A conservação preventiva da coleção de paleoinvertebrados do Museu Paraense Emílio Goeldi: análise de microambiente

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28-02-2014

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TRINDADE, Doriene Monteiro. A conservação preventiva da coleção de paleoinvertebrados do Museu Paraense Emílio Goeldi: análise de microambiente. Orientadora: Sue Anne Regina Ferreira da Costa. 2014. 62 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Museologia) - Faculdade de Artes Visuais, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2245. Acesso em:.
A reserva técnica é espaço onde as coleções de Museus passam a maior parte do tempo e, portanto, é importante que ela obedeça aos princípios da Conservação Preventiva - ações indiretas de preservação do acervo que visam minimização dos agentes de degradação de acervos museológicos nos diferentes ambientes - macro (ex: o acervo, a área expositiva) ou micro (ex: armários, vitrines, embalagens). Este trabalho visa à análise dos microambientes encontrados na coleção de Paleoinvertebrados do Museu Paraense Emilio Goeldi que, por estarem isolados do meio externo, apresentam características climáticas distintas. Com o auxílio de datalogger, programado para recolher dados a cada 30 minutos, foram monitoradas umidade e temperatura durante dois meses nas gavetas, e duas semanas dentro de uma das embalagens plásticas utilizadas para armazenagem dos fósseis. Cinco embalagens e dois tipos de esponja passaram por testes químicos, para verificação da presença de compostos impróprios em sua composição: teste com frascos de vidro, para estabilidade química, e com fio de cobre, para a detecção de PVC, material impróprio para uso em acervos. O valor médio de temperatura nos armários foi de 23,2°C, com variação média de 4,8°C. Dentro da embalagem, a temperatura media foi 23,6°C com variação de 3,9°C; a umidade relativa dentro dos armários foi de 51,6%, com variação de 4,3%. Dentro da embalagem plástica, a umidade média foi 49,1%, com variação de 2%. Ao compararmos os valores em ambos os microambientes, foi possível concluir que estes possibilitaram a criação de um microclima mais estável, o que favorece a conservação, visto que a variação climática é atualmente considerada um dos maiores agentes de degradação em acervos. Com relação aos testes químicos, das 7 estruturas de suporte testadas, apenas uma apresentou PVC em sua composição, entretanto, com relação a estabilidade química das mesmas, todas foram considerados instáveis, sendo inadequadas para o uso no acervo. Portanto, nas condições atuais, o microclima do acervo de Paleoinvertebrados do MPEG apresenta estabilidade climática, o que favorece a preservação dos fósseis, pois evita a aceleração das possíveis reações químicas que ocorreriam em decorrência das embalagens inadequadas. Entretanto, faz-se necessário a troca das embalagens por materiais mais estáveis, como por exemplo, polietileno, diminuindo ainda mais os riscos de danos ao patrimônio fossilífero da Amazônia.

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1 CD-ROM

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