Saneamento básico, saúde e educação ambiental na comunidade quilombola do Médio Itacuruçá, Abaetetuba (PA)

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16-06-2021

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MAUÉS, Altair José Porfílio. Saneamento básico, saúde e educação ambiental na comunidade quilombola do Médio Itacuruçá, Abaetetuba (PA). Orientadora: Valérie Sarpedonti. 2022. 32 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4444. Acesso em:.
O saneamento básico é um recurso importante garantido por lei; através dele o cidadão pode melhorar sua qualidade de vida, evoluindo em um ambiente propício para seu bem-estar e saúde. Apesar de várias iniciativas governamentais para desenvolver uma rede de saneamento adequada no país, muitos brasileiros ainda não desfrutam desses serviços. Os municípios de pequeno porte e de difícil acesso tais como as comunidades rurais, ribeirinhas e quilombolas são os mais prejudicados. Partindo desse contexto, o projeto “Construindo caminhos do conhecimento: educação em ciências e garantia do bem-viver para todos”, visou avaliar o sistema de saneamento, os meios caseiros de tratamento da água, a incidência de doenças de veiculação hídrica e o impacto das mesmas sobre a rotina dos moradores da comunidade quilombola do Médio Itacuruçá, no município de Abaetetuba (PA). A opinião dos moradores sobre as ações governamentais para garantir os direitos dos cidadãos nesse quesito foi também registrada. Os dados foram obtidos através da aplicação de 41 questionários respondidos pelas donas de casa. Os resultados indicaram que 66% dos moradores realizavam suas necessidades a céu aberto, enquanto 34% usavam uma fossa negra. A água cinza era geralmente lançada diretamente no solo, e a água de abastecimento proveniente de poços profundos. A maioria dos moradores não tratava a água, acreditando que ela era própria para o consumo. No entanto, um terço dos entrevistados relataram ter membros da família, todas mulheres ou crianças, apresentando de forma corriqueira sintomas que poderiam ser associados à falta de higiene ou à contaminação da água. Nesses casos, apenas a metade disse recorrer aos serviços da saúde, sendo que dessa quantia, um terço das pessoas tiveram que entrar de licença de saúde. Com base nessas informações, uma palestra foi ministrada no intuito de sensibilizar a população sobre a importância de ter uma água de boa qualidade e práticas de boas condutas de higiene. Infelizmente poucas pessoas compareceram. Concluímos que a população da comunidade, apesar de reclamar sobre as condições de saneamento, não tem bom conhecimento sobre os danos à saúde oriundos da falta de higiene e pobres condições de saneamento. Os problemas enfrentados no cotidiano se tornaram parte da rotina. Nessas situações, campanhas de sensibilização são imprescindíveis para que a população saiba como preservar sua saúde e, aos poucos, venha a adotar novos hábitos caseiros visando ao bem-estar de todos.

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1 CD-ROM

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibbiologicas@ufpa.br