A influência do ciclo menstrual na vida escolar segundo discentes de uma escola pública estadual de Bragança (PA)

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17-10-2023

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XAVIER, Williane da Silva. A influência do ciclo menstrual na vida escolar segundo discentes de uma escola pública estadual de Bragança (PA). Orientador: Sebastião Rodrigues da Silva Junior. 2023. 60 f. Trabalho de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade de Educação. Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2023. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/6418. Acesso em: .
Esse estudo analisa os desafios enfrentados por pessoas que menstruam segundo alunos do Ensino Fundamental anos finais. A pesquisa, de abordagem qualitativa, com construção de dados a partir de uma roda de conversa gravada com o auxílio de dois gravadores de áudio e conduzida por dois pesquisadores mediadores, após a exibição de um documentário e da exposição de ilustrações com as fases do ciclo menstrual. Participaram deste estudo 7 estudantes, sendo 5 pessoas que menstruam e 2 pessoas que não menstruam. A análise de dados foi feita a partir da transcrição, leitura, categorização e análise interpretativa crítica das falas oriundas da roda de conversa. O referencial teórico baseia-se em UNFPA, Unicef (2021), Lins, Machado, Escoura (2016), Weeks (2003), Brasil (2021), Pará (2021). Os resultados indicam que os desafios enfrentados por pessoas que menstruam não se restringem apenas a falta de absorventes higiênicos; perpassam por diferentes âmbitos da vida humana, sendo eles o escolar, familiar, social e de autoconhecimento de seus corpos. Desse modo, mostram inquietações sobre a falta de diálogos acerca das mudanças do corpo humano, a falta de estrutura das instituições de ensino para a realização da higiene menstrual, como a menstruação implica em suas relações interpessoais e familiares, a diminuição da idade da menarca e a falta de conhecimento dos estudantes sobre seus próprios corpos. Conclui-se que os desafios enfrentados por pessoas que menstruam no ambiente escolar influenciam diretamente em seus desempenhos escolares, desencadeando medos, traumas e estigmas negativos acerca da menstruação, aproximando-se dos pilares norteadores da precariedade menstrual.

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Fonte URI