Currículo e transversalidade: um olhar sobre a nova legislação

A educação como fator indispensável para o desenvolvimento humano assume um papel de suma importância na vida de todos os indivíduos. Então, pergunta-se: Qual a importância da discussão de gênero e sexualidade na educação escolar, no ensino fundamental? Mediante esse problema central de estudo, pensou-se como objetivo geral compreender a importância da discussão de gênero e sexualidade para a formação escolar, política e social. Entre as fontes bibliográficas destacam-se as obras de Marlucy Paraíso, Dagmar Meyer, Guacira Louro e Michel Foucault. Como metodologia, o estudo baseou-se na perspectiva pós-crítica em educação, deste modo, partiu-se de pistas e suspeitas apontadas por estudiosos afins, para que se pudesse dar movimento a formas outras de refletir sobre o objeto bruto. O estudo permitiu concluir que o currículo, frente às tensões que englobam a vida em sociedade, não pode abrir mão de discutir acerca da multiplicidade, da diversidade e da diferença. Contudo, percebe-se nos tempos atuais a ocorrência do silenciamento da diversidade, do ocultamente da multiplicidade e da exclusão de corpos e identidades. Entende-se que em um currículo há muitos movimentos que assumem caráter políticos ou ideológicos. Diante disso, a formação docente deve inclinar-se para o descobrimento de espaços novos, espaços de resistência e de dissensos, proliferando o desejo e a vontade de potência que impulsiona as ações do profissional da educação. Para que este desejo possa alargar os limites do currículo, dando a ele luz voz, movimento, sexualidades, gêneros e transversalidade.