Agricultura sintrópica: experiências do Instituto Vida em Sintropia da Amazônia

Este trabalho busca investigar os sistemas de produção agroflorestal implantados e manejados por agricultores familiares associados do Instituto Vida em Sintropia da Amazônia (IVISAM), no município de Irituia, Pará. A quadro de análise procurou investigar os conhecimentos associados às práticas de intervenção na natureza a partir dos sistemas agroflorestais conduzidos pelos associados ao IVISAM, buscando a relevância da Agricultura Sintrópica em Irituia/PA, evidenciando a atuação do Instituto IVISAM, criado em 2017 a partir da necessidade de substituir as práticas predatórias do corte queima por sistemas produtivos sustentáveis. Para esta compreensão foi necessário o acesso aos estudos de Oliveira (2006), Oliveira, Kato e Romano (2015), Braga, Navegantes e Coudel (2020), Nascimento (2022), Pasini (2017), Andrade (2019), Gregio (2018), Rebello e Sakamoto (2021) e Peneireiro (2007) que muito contribuem para o entendimento da falência da agricultura predatória e o nascimento da Agricultura Sintrópica. O objetivo é descrever os desafios e oportunidades dessa abordagem no contexto amazônico, com base nas experiências dos agricultores associados ao IVISAM. A metodologia adotada inclui a pesquisa bibliográfica, entrevistas, vivências e observação participante. Os resultados demonstram que o uso prolongado de práticas inadequadas resultou na degradação das áreas de cultivos, mas com a transição para a agricultura sintrópica, os agricultores observaram a recuperação das funções ecológicas dos sistemas produtivos, além de promover uma alimentação saudável, melhorias na qualidade de vida das famílias, e a reconexão que a agricultura sintrópica faz entre o ser humano e a natureza, recuperando não somente o solo, mas a Terra e o homem enquanto ser que deve cuidar bem dela e de si. Desta forma, a agricultura sintrópica vem proporcionando benefícios ambientais, sociais e econômicos.