Avaliação do destino do lixo em uma escola do campo no município de Igarapé-Miri

As questões ambientais tornaram-se mais intensas a partir de algumas crises ambientais vivenciadas pelo mundo. Isso fez com que muitos países se unissem para discutir o futuro das nações e assim surgiu a educação ambiental e com ela o conceito de desenvolvimento sustentável. Assim, inúmeras ações e projetos foram realizados pelo mundo, com o objetivo de conscientizar a população mundial para a importância do desenvolvimento sustentável. Atualmente, um dos principais problemas ambientais que enfrentamos é relacionado ao elevado volume de resíduos sólidos produzidos e descartados indevidamente na natureza, devido ao alto índice de consumo da população, tanto urbana, quanto rural. Desse modo, o objetivo desse trabalho é analisar o destino dado ao lixo em uma escola do campo, pois consideramos que esta, é a principal auxiliadora da educação ambiental e tem um papel extremamente importante nesse processo. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo, através de um estudo de caso. realizou-se a aplicação de formulários para alunos dos anos finais do ensino fundamental e entrevista com os gestores e professores, além da observação, captação de imagens e caderno de anotações. Os resultados obtidos apontaram a destinação mais usada para os resíduos sólidos e orgânicos, os tipos de resíduos produzidos tanto nas dependências da escola, como nas comunidades onde os alunos estão inseridos, além do coeficiente de separação usado nas comunidades e a abordagem que a escola adota para trabalhar a problemática. Verificou-se que a escola produz diariamente uma quantidade considerada de lixo e a maioria é descartada indevidamente. Um dos principais motivos é que as ações da escola em relação a essa problemática são superficiais, os projetos são bem reduzidos e na maioria das vezes se restringem nas conversas informais com os alunos e familiares e cartazes espalhados por alguns espaços da escola. Além disso, a falta de políticas públicas é outro fator que contribui para a problemática, pois não há na comunidade nenhum tipo de ação do poder municipal ou estadual, que possibilite alternativas para os moradores.