A luta da mulher negra na Comunidade São Sebastião do município de Acará - PA

Este trabalho aborda a qualificação das mulheres quilombolas, observando a trajetória desde a formação básica até o acesso à Universidade. A perspectiva estabeleceu-se a partir de minha graduação na Escola de Teatro e Dança da UFPA, com a compreensão da importância da mesma, enquanto uma luta pelo direito à qualificação e cuja reflete na Comunidade Quilombola de São Sebastião do município de Acará, a qual eu faço parte. Na construção do Trabalho de Curso, compreendo que trago comigo as vozes de outras mulheres da minha comunidade, um coletivo, mulheres negras que lutam como eu, por uma formação de qualidade. Apresento aqui a alegria desse grupo de mulheres ao realizar o sonho que não é só delas, mas, coletivo. Há pouco tempo, essas mulheres não tinham oportunidade de atuar fora da sua comunidade, não podiam sair de casa, mas hoje atuam em vários lugares. A força deste trabalho está nessas vozes, e esta força me leva a traçar novas buscas de conhecimentos para que possamos desenvolver projetos no quilombo. Para construir esta escrita, realizei a leitura do Trabalho de Curso de Ingrid Gomes de Freitas, outra mulher negra, intitulado “Manifesto Pauta Negra: em rastros de criações (po)éticas descoloniais de uma encenadora-produtora” (Ingrid é recém concluinte do curso da Licenciatura em Teatro pela ETDUFPA, com defesa do trabalho em 27 de março, às 14 horas, sob a orientação da Profa Andréa Flores). Também tenho como leitura importante o artigo “A inserção do teatro no currículo de escola pertencente às comunidades quilombolas e suas contribuições naformação discente e na preservação da cultura” de Alex do Carmo Barbosa; Camilla Gonçalode Souza; Renata Rocha da Silva e Renan da Silva Batista em: <https://rsdjournal.org article>