Contribuições para elaboração de cartas sedimentalógicas da foz do rio amazonas com enfoque na baía do guajará (Canais da Sotave e Cotijuba), Belém-Pará

A Baía do Guajará é uma região flúvio-estuarina, influenciado por fatores biológicos, hidrodinâmicos, morfológicos e sedimentares fundamentais para sua evolução, além de possuir vários terminais portuários, junto a isso estudos desta área são relevantes. A partir disso este trabalho objetiva contribuir com a elaboração de cartas de distribuição de sedimentos e a relação com a dinâmica da área estudada, canal da Sotave e o canal de Cotijuba. Os canais possuem profundidades máximas de aproximadamente 22 e 32 metros respectivamente. A granulometria se mostrou bastante heterogênea, variando de grãos >2 a <0,063, apresentando, partir da média, silte em maiores proporções no canal da Sotave e areia fina no canal de Cotijuba, porém a quantidade de areia é considerável em grande parte das amostras. Foram identificadas as classes texturais areia, areia síltica, silte argiloso, silte arenoso e silte, sendo que a classe areia predominou nas regiões mais profundas, canal, e as classes mais finas nas adjacências do canal. O teor de matéria orgânica se mostrou 0,76% maior no canal da Sotave, fato que pode ser devido a quantidade de sedimentos finos neste canal ser maior do que no canal de Cotijuba, sendo que os menores valores de matéria orgânica foram encontrados no canal, onde a hidrodinâmica é mais acentuada e suficientemente energética para remover material fino que é capaz de adsorver facilmente matéria orgãnica. Os grãos analisados por morfoscopia sugerem que os sedimentos arenosos são imaturos no ciclo sedimentar. A hidrodinâmica, foi caracterizada como alta e muito alta, que pode estar associada a predominância de areia na maioria das amostras e baixa quantidade de matéria orgânica principalmente no canal.