Os corpos negros na licenciatura em dança: desafios e possibilidades para formação docente

Este Trabalho de Curso da Licenciatura em Dança tem como objetivo principal estudar e analisar a representação de corpos de artistas - pesquisadores - professores negros na formação em dança, observando os desafios e possibilidades na formação docente do curso, busco registrar caminhos percorridos nas minhas vivências e dialogadas com os meus pares que se encontram em formação, especificamente na Licenciatura em dança. Na escrita discorro alguns conceitos sobre educação antirracista, dança e outros conceitos afrodiaspóricos para fortalecer minhas reflexões imanentes em dança. Quanto à metodologia da pesquisa, inicialmente bibliográfica e, por partir de minhas experiências como pessoa não branca, recorro a minhas memórias amparado por aspectos da Autoetnografia, em diálogo com colegas do curso, os quais participaram da entrevista semiestruturada. Desse modo, a par dos conceitos elencados, de minhas impressões corporais quanto à ocupação de espaços, ainda incipientes no ensino superior, dialogo com meus pares, no intuito de fundamentar o estudo e ter uma escuta sensível para a escrita deste trabalho que é escrito por uma pessoa, porém tem ajuda de todo um corpo de alunado do ensino superior, carrega a força dos meus ancestrais e de todo o povo que me antecede. Este é um estudo preliminar, terá continuidade na pós-graduação, apresenta parte dos nossos anseios, necessidades, aspirações, constatações, do quanto ainda falta para chegarmos a uma formação de fato inclusiva. Não só dos corpos negros, mas de todos os segmentos sociais até hoje relegados a baixa escolaridade. Este tipo de pesquisa precisa ser aprofundada para estudos bem fundamentados para o apontamento de sugestões concretas para que a formação docente seja mais humanizada. Para mim, humanizar é incluir todas as pessoas num ensino de qualidade! Exploro a significância/importância de estudos étnicos-raciais (educação antirracista) e de pesquisas/disciplinas especificas. Pois, assim, seremos espaços com mais inclusão, participação e inserção entre as partes do sistema!