Composição e abundância larval de decapoda (Crustacea) no zooplâncton da Plataforma Continental do Amazonas

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30-08-2022

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BRITO, Ana Beatriz Gama. Composição e abundância larval de decapoda (Crustacea) no zooplâncton da Plataforma Continental do Amazonas. Orientadora: Jussara Moretto Martinelli Lemos.; Co-orientadora: Francielly Alc ântara de Lima. 2022. 25 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/8058. Acesso em:.
A Plataforma Continental Amazônica (PCA) corresponde a uma extensão de aproximadamente 330 km e compreende os estados do Pará, Maranhão e Amapá, sofrendo influência da água doce do Rio Amazonas e seus afluentes, que atuam como agentes nas alterações de parâmetros hidrológicos. A Ordem Decapoda é um grupo que representa parcela significativa da biodiversidade na PCA e podem apresentar padrões de osmorregulação e tolerância a salinidade distintas entre os táxons. O objetivo desse trabalho foi investigar a distribuição da densidade larval de crustáceos Decapoda na Plataforma Continental do Amazonas (PCA), além de correlacionar a densidade dos grupos com os fatores ambientais: temperatura, salinidade e clorofila-a. As coletas foram realizadas a partir da zona costeira da Ilha do Marajó (Pará) até o Talude, que corresponde a cerca de 240 km, entre a Foz do Rio Pará e do Rio Amazonas, na área da PCA. As amostragens foram realizadas em seis (6) locais, nos meses de outubro/2014, período de menor vazão do Rio Amazonas, e em maio/2014, período de maior vazão, as amostras foram obtidas por meio de arrastos horizontais e arrastos oblíquos em “v”. Foi utilizada análise estatística Kruskal-Wallis, para comparar as diferenças entre a densidade das larvas em relação aos meses, arrastos e distância da costa. A salinidade variou de 2,54 a 37,57, com menores valores em maio (média de 16,59 ± 11,22 de desvio padrão) maiores valores de salinidade foram observados em outubro (34,01 ± 5,64), e aumentaram conforme maior distância costa-oceano. Um total de 38.499 larvas foram coletadas e a maior abundância larval ocorreu em maio/2014. O grupo mais abundante foi de larvas de camarões Dendrobranchiata (74,363 %), sendo maioria Luciferidae, seguido por Brachyura (16,897 %), larvas de camarões Caridea (4,662 %), talassinídeos (2,816 %), e Anomura (1,257 %). Larvas de Achelata (lagostas) só tiveram duas ocorrências a 198 km de distância da costa (0,005%). A densidade larval dos grupos em relação aos arrastos, foi verificado que Anomura (KW= 5,74; p = 0,001), talassinídeos (KW= 11,83; p < 0,001) e Caridea (KW= 11,21; p < 0,001) apresentaram diferenças entre as camadas d’água superficial e oblíqua, com maior densidade no arrasto oblíquo. A densidade larval dos grupos em relação aos meses não diferiu significativamente para nenhum Decapoda. Não houve correlação forte entre as variáveis abióticas com a densidade larval dos grupos de Decapoda. Em futuras amostragens de táxons como Caridea, talassinídeos e Anomura, é preferível utilizar o arrasto oblíquo.

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