O ensino da Física no sistema de organização modular de ensino (SOME) em regiões ribeirinhas do município de Abaetetuba-PA

Estudos sobre o ensino da disciplina de física no Brasil, enfatizam que o currículo de formação educacional do país mesmo no século XXI encontra-se permeado por um quadro de entraves e ínfima inovação. Nas escolas públicas, especialmente as do campo o cenário é ainda mais incômodo. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo geral analisar a efetividade do ensino e aprendizagem da física ofertada pelo Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) nas escolas ribeirinhas de Abaetetuba-PA. Adotou-se no desenho metodológico do estudo, as pesquisas, exploratória, descritiva, campo e a pesquisa quantitativa. Resultados obtidos apontam para a existência de uma demanda reprimida e urgente de mudança na forma como ainda é posto o ensino da física em áreas ribeirinhas. Com pouco estímulo e baixo protagonismo dos alunos vistos ainda como agentes mecânicos, meros memorizadores de conteúdo, tratados como indivíduos incapazes ou menos capazes de compreender e reproduzir o conhecimento da física em suas realidades locais. Vigora, ainda, o sentimento de que, o ensino pode ser feito de qualquer maneira, só o fato de ter o ensino na área ribeirinho é o suficiente. Bom, a realidade descrita neste estudo, mostra que não, essa é uma premissa falsa, nociva e que alimenta um sistema de ensino que não oferece aos alunos do campo as mesmas oportunidades dados aos alunos da área urbana. Sem dúvida essa é uma realidade que precisa ser transformada, direitos e deveres são pautados constitucionalmente sob a ótica da igualdade entre indivíduos, portanto, no ensino da física deve ser dado com equidade e oportunidades de aprendizagem equivalentes. Pois, um indivíduo capaz de compreender como a física rege e faz parte de sua vida, pode ser o indivíduo instruído a fazer descobertas inovadoras e disruptiva, independentemente de suas origens e/ou região onde reside.