Avaliação da infraestrutura cicloviária implantada em 2021 e 2022 em Belém-PA

Devido a importância da Infraestrutura Cicloviária para as cidades, houve grandes avanços na Política Nacional de Mobilidade Urbana, dando prioridade ao transporte não motorizado sobre o motorizado. No entanto, embora na Região Metropolitana de Belém tenham ocorrido implantações de ciclofaixas entre os anos de 2021 e 2022, não basta simplesmente criar novas estruturas cicloviárias, precisa-se garantir que elas atendam aos vários aspectos técnicos e legais, afim de atender o dia-a-dia das cidades. Por conseguinte, o objetivo do trabalho consiste em analisar onze ciclofaixas implantadas em Belém-PA, nos anos de 2021 e 2022, quanto ao projeto geométrico, pavimentação e sinalização, identificar os pontos críticos e propor soluções para mitiga-los. Dessa forma, foram feitas pesquisas in loco, através de levantamentos dos dados das ciclofaixas implantadas, tais como, largura das faixas de rodagem e das ciclofaixas, elementos separadores entre as faixas, tipos de sinalização, principais problemas e pontos críticos encontrados em cada trecho das ciclofaixas. Os principais resultados encontrados foram: Em uma análise de 13,6 km de ciclofaixa foram constatados 112 problemas. Das 11 ciclofaixas estudadas, 10 apresentaram irregularidade de projeto geométrico, 9 exibiram irregularidades de pavimentação asfáltica e 8 ciclofaixas tiveram irregularidades de sinalização. A ciclofaixa que mais se aproxima dos padrões do Manual de Planejamento Cicloviário 2001 (GEIPOT), é a do Portal da Amazônia e a ciclofaixa que apresenta mais desconformidades é a da Avenida 16 de Novembro em Mosqueiro. Por fim, constatou-se que apesar de a malha cicloviária ter aumentado, ainda há vários problemas a serem solucionados.