Mapeamento das rotas tecnológicas descritivas dos resíduos sólidos domiciliares na Terra Indígena Trocará-PA

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23-10-2024

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PASSOS, Luciane Costa dos. Mapeamento das rotas tecnológicas descritivas dos resíduos sólidos domiciliares na Terra Indígena Trocará-PA. Orientador: Rodrigo Cândido Passos da Silva. 2024. 77 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental) – Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, Campus Universitário de Tucuruí, Universidade Federal do Pará, Tucuruí, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7566. Acesso em:.
A gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos são fundamentais para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente. No Brasil, o desafio é ainda maior em áreas rurais e comunidades tradicionais, como as indígenas - cujo manejo dos resíduos é inexistente, inadequado e/ou com limitações. A pesquisa aborda a gestão de resíduos na Terra Indígena (TI) Trocará, situada entre o município de Tucuruí e Baião, no Pará, com foco nas aldeias e núcleos que integram a região. Visa mapear as rotas tecnológicas dos resíduos sólidos domiciliares, desde a geração até a disposição final. Nesse sentido, a pesquisa foi estruturada em cinco etapas: elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa, compilação das informações, mapeamento das rotas tecnológicas e proposição de medidas mitigadoras. Os resultados apontaram três cenários quanto à disposição final dos resíduos recicláveis. O primeiro, observado na aldeia Ororitawa, envolve o uso parcial de aterros familiares. Já no segundo cenário, predominante nas aldeias Oimotawara e Trocará, a coleta convencional é realizada pela prefeitura de Tucuruí, embora com dificuldades relativas aos atrasos na coleta e queima inadequada de resíduos. Por fim, o terceiro cenário, característico da aldeia Marawytawa e em outras aldeias, os resíduos são descartados ou queimados a céu aberto, uma prática cultural enraizada, agravada pela falta de serviços de coleta. Revela-se também que, apesar da implantação de aterros familiares, muitos estão em desuso devido às falhas técnicas e à inaceitação pela comunidade. Notou-se, que a queima inadequada de resíduos e a disposição a céu aberto são práticas comuns pela população indígena analisada, especialmente no cenário de insuficiência dos serviços municipais. Este estudo reforça a necessidade de políticas públicas adaptadas à realidade cultural das comunidades indígenas, além de programas de educação ambiental que promovam a sustentabilidade e a gestão de resíduos na TI Trocará.

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Disponível na internet via Sagitta