Modo de vida Ribeirinho: territorialidade nas Comunidades Tradicionais na Região Insular da Ilha de João Pilatos em Ananindeua/Pa

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22-12-2023

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SILVA, Eva Maria Tavares da. Modo de vida Ribeirinho: territorialidade nas Comunidades Tradicionais na Região Insular da Ilha de João Pilatos em Ananindeua/Pa. Orientadora: Erneida Coelho de Araújo. 2025. 32 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Geografia) – Campus Universitário de Ananindeua, Universidade Federal do Pará, Ananindeua, 2023. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/handle/prefix/7984. Acesso em:.
O presente artigo aborda a territorialidade e o modo de vida da população ribeirinha da região insular de Ananindeua, com foco na ilha de João Pilatos, localizada ao entorno do Furo Maguari e ao redor das outras ilhas do município, o seu modo de produção e os anseios vividos pelas famílias da ilha. Nas comunidades se identificam elementos da cultura ribeirinha na construção de tarefas tradicionais que ainda hoje são transmitidas ao longo das gerações, como: a pesca artesanal, o manejo do açaí e de hortas caseiras. Percebe-se que o ribeirinho não está estático no tempo, embora mantenha suas práticas tradicionais, ele recebe influências diversas da sociedade moderna. A metodologia utilizada compõe-se pela revisão bibliográfica e por entrevistas qualitativas com os moradores da localidade (mais velhos, lideranças políticas e outros), para a compreensão da realidade local, a consulta de reportagens sobre a região Amazônica foi outro meio utilizado para obtenção de informações. Como instrumento na coleta de dados, utilizou-se ainda um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas e a observação in loco. A aplicação desses métodos possibilita estudos de desenvolvimento regional e o modo de repensar as políticas públicas, as quais dificilmente contemplam essas as comunidades tradicionais. Os resultados apontam a carência de políticas voltadas a essa população e ao seu território, como acesso à saúde, à educação e ao saneamento básico, esses fatos, no entanto, não eliminaram a organização política local em busca de melhores condições de vida e acesso aos direitos civis. Independente de tantas adversidades, pode-se afirmar que os ribeirinhos são resilientes e preservam seu modo de vida; produzindo policulturas com a mão de obra familiar e abastecendo o mercado consumidor da cidade de Ananindeua há gerações, e à medida que o capitalismo se expande na região, essas comunidades passam por mudanças sociais, políticas, econômicas, culturais e territoriais. O estilo de vida das comunidades ribeirinhas sofre influência direta dos rios, e assim a sua importância na compreensão da dinâmica local é evidente, acrescenta-se que as populações locais têm o conhecimento do espaço geográfico, noção de suas culturas, suas territorialidades, e práticas cotidianas que favorecem a preservação das florestas na região amazônica, as quais se traduzem, portanto na identidade dos moradores e senso de pertencimento em relação ao território.

Fonte

Disponível na internet via Sagitta

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