O desempenho ocupacional de estudantes dos cursos da área da saúde: estudo dos fatores que interferem no desempenho durante a graduação e suas repercussões

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01-01-2016

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MARTINS, Juliana Ferreira; SILVA, Michelle Ingrid Assis da. O desempenho ocupacional de estudantes dos cursos da área da saúde: estudo dos fatores que interferem no desempenho durante a graduação e suas repercussões. Orientadora: Adrine Carvalho dos Santos. 2016. 78 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Fisioterapia e Terapia Ocupacional)- Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5675. Acesso em:.
Devido ao aumento de políticas de acesso ao ensino superior e das inúmeras demandas que acompanham esse aumento é que surge a necessidade de identificar quais fatores podem estar interferindo na vida acadêmica, pois, somente após conhecer essa população é que estratégias poderão ser criadas em busca da melhoria do desempenho ocupacional do aluno. Este trabalho teve como objetivo identificar os principais fatores que interferem no desempenho ocupacional do estudante universitário da área da saúde e analisar como o mesmo avalia o grau deste comprometimento e de que forma estes fatores refletiram em seu desempenho. A metodologia adotada baseou­se em uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa, realizada no Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Campus Belém, da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da aplicação do questionário semi­estruturado com perguntas referentes à percepção do estudante universitário sobre fatores que podem interferir no seu desempenho acadêmico e assistência estudantil. Participaram da pesquisa 703 estudantes selecionados através da amostra Aleatória Estratificada e Amostra Aleatória Simples e erro amostral de 4%. Os resultados apontaram que a maioria das respostas obtidas foram do sexo feminino com 73,3% em relação aos 26,7% do sexo masculino, com faixa etária média entre 19 e 24 anos. Os semestres, que os alunos mais responderam à pesquisa, foram os que estavam entre o segundo e sétimo semestre. Confirmou­se os achados da literatura que indicam a migração, trabalho, filho, doença e adoecimento psíquico como fatores que influenciam o desempenho do estudante. Dentre os estudantes que estiveram expostos a esses fatores 82,52% afirmaram que a migração influenciou negativamente no seu desempenho, seguido do fator trabalho com 93,26%, fator filho com 95,45%, fator adoecimento por mais de uma semana com mais de 95% e os mais de 98% dos afetados, foi devido ao adoecimento psíquico. Outros fatores também foram citados, tais como: Dificuldade financeira (13,03%), Extensa carga horária/Curso integral (11,31%); dificuldades em Transporte e deslocamento (10,95%). A repercussão mais citada está relacionada ao comprometimento “razoável” que gerou, na grande maioria, diminuição da assiduidade e/ou conceitos rebaixados. Por meio da análise de correspondência verificou­se que estudantes que adoeceram durante a graduação em sua maioria também trabalharam, tiveram filhos, possuem alguma doença ou doença psiquiátrica, ou recebem algum tipo de assistência estudantil ofertada pela Universidade, bem como, estudantes que tiveram filhos também relatam terem trabalhado em algum momento durante a graduação. A assistência estudantil beneficiou 30,87% dos participantes dessa pesquisa o Programa bolsa permanência do MEC (62,62%) foi a assistência mais utilizada. Observou­se, portanto, que os resultados se apresentaram significativos, corroborando com os achados prévios na literatura, além de identificar outros fatores comprometedores que, ainda, são pouco discutidos no meio científico nacional. Logo, pode­se fomentar a reflexão da contribuição e atuação da Terapia ocupacional na identificação de ações para minimizar os fatores, negativos, influenciadores do desempenho ocupacional do estudante da área da saúde.

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