Diversidade taxonômica e funcional de aves dispersoras em áreas de regeneração natural pós-mineração

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17-06-2021

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AMARAL, Lia Torres. Diversidade taxonômica e funcional de aves dispersoras de sementes em áreas de regeneração natural pós-mineração. Orientadora: Maria Aparecida Lopes. 2022. 39 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4574. Acesso em:.
Distúrbios antropogênicos em habitats naturais podem levar a alterações ecossistêmicas complexas e até à perda de biodiversidade. Frente a tais modificações, a restauração dos ecossistemas é fundamental para auxiliar o reestabelecimento da comunidade e dos níveis de diversidade anteriores a perturbação. A dispersão de sementes é uma das funções ecológicas que pode contribuir grandemente para a sucessão florestal, e as aves são importantes agentes dispersores pois podem permitir a entrada de sementes em fragmentos degradados de regiões tropicais. Logo, este trabalho tem como objetivo avaliar a diversidade taxonômica e funcional de aves potencialmente dispersoras de sub-bosque em área de regeneração natural pós-mineração. Os dados foram coletados no município de Paragominas, nas áreas de regeneração natural (RN) e nos fragmentos florestais (FF) da empresa Mineração Paragominas SA. Foram instaladas redes de neblina no sub-bosque de nove áreas de RN e de FF (totalizando 18 áreas), que capturaram 431 indivíduos de 40 espécies de aves potencialmente dispersoras. Os resultados mostraram que a composição de espécies diferiu entre os dois ambientes, sendo que os fragmentos de floresta abrigaram espécies com dietas mais especialistas, o que pode ser atribuído à estratificação do ambiente, e as áreas em regeneração natural espécies com dieta mais generalista. Embora a composição de espécies tenha diferido entre os ambientes, não foram observadas diferenças na diversidade taxonômica, isso pode mascarar um turnover das espécies especialistas para as generalistas que se adaptam melhor ao ambiente, ou uma influência do esforço amostral. As áreas de regeneração natural tiveram uma diversidade funcional e riqueza de espécies maior do que as de floresta, e isso pode estar ligado ao fato de que a vegetação de uma floresta secundária pode fornecer recursos importantes como sítios de nidificação, forrageio e abrigo, o que tende a atrair grande variedade de táxons. Os resultados destacam como diferentes medidas de diversidade podem apresentar diferentes respostas às mudanças no ambiente, o que enfatiza a importância de considerar múltiplos aspectos ao analisar a biodiversidade. Além disso, ressalta a importância de florestas em processo de regeneração, uma vez que elas podem tornar-se ainda mais importantes no futuro, como formas de salvaguardar a existência de espécies em algumas regiões.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibbiologicas@ufpa.br

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