"Living without knowing the past is to live in the dark": utopian and dystopian elements in the quest for the land without evil in A Tale of Love and Fury

Este trabalho tem como objetivo abordar a obra fílmica Uma história de amor e fúria (2013), analisando como alguns elementos estão conectados na narrativa, tais como, a cosmogonia da Terra sem Mal, o conceito de memória coletiva e o gênero distópico. Essa análise comparativa da obra busca descrever quatro momentos da história brasileira, o Brasil colonial, a balaiada, a ditadura militar, e dando ênfase no último momento que é direcionado a um futuro não distante dos anos atuais “Rio de Janeiro 2096”, esse último momento é marcado pelo subelemento da distopia e o cyberpunk, ou seja, um futuro distópico que é resultado das ações do presente e do passado. Logo, buscamos analisar esses elementos que fazem desta obra uma reflexão sobre a violência que perpetua na sociedade através da contextualização histórica presente na narrativa. Alguns importantes autores foram essenciais para evidenciar esses momentos de narrativas, tais como Helene Clastres (1978), José Varela (2002), Raquel Bittencourt (2008), Glaucio Aranha (2019) e Kaká Werá Jecupé (2020).