol total, HDL­col, LDL­col, e não HDL col). O tratamento estatístico foi realizado utilizando­se a linguagem de programação aberta Python, permitindo automatizar as análises com linhas de códigos no ambiente de desenvolvimento integrado Jupyter Notebook. A estatística analítica compreendeu teste de comparação não paramétrico (teste G) ou paramétrico (Qui­quadrado) para estabelecer diferença com significância estatística entre frequências, e teste de correlação não paramétrico (Spearman) ou paramétrico (Pearson) para analisar as variáveis quantitativas contínuas. Em todos os testes aplicados adotou­se o nível de significância < 0,05%. Foram analisados os prontuários de 114 pacientes, dentre os quais 78,9% eram mulheres. Registrou ­se maior prevalência do diabetes e hipertensão, ambos com 42,1%. Cento e um pacientes (88,6%) apresentaram IMC maior ou igual a 25kg/m² (p<0,001), dentre os quais 60,4% apresentou sobrepeso (p<0,05) e 22,8% obesidade I (p<0,001), de maneira significativa, em comparação a obesidade II (6,9%) e III (9,9%). A frequência de inadequação de glicemia foi significativamente maior entre os homens (66,7%) do que em mulheres (38,9%). Considerando o perfil lipídico, não houve diferença significativa entre adequação e inadequação de triglicerídeos, em ambos sexos. No entanto, registrou­se frequência maior de inadequação de colesterol total entre as mulheres (52,2%), enquanto que os homens apresentaram maior prevalência de adequação (66,7%). Registrou­se prevalências significativas (p<0,05) de HDL col baixo, LDL­col elevado e não HDL­col elevado em ambos os sexos, sendo mais prevalentes entre as mulheres. Encontrou­se correlação forte e significativa entre LDL­col e colesterol total (r=0,89, p˂0,05). Conclui­se que a população estudada apresentou fatores risco cardiovasculares elevados, e devem ser implementadas ações educativas para evitar o agravamento do quadro clínico dos mesmos.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br

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