Dispositivos eletrônicos nas infâncias: a influência da tecnologia no desenvolvimento da criança no contexto urbano.

A sociedade contemporânea vivencia em seu cotidiano variados dispositivos eletrônicos atingindo inclusive a rotina das crianças, o que delega grandes desafios para a saúde mental dos pequenos. Este estudo apresenta uma discussão sobre os efeitos do uso excessivo desses dispositivos no desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional das crianças, a partir do levantamento de produções acadêmicas disponíveis em repositórios institucionais e bases cientificas nacionais com foco na área da saúde, psicologia e educação, realizados entre 2019 e 2024, em instituições como a Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Trata-se de um estudo de natureza bibliográfica, caracterizado como um estado do conhecimento, abordando a infância no contexto urbano, considerando a sociologia da infância. O objetivo geral buscou compreender e analisar os impactos do uso de dispositivos eletrônicos no desenvolvimento infantil. Enquanto os objetivos específicos consistiram em: analisar as repercussões da utilização dos dispositivos eletrônicos na vida cotidiana das crianças, faixa etária de 8 a 12 anos de idade frequentadores de escola de educação infantil e fundamental, anos iniciais; avaliar as consequências do uso de tela por crianças. Nesse sentido, foram analisados quatro Trabalhos de Conclusão de curso, oriundos do curso de pedagogia relacionadas a temática central deste estudo. Os resultados apontam que a exposição precoce e intensa às telas pode ocasionar diversos fatores negativos a criança, como, alterações no sono, dificuldade de socialização, problemas visuais, e prejuízos no processo de aprendizagem, incluindo atrasos na alfabetização, além de comportamentos semelhantes a transtornos como TDAH e TEA, fenômeno associado de “autismo eletrônico”, o tempo de tela tende a reduzir a convivência familiar e comunitária, intensificando o isolamento infantil, enquanto que, o uso consciente pode favorecer a aprendizagem, ampliar repertórios culturais e desenvolver habilidades cognitivas.