Síndrome de burn-out em docentes no Brasil: uma revisão de literatura

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

18-11-2021

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

PARENTE, Mariellen Aguiar; BARBOSA, Nathália Kemilly Ferreira. Síndrome de burn-out em docentes no Brasil: uma revisão de literatura. Orientador: Rogério Valois Laurentino. 2021. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Campus Universitário de Altamira, Universidade Federal do Pará, Altamira, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4593. Acesso em:.
O ofício de professor sofreu muitas modificações ao longo do tempo. O ato de ensinar se tornou um grande desafio, afinal, atualmente, as múltiplas funções que competem a esse profissional podem gerar períodos de estresse em demasia, o que pode vir a se tornar um estado patológico. Em virtude disso, o estresse crônico está associado diretamente com o desenvolvimento da Síndrome de Burn-out (SB). Sabe-se que a profissão docente é uma das mais acometidas pela Síndrome, nesse viés, pode-se destacar como principais consequências de Burn-out em professores o maior absenteísmo, diminuição da qualidade de ensino e relação fragilizada com os alunos, além do comprometimento da sua vida pessoal e social. Em virtude dos impactos tanto físicos quanto psíquicos para o profissional da educação, definiu-se como objetivo deste estudo a análise da prevalência da Síndrome de Burn-out em docentes no Brasil. O estudo foi realizado através de uma revisão integrativa, a partir da qual foram selecionados 25 artigos nas bases de dados PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Scientific Electronic Library Online, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola dos últimos 10 anos (2011-2020), a fim de analisar a prevalência de Burn-out em docentes no Brasil e de identificar o perfil sociodemográfico e laboral desses docentes acometidos pela Síndrome. No que tange às variáveis sociodemográficas, notou-se uma predominância de mulheres no ambiente docente; a média de idade dos indivíduos variou de 32,2 a 50,55 anos; e, quanto ao estado civil, a grande maioria era casado ou mantinha união estável. Ademais, a média do tempo de docência foi de 11 a 25,96 anos, enquanto a média de horas semanais trabalhadas esteve entre 28,24 a 45,8 horas. Notou-se grande variabilidade dos resultados obtidos, o que dificultou a análise comparativa da prevalência da SB no público em questão. Relacionando os dados sociodemográficos e laborais com a Síndrome, denota-se que há uma relação de maior Exaustão Emocional (EE), Realização Pessoal (RP) e Culpa em mulheres e maior Despersonalização (DP) e Indolência no sexo masculino. Ademais, os docentes solteiros apresentaram maior RP, porém, maior EE; por outro lado, os casados ou em união estável mostraram-se menos suscetíveis à SB. Por fim, os docentes mais jovens, com maior carga horária de trabalho e que atuam na rede pública de ensino apresentaram maior predisposição ao Burn-out. Em virtude da relevância da Síndrome de Burn-out no comprometimento do bem-estar dos docentes e, consequentemente, da educação, torna-se imprescindível estudos mais robustos para uma melhor avaliação e correlação de dados.

Fonte

Fonte URI

Disponível via internet correio eletrônico: bibaltamira@ufpa.br

Aparece na Coleção