Petrografia da capa doloítica neoproterozoica do sul do cráton amazônico, região de Mirasol d'Oeste, Mato Grosso

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Data

01-02-2012

Coorientador(es)

SOARES, Joelson Lima Lattes

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GAIA, Valber do Carmo de Souza. Petrografia da capa doloítica neoproterozoica do sul do cráton amazônico, região de Mirasol d'oeste, Mato Grosso. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. Coorientador: Joelson Lima Soares. 2012. 129 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1914. Acesso em:.
A capa dolomítica da Formação Mirassol d’Oste está inserida no contexto da última glaciação criogeniana (635 Ma) e representa a base do Grupo Araras, ocorrendo na borda sul do Cráton Amazônico, município de Mirassol d’Oeste, Estado do Mato Grosso. A caracterização petrográfica permitiu identificar três microfácies carbonáticas: dolomudstone, doloboundstone dolopackstone/dolomudstone. A microfácies dolomudstone apresenta dolomita microcristalina geralmente neomorfisada, gradando para dolomita microespática a pseudoespática, com porosidade vug e móldica, peloides e discretas laminações. O doloboundstone também apresenta dolomita microcristalina frequentemente neomorfisada para microesparitos a pseudoesparitos. Ocorre porosidade fenestral preenchida por hidrocarboneto e cristais de dolomita formando a laminação fenestral (laminação estromatolítica), assim como porosidade vug e móldica. O dolomudstone/dolopackstone diferencia-se do dolomudstone pelas laminações fenestrais e do doloboundstone pelo fato da laminação fenestral ser parte de megamarcas onduladas, formadas em regime fluxo oscilatório. Além de apresentar cristais ripiformes de pseudomorfos de gipsita de composição silico-aluminosa (Si, Al e O). Os processos diagenéticos identificados foram: 1) cimentação eodiagenética (calcita, sílica e gipsita), mesodiagenética (dolomita e calcita) e telodiagenética (óxido/hidróxido de Fe); 2) neomorfismo iniciou-se no final da eodiagênese até a mesodiagênese; 3) formação de porosidade secundária, representada por fraturas, vugs e poros móldicos; 4) migração de hidrocarboneto que ocorre quase concomitantemente a formação do cimento de dolomita euédrica e em sela; 5) compactação com formação de estilólitos; 6) formação de minerais autigênicos de pirita, pirrotita(?) e óxidos de Mn, Fe e Ti; 7) dissolução tardi-mesodiagética a telodiagenética formando poros móldicos e vugs e mobilizando o hidrocarboneto. A precipitação da dolomita é associada a atividade microbial e as laminações são resultado da formação de tapetes microbianos que assimilam a dolomita microcristalina. A deposição da capa dolomítica ocorreu em plataforma marinha eufótica moderadamente profunda, de baixa energia, com água saturadas em Ca2+, MgSO42- e HCO3-, que proporcionou a precipitação de dolomita micrítica.

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